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Capítulo 43: Não que valores se provem com quantidades, mas... Você é tudo o que a maioria das pessoas procura.

Hongjoong acabou adormecendo e não chegou a ver Yunho entrando no quarto. Ele encarou a cena sem saber como se sentir, mas ele confessava em algum lugar estúpido dentro si que os dois eram adoravelmente bons juntos. Sorriu afetado, melancólico, com o coração doendo, porém feliz, por mais incoerente que aquilo soasse.

Ele resolveu deixá-los a sós, dormindo que fosse, ao menos estavam juntos e Yunho tinha certeza que Mingi reconhecia a presença de Hongjoong até desacordado. Essa constatação o fez rir baixinho e a risada apenas desfaleceu ao encontrar Wooyoung vindo em seu encontro a partir da recepção, usando mochila nas costas como se houvesse acabado de voltar de viagem.

Wooyoung encarou Yunho com as sobrancelhas juntas e depois socou seu ombro na intenção de irritá-lo, mas o que ele conseguiu foi arrancar uma risada abafada de seus lábios.

— E aí, cara — Yunho saudou, massageando o seu ombro golpeado. — Veio visitar o Mingi?

— Eu já o visitei, foi antes do Hongjoong, mas acho que quando ele chegou eu estava no banheiro com o horrível do Jongho — Wooyoung cruzou os braços, falando com desdém. — Ele passou mal porque não aguentou o balanço do ônibus... Depois quer nos provar que a vida de crossfiteiro vale a pena.

Yunho riu, sem acreditar que outro sentimento além da comoção estivesse ocupando o espaço em seu peito.

— Ele se sente melhor agora?

— A mãe dele veio buscá-lo. Acho que ele vai ficar bem, ela disse que isso acontece desde criança — deu de ombros. — Eu acho que vocês que estavam por aqui pegaram a pior fase do Mingi, não me sinto mais tão atordoado, mas as primeiras horas devem ter sido fodidas.

— Eu confesso que nunca imaginei ver um amigo meu passar por uma situação de quase morte, mas estou feliz que ele está vivo — Yunho sorriu com gentileza. — E bem, recebendo o apoio de todos que amam ele.

— Você socorreu ele, não é, Yu-hyung? — ele usou aquele apelido fofo de novo, Yunho escondeu o olhar, sentindo as bochechas queimarem. — Você é mesmo um anjo! O que seríamos de nós sem você? — fazendo menção de se lembrar de algo, começou a cavar sua mochila, retirando uma caixinha azul com um laço vermelho, estendendo para Yunho. — Toma, é pra você. Um agrado por ser ótimo e... por ter cuidado de mim naquele dia quando eu achava que o mundo estava acabando.

Os olhos reluzentes de Yunho entraram em contato com a figura do presente de Wooyoung com a surpresa transbordando de pura estima passando a fluir sem o seu controle. Ele abriu e fechou a boca apenas liberando ar, a sua pele ganhou um tom ainda mais forte de rosa que se estendeu até a ponta das orelhas. Wooyoung reparou em tudo isso como se estivesse assistindo a uma metamorfose das mais interessantes, isto é, Yunho estava tocado com o ato de Wooyoung e no fundo, ele não entendia se merecia ou não, porque a única coisa que ele fazia era ser gentil com os outros, já que ele era uma pessoa naturalmente altruísta.

— Se não pegar, vou dar para o primeiro enfermeiro que aparecer, porque eles fazem quase a mesma coisa que você — Wooyoung brincou para quebrar a corrente de emoção, agarrando as duas mãos grandes de Yunho para que ele segurasse o embrulho. — Jongho e eu estávamos passando por Chungnam e encontramos uma feira, então não se preocupe com o valor... Jongho não deixou eu usar o dinheiro dele para coisas mais caras, preferiu comprar um pastel gigante com quilos de colesterol, deve ser por isso que ele ficou mal do estômago. Da próxima vez, você vai comigo, sim?

— Wooyoung — Yunho murmurou, respirando fundo para se recompor. Ele apenas assentiu e voltou sua atenção para o presente, puxando o lacinho delicadamente como se tivesse medo de machucá-lo. — Você sabe que não preciso de retribuição.

CAMISA 18 | WOOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora