Molhei meus pés e peguei um pouco de água na mão, me virando pra Luan. Ele me olhava intrigado, então sorri inocentemente enquanto ele olhava pra mim da mesma forma e só balancei meus braços, jogando tudo no rosto dele. Enquanto eu gargalhava, ele me olhava espantado e em seguida secou o rosto. Foi se abaixando devagar, mas entendi e saí correndo rindo. Luan correu atrás.
- É melhor correr, Natália. - Eu só ria. - Quando eu te pegar, sua danada, essas gotas vão virar litros.
- Você não tem coragem! - Fugi dele rindo.
- Ah, eu tenho sim.
Fui entrando no mar e quando vi, estava na minha panturrilha já. Me distraí pisando em uma pedra e quando me recuperei, senti os braços do Luan na minha cintura.
- Luan, não! - Ri.
Ele riu e em seguida, fingiu que ia me abraçar. Quando amoleci o corpo confiando nele, ele me pegou e derrubou meu corpo, caindo sobre mim lentamente. E depois me jogou com tudo na água. Gritei, mas depois ri.
- Eu só joguei um pouco!
- Minha vingança é muito maior, meu amor! - Gargalhou, mas depois ficou sério me olhando e então nossos lábios se aproximaram. Nos beijamos com paixão e intensidade, e só nos separamos quando estava sem ar. Luan riu e se jogou ao meu lado.
- Vai se molhar. - Ri.
- Não importa. - Ele deu de ombros. - Eu tô com você.
POV Luan.
Ao olhar Natália dormir, percebi que sempre amei ela, só não queria dar o braço a torcer. Eu nunca faria isso, claro. Mas agora tinha feito e não queria voltar atrás. Aquele era nosso último dia depois de 4 dias alí, e o sol já tinha raiado. Eu havia levado Natália pra mergulhar no dia anterior e percebi que mais do que amar mergulhar, eu estava amando ver ela mergulhar. Agora olhava encantado ela dormir enquanto o café que tinha pedido já estava na mesa. Pegaria o voo as três da tarde e ainda queria aproveitar a praia, onde, depois que acordei ela e tomamos café, fomos tomar banho de mar. Almoçamos na areia mesmo, num restaurante. Logo depois voltamos pro quarto e nos arrumamos, fizemos as malas e tudo mais, mas ainda tinha uma hora e voltamos pra praia. Ficamos olhando o mar sentados na areia.
- Foi maravilhoso esses dias aqui. - Ela disse.
- Foi meu maior presente. - Disse descendo o corpo e deitando na areia.
Natália fez o mesmo, espalhando seu cabelo comprido. Ficamos na mesma posição olhando o céu por algum tempo até eu levantar.
- Está na nossa hora.
- Não. - Ela fez manha.
- Vamos! - Lhe dei a mão e puxei pra cima.
Natália levantou e começou a andar ao meu lado limpando a areia do cabelo.
- Meu cabelo está cheio de areia.
- Não tem problema, chata! - Baguncei ele.
- Está horrível! - Ela riu.
- Você fica linda de qualquer forma.
- Para com isso, Luan! - Rimos.
- Tudo bem então, feia.
Mas nossa estadia naquela paraíso tinha acabado e eu não via a hora de chegar em casa. Viajar era ótimo, queria curtir Natália, mas nada se compara a sua casa, e como quase nem ficava lá, eu não via a hora de chegar.
- Você não vai tirar férias mesmo?
- Você sabe que eu não posso. O pessoal marcou shows.
Eu não tinha pedido férias e agora estava arrependido. Estava pensando numa maneira de ficar mais perto dela. Eu não sabia como havia acontecido, nem sabia se eu já gostava dela antes e não percebi, mas eu estava apaixonado e não tinha mais volta. Aliás, mesmo que ainda tivesse, eu não queria.
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Fica (Luan Santana)
Fanfiction(CONCLUÍDA) Uma história de anos marcada de um lado pela falta de amor, e de outro pelo excesso dele. Natália e Luan são casados, mas a moça, apesar de amá-lo incondicionalmente, não recebe um tratamento a altura. Uma história marcada por marcas do...