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Capítulo 41: "A inveja serena é a pior das invejas, pois além de tudo ela é traiçoeira, dissimulada e rica em falsidades."

Depois de tomar um bom banho, Wooyoung decidiu que para relaxar ele ficaria agarrado a San pelo tempo em que ficavam esperando o jantar ser servido. O perfume de sândalo impregnado na pele limpa do mais velho lhe apetecia os sentidos, de forma que só conseguisse ficar de olhos fechados enquanto seus braços descansavam em torno dele, a cabeça apoiada em seu peito, deitado de bruços, apreciando do afago carinhoso em seus cabelos coloridos.

Era calorosamente aconchegante.

— Acho que vou pintar os cabelos de preto de novo — Wooyoung murmurou, a voz fraquinha e melodiosa realizando cócegas nos ouvidos de San, o qual tinha apenas duas almofadas altas como apoio.

— Eu gosto de como estão agora — elogiou com um sorrisinho persistente em seus lábios, as covinhas em evidência. Suas bochechas doíam um pouco, mas ele não era capaz de se conter. Realmente, perder tempo abraçadinho com quem provocava irregularidades nas batidas ritmadas de seu coração deixava-o feliz. Genuinamente. — Suas mudanças capilares nunca se tratam de beleza, já que você está sempre muito bonito.

— Mesmo que eu pinte de verde musgo? — o encarou com dúvida. — Pense bem...

— Você seria o responsável por lançar uma nova moda — San concluiu, otimista. — Me surpreende que não haja várias pessoas com o cabelo azul agora.

— Se as pessoas quiserem parecer comigo, elas teriam que ter um Choi San para fazê-las felizes — sorriu galanteador e, ao mesmo tempo, adorável. Copiando um felino, esfregou sua bochecha no tecido da camisa alheia, escutando-o rir. — É uma pena que só existe um só, e ele é meu.

— É engraçado te ouvir dizer — no seu timbre continha uma satisfatória animação, era como se estivesse "Diga de novo! Diga de novo!" várias e várias vezes, porém ele não admitiria. — É bom que esteja mais calmo.

Wooyoung entrou em consenso consigo mesmo de que, não permitiria que Hyunjin destruísse sua ida até Busan. Em primeiro lugar, estava ali porque Seonghwa pediu e, segundo, porque era uma outra boa oportunidade para passar mais tempo com San. Sua vontade de estar com ele era inesgotável, não se lembrava de sentir dessa forma há muitos meses. Ter se apaixonado, embora não tenha sido uma escolha, lhe renovou completamente. Contanto que estive com Choi San, ficaria bem.

A porta do quarto foi aberta lentamente, causando um vinco de ansiedade. Assim que estava aberta, uma silhueta passou por ela com um cenho coberto por assombro.

— O jantar está servido — Seonghwa transbordava em seu timbre de voz o mesmo que se estivesse anunciando um banquete no inferno. Os músculos de seus ombros estavam tensos, encolhidos e ele piscava freneticamente. — Jinyoung não para de me fazer perguntas estranhas.

Contra sua vontade, Wooyoung se afastou de San já sentindo falta do emaranhado de braços que acabaram criando, se dirigindo até Seonghwa e lhe dando dois tapinhas nos ombros enquanto o assistia paralisar, estancando no meio do cômodo.

— Você está indo bem, hyung — elogiou, afável. — O que ele perguntou?

— Ele está tentando não ser heteronormativo — trocou um fitar com San, que pareceu entender do que se tratava. Wooyoung continuou confuso, arqueando uma sobrancelha. — Ele compara a minha relação com o que ele tem com a irmã do Yeosang, não em um tom maldoso, mas é como se ele realmente não entendesse como Yeosang e eu estamos juntos sendo... rapazes. Entendeu? Era disso que eu tinha medo.

— Eu tenho certeza que ele só está curioso — Jung se esforçou para tranquilizar o mais velho, ainda com a mão sustentada em seu ombro enrijecido igual uma pedra. — Talvez seja algo novo pra ele.

CAMISA 18 | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora