15. Eu não queria

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Molhei meus pés e peguei um pouco de água na mão, me virando pra Luan. Ele me olhava intrigado, então sorri inocentemente enquanto ele olhava pra mim da mesma forma e só balancei meus braços, jogando tudo no rosto dele. Enquanto eu gargalhava, ele me olhava espantado e em seguida secou o rosto. Foi se abaixando devagar, mas entendi e saí correndo rindo. Luan correu atrás.

- É melhor correr, Natália. - Eu só ria. - Quando eu te pegar, sua danada, essas gotas vão virar litros.

- Você não tem coragem! - Fugi dele rindo.

- Ah, eu tenho sim.

Fui entrando no mar e quando vi, estava na minha panturrilha já. Me distraí pisando em uma pedra e quando me recuperei, senti os braços do Luan na minha cintura.

- Luan, não! - Ri.

Ele riu e em seguida, fingiu que ia me abraçar. Quando amoleci o corpo confiando nele, ele me pegou e derrubou meu corpo, caindo sobre mim lentamente. E depois me jogou com tudo na água. Gritei, mas depois ri.

- Eu só joguei um pouco!

- Minha vingança é muito maior, meu amor! - Gargalhou, mas depois ficou sério me olhando e então nossos lábios se aproximaram. Nos beijamos com paixão e intensidade, e só nos separamos quando estava sem ar. Luan riu e se jogou ao meu lado.

- Vai se molhar. - Ri.

- Não importa. - Ele deu de ombros. - Eu tô com você.

POV Luan.

Ao olhar Natália dormir, percebi que sempre amei ela, só não queria dar o braço a torcer. Eu nunca faria isso, claro. Mas agora tinha feito e não queria voltar atrás. Aquele era nosso último dia depois de 4 dias alí, e o sol já tinha raiado. Eu havia levado Natália pra mergulhar no dia anterior e percebi que mais do que amar mergulhar, eu estava amando ver ela mergulhar. Agora olhava encantado ela dormir enquanto o café que tinha pedido já estava na mesa. Pegaria o voo as três da tarde e ainda queria aproveitar a praia, onde, depois que acordei ela e tomamos café, fomos tomar banho de mar. Almoçamos na areia mesmo, num restaurante. Logo depois voltamos pro quarto e nos arrumamos, fizemos as malas e tudo mais, mas ainda tinha uma hora e voltamos pra praia. Ficamos olhando o mar sentados na areia.

- Foi maravilhoso esses dias aqui. - Ela disse.

- Foi meu maior presente. - Disse descendo o corpo e deitando na areia.

Natália fez o mesmo, espalhando seu cabelo comprido. Ficamos na mesma posição olhando o céu por algum tempo até eu levantar.

- Está na nossa hora.

- Não. - Ela fez manha.

- Vamos! - Lhe dei a mão e puxei pra cima.

Natália levantou e começou a andar ao meu lado limpando a areia do cabelo.

- Meu cabelo está cheio de areia.

- Não tem problema, chata! - Baguncei ele.

- Está horrível! - Ela riu.

- Você fica linda de qualquer forma.

- Para com isso, Luan! - Rimos.

- Tudo bem então, feia. 

Mas nossa estadia naquela paraíso tinha acabado e eu não via a hora de chegar em casa. Viajar era ótimo, queria curtir Natália, mas nada se compara a sua casa, e como quase nem ficava lá, eu não via a hora de chegar.

- Você não vai tirar férias mesmo?

- Você sabe que eu não posso. O pessoal marcou shows.

Eu não tinha pedido férias e agora estava arrependido. Estava pensando numa maneira de ficar mais perto dela. Eu não sabia como havia acontecido, nem sabia se eu já gostava dela antes e não percebi, mas eu estava apaixonado e não tinha mais volta. Aliás, mesmo que ainda tivesse, eu não queria.

Fica (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora