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Oi!

Primeiramente quero agradecer todos os comentários do capítulo anterior. Foi realmente muito importante pra mim. Aqui eu sei que tenho, além de leitores, bons amigos que me apoiam e me animam.

Espero que vejam em mim a pessoa que vocês também podem se apoiar caso precisarem, ou que a leitura de fato sirva como um refúgio dos seus dias mais difíceis <3





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Capítulo 21: São modelos do mesmo amor segundo a filosofia.

Mingi não conseguia parar de pensar na dualidade que Kim Hongjoong apresentava ostentar. Ele podia ser uma pessoa doce em alguns momentos, e completamente rude em outros. Cogitou a ideia de isso ser normal, afinal, uma pessoa pode demonstrar ter mais de mil facetas e ainda assim não será o suficiente para que ela esboce ser o que ela verdadeiramente é. Lembrava que no início a aproximação que teve com ele foi afável ao ponto de levar em consideração a hipótese de se tornarem amigos algum dia.

Agora já não tinha certeza, de fato. Pois Hongjoong se mostrava ardiloso quando o assunto era fazer a vida de uma pessoa um inferno para que ela não o arranque de sua zona de conforto.

Com dificuldades, Hongjoong abriu os olhos e voltou a fechá-los novamente após a claridade os invadir. Sua cabeça não doía tanto quanto antes, mas podia sentir que havia um curativo feito em sua nuca. Seus reflexos foram retornando devagar conforme ia se lembrando do próprio nome.

Quando constatou que estava deitado na maca de um hospital sendo rodeado por alguns leitos e enfermeiros, o cheiro de medicamento e alvejante adentrando suas narinas, suspirou pesadamente. A parte de trás de seus olhos estava dolorida e sua garganta seca. Tentou se mover para frente para poder se levantar e ir embora, mas um sobrepeso o impediu.

Procurando pela razão para não conseguir mover até a altura de sua barriga, encontrou a cabeça de Mingi deitada sobre aquela região enquanto ele dormia sentado em uma cadeira desconfortável. As sobrancelhas do Kim se juntaram e ele reparou na janela que o dia estava claro. Lembrava vagamente que, quando quase foi atropelado — ou foi de fato, ainda não sabia classificar — e os protestos de seu corpo indicavam que ao menos um trator havia passado por cima dele, era de noite.

Era brincadeira? Havia perdido os sentidos e acordado na enfermaria de um hospital mesmo que achasse que poderia ir para casa e cuidar de si mesmo sozinho? Céus, Hongjoong se considerava patético.

— Você acordou? — Mingi resoou sonolento ainda apoiando sua cabeça na barriga de Hongjoong. Ele bocejou bem alto. — Como está se sentindo? Quer que eu chame um médico?

— O que aconteceu? — Kim estava confuso, suas memórias se embaralhavam e o deixava meio sem rumo.

Mingi ergueu a cabeça de seu apoio e esfregou os olhos, se espreguiçando. Hongjoong viu o quão exausto ele estava, com certeza não teve uma boa noite de sono.

— Depois daquele pequeno acidente, você ficou com raiva e disse que ia pra casa... Hongjoong, você deu dois passos e desmaiou — esclareceu, mirando o outro clinicamente. — Achei que tivesse sido por causa da queda ou por ter batido a cabeça, mas a médica me disse que você desmaiou por exaustão — seu semblante era sério, genuinamente preocupado. — O que está acontecendo?

Analisando as informações recebidas, Hongjoong pode acreditar nelas pois eram válidas. Ele piscou mais algumas vezes, lentamente, logo dando de ombros.

— Eu quero ir embora — anunciou, virando o rosto para o outro lado do travesseiro. — Estou me sentindo ótimo, já posso ir embora.

— Os seus amigos estão na sala de espera, preocupados... Gosta de preocupar as pessoas? Estão aqui desde de manhã esperando uma notícia sua — Mingi resolveu que precisava ser mais duro ou Hongjoong nunca o levaria a sério. — Sabe por quanto tempo você dormiu? Quatorze horas.

CAMISA 18 | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora