2° TEMPORADA. - 10.

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Mayra Oliver.

Entro no quarto do Gabriel, vendo o mesmo jogado na cama mexendo no celular.

— posso entrar? — pergunto, batendo na porta.

— entra. — ele disse, me olhando e eu caminhei até a cadeira gamer do garoto.

— já tô aqui, pode falar. — disse séria e ele assentiu.

— já fez o teste pra saber se você está grávida? — pergunta e eu olho pra ele, incrédula.

— tu tá brincando comigo né? — pergunto, rindo de nervoso.

— tu tava mal, vomitando e os caralho lá. Vai que tu tá grávida do cara lá. — ele disse, desviando o olhar dele sobre mim.

— eu tô bem e amanhã, vou fazer o teste. — murmuro.

Eu não estava preocupada com isso, às vezes, minha menstruação brincava demais comigo.

— já pensou na possibilidade de você está grávida daquele cara lá? — pergunta seco.

— não, e por que você se importa com isso? — pergunto e ele dá de ombros. — Gabriel, sem fingimento por favor né.

— Mayra, você estava com 1 ano lá em Portugal, e se relacionou com o cara lá. — ele disse.

— sim, e por que dessas perguntas? Não cansa de me humilhar ou passar as coisas na minha cara? — resmungo.

— eu nunca te humilhei, você sabe bem. — ele disse e eu faço uma cara de debochada.

— sem mentiras né? — disse rindo.

— vamos conversar direito.

— já estamos conversando. — bufei, revirando os olhos.

— Mayra, eu não tenho paciência pra você, 'papo reto. — ele disse.

— quem chamou para conversar, não foi eu. — olhei feio para ele. — você diz que eu sou imatura, mas você é mil vezes pior. Me quer por perto? Diz, fica fazendo joguinho não.

— eu tô cansado dessa parada, ainda bem que você foi mais uma. — ele disse e desvio o olhar.

Levantei-me da cama e caminhei até ele.

— você acha que eu tenho cara de que Gabriel? — respirei fundo, tentando não matar ele ali. — eu já aguentei de tudo, mas não irei aguentar você dizer que eu fui mais uma.

— eu não estou mentindo. — ele levanta.

— eu sou muito imatura, mas não a ponto de ficar aqui conversando com um babaca, que não sabe nem o que quer da vida. — suspirei fundo.

— Mayra, você me machucou tanto e eu ainda tenho que aguentar você.

Eu não vou suportar esse garoto não!

— você fez coisa pior, usou uma garota que não tinha nada a ver e agora ela está lá; sofrendo por culpa, totalmente sua. — disse.

— você não sabe o que fala.

— sei sim, você pode me machucar, ferir o meu coração, mas o da Amanda não.. eu nem conheço ela direito, mas aquela garota vale ouro e você não soube valorizar. — disse.

— lembra quando me disse: você merece alguém que te ame a cada batida do seu coração. ? — pergunta e eu concordo.

— isso não vem ao caso Gabriel, você errou, eu errei, nós erramos.

— desculpa..

— não pede desculpa, eu nem mereço a sua desculpa. — disse grossa.

— Mayra, me escuta, eu estou em um péssimo dia.. — cortei ele.

— você tratou o Thur mal e ainda acha que eu vou ficar aguentando você aqui? Você tá sendo um babaca, Bak. — disse e ele me olhou surpreso.

— você me chamou de Bak..

— você me pediu, e eu não estou falando com o Gabriel e sim com o Bak. — murmuro.

— Mayra, que se dane, acho que para nós acabou, já deu e eu tô cansado disso. — ele disse, e eu concordei.

— você tem razão, e o nosso nós quase existiu. — disse, pegando as minhas coisas e indo para a direção da porta.

— Mayra... — ele me chama, e eu me viro para ele.

— eu só queria que a gente ficasse bem, sem brigas, não com qualquer pessoa. Mas tô vendo que não dá, desse jeito a gente só vai se machucar. — disse, segurando o choro.

Eu sou forte, para aguentar tudo, mas isso eu não pude ser forte o suficiente...

— Mayra, não chorar... — ele se aproxima de mim, mas eu impedir.

— tudo que eu mais queria era ficar com você, mas não dá. Você me deixa triste, tudo em relação a você está me deixando triste. — disse e permito as lágrimas descerem.

— Mayra, assim não dá.

— você me disse algo que eu nunca esqueci: não é só amor que sustenta uma relação. — suspiro. — essa frase marcou a minha vida.

— desculpa, acho que devemos parar por aqui. — ele disse.

— acho que nós nunca deveríamos ter começado isso. — disse e dei um sorriso forçado.

— eu acho melhor nós dois fingir que não se conhece e nunca tivemos nada, somos apenas conhecidos. — ele disse, e eu suspirei. — até nunca mais, Gabriel..

— até mais, May. — ele disse, e eu sai do quarto, chorando horrores.

Voltamos a ser dois estranhos novamente, só que agora, somos estranhos com memórias.

Quem não sabe o que quer, perder o que tem. E muitas das vezes acaba descobrindo que perdeu aquilo que mais queria.

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bom Domingo para todos. 🤍✨

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𝗔 𝖱𝖾𝗌𝖾𝗇𝗁𝖺, bak.Onde histórias criam vida. Descubra agora