𝗔 𝖱𝖾𝗌𝖾𝗇𝗁𝖺, bak.

1° TEMPORADA - 55.

𝙼 𝙰 𝚈 𝚁 𝙰   𝙾 𝙻 𝙸 𝚅 𝙴 𝚁

Nem sei o que aconteceu, eu só me lembro de um carro batendo no meu carro e eu batendo a cabeça logo em seguida.

A dor na minha cabeça era insuportável, eu não conseguia me mover e nem abrir os meus olhos. O que está acontecendo?

Sinto alguém falando e botando algo no meu braço, sinto a ardência e o sono me dominando.

Vejo uma luz forte sobre os meus olhos e uma mulher sentada em um balanço, me sento do lado dela e fico olhando o paraíso.

— você precisa voltar. — ela diz e olho confuso pra ela.

— do que a senhora está falando?

— seu namorado, a sua cunhada e sua família está te esperando. — diz.

— não compreendo o que você diz, como posso sair daqui? — pergunto exaltada.

— você só precisa sair, mas toma cuidado. — ela diz e some.

— o que ela quer dizer com isso? — me pergunto para mim mesma e lembranças vem na minha mente.

FLASHBACK ON.

— você estragou a minha vida, sua nojenta. — ela diz e me empurra contra a parede. — se não fosse a estúpida da sua vó, eu nunca teria parido você. Só me traz problemas. — diz e sai do quarto.

E ali eu desabo no choro, a minha mãe não era a melhor mãe e ela nem chegava a tentar ser. Ela me odeia desde que eu nasci, diz que eu estraguei a vida dela e a se pudesse ela teria me abandonado na rua.

Já tentei fugir, me esconder dela mas nada adiantava. Meu pai era até presente, mas afastado. Ele e a minha mãe eram um casal "lindo" porém ela botava várias coisas na cabeça dele e o mesmo me botava de castigo.

Lembro de quando, ela me deixou sem comer e se não fosse pela minha vó não estaria nem viva. Eu nunca cheguei a contar para ninguém sobre isso, apenas a minha vó sabia.

FLASHBACK OFF.

Tento me mexer, mas falho. Escuto a voz de uma criança, era a Bia.

— Oi cunhada, eu vim te ver. — ela diz empolgada.

— Bia, ela não te ouve. — escuto a voz do Gabriel, ele está aqui?

Eu preciso falar com ele, tento dizer algo mas não consigo. O que está acontecendo comigo?

— ela me ouvi sim, ela só não diz nada e tenho certeza que ela quer te matar nesse exato momento. — ela diz e posso escutar a sua risada.

Sim Bia, eu quero matar o seu irmão nesse exato momento.

— bom, meu irmão está morrendo de saudades de você e estava chorando lembrando de você. Nem te conto, ele ia te pedir em namoro só que você sofreu esse acidente. — ela suspira.

Como assim o Gabriel ia me pedir em namoro? Eu vou matar esse garoto, espia só.

—  sabe... Mayra, eu estava assistindo um filme de romance e a menina disse para o garoto: Nunca vou desistir de nós, não importa quanto este amor pareça impossível. — sinto o toque da mão dela sobre a minha. — o amor seu e do meu irmão é complicado, mas eu não quero que nenhum dos dois desista.

É Bia, isso é muito complicado. Esse lance de amor.

— cunhada, você tem que voltar logo. O meu irmão está péssimo sem você aqui, você precisa voltar e antes de ele fazer alguma besteira. — diz rindo.

— meu irmão é muito chato e ele está aqui ouvindo nossa conversa. — continua dizendo. — eu queria que fosse igual a branca de neve... Você dormindo, o meu irmão chegar e te dar um beijo aí você acordar. Eu iria amar. — diz.

— chega né Bia, a Mayra precisa descansar. — o Gabriel diz e deixa um beijo na minha testa. Eu amo esse ato e principalmente quando ele faz isso.

— desculpa o incomodo, só vim botar o soro nela. — uma voz de mulher diz.

Se essa piranha estiver olhando pro meu namorado, eu levanto daqui e acabo com ela. Aiai Gabriel, se você estiver fazendo graça.

Tô aqui, mas tô ciente de tudo. Sou ciumenta mesmo, ele que lute.

— tudo bem, o Doutor está presente? — ele pergunta.

— sim, daqui a pouco ele vem examinar a Mayra. — ela diz e sinto malícia em sua voz. Vou acabar com essa enfermeira!

Sinto arder o meu braço novamente e apago.

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