6 meses depois...
A casa estava uma bagunça só. Luan, como prometido, havia tirado férias dos shows e então viajamos pra Orlando com os pais dele e Bruna e a família.
As gêmeas, como seus 7 anos já, estavam na piscina com os avós, a tia e o priminho que entrava na água pela primeira vez e parecia fazer festa. O tio Carlos dormia depois do almoço e eu estava aprontando, fazendo um doce diferente na cozinha enquanto olhava de longe Luan brincando com Heitor no colo.
O papai babão não desgrudava mais do filho e agora estava brincando de imitar com o meu campeão no colo. Heitor ditava a palavra, balbuciando sem sentido e Luan repetia e logo depois fazia outro som, as vezes recebido com repúdio pelo menininho decidido que ele achava que iria aceitar o que ele queria.
- Fala au au pro papai! - Eu ouvia rindo no meu canto.
- Dadadada!
- Não, filho, au au!
Ele franziu a testa e começou uma falação sem fim, deixando Luan entristecido pela desobediência.
- Luan, ele não aceita ser contrariado, amor! - Ri falando.
- Vai dar trabalho esse menino, quero nem ver! As meninas são tão boazinhas!
- Vai ter que pegar firme, paizão! - Ri me aproximando com morangos cortadinhos.
Fiz menção de dar pra ele, mas Luan se ofereceu e me deu ele no colo, pegando o potinho e fazendo o serviço.
- Papai vai dar pro Heitorzão!
Era lindo ver a forma como ele se dedicava ao filho, ainda mais que as meninas. Tinha verdadeira paixão por Heitor, sem nunca se esquecer das meninas que eram tão protegidas e cuidadas. Eu não podia ser mais feliz! Luan era o melhor pai que eu podia dar pra eles, o melhor marido e o melhor amigo. Estava comigo em todas as horas e vivia pra me amar, me cuidar e se declarar. Como se nosso destino fosse escrito pra ser assim.
Também não podia me esquecer de que ele de certa forma era minha família, meu pai e minha mãe, porque me acolheu e cuidou, da forma dele, mas cuidou, quando precisei. Me ensinou muitas das coisas que os dois deviam ter ensinado e não fizeram. Hoje eu, como mãe de três crianças, sabia que nada poderia ser mais importante pra um pai ou uma mãe que o bem estar de suas crias, a proteção e o cuidado com elas, e meus pais, como "bons" pais que eram, passaram por cima disso por conta da honra e dos valores que eles tanto acreditaram estar corretos. Dessa forma, sentindo o que eu sentia agora, não podia passar por cima de tudo, só podia esquecer. Agora eu, junto com Luan, sabiamos o que é ser pais, e entendo de uma vez por todas o quanto eu não abandonaria um filho nem pelo pior de seus erros.
Luan fez o papel deles e somente a ele eu "devia" a minha vida agora. Era feliz e completa dessa forma, e vi o quanto estava errando de tentar resolver meus problemas passados por tanto tempo. Quem deve estar na minha vida, é quem nunca quis sair dela.
- Queria botar ele pra nadar também!
- Acho ele ainda pequenino pra isso, amor!
- Mas o priminho pode, mamãe! - Disse imitando voz de bebê e Heitor recusou o resto da fruta que foi bem aceita pelo pai.
- Priminho é mais velho! - Disse olhando feio pro Luan e rindo.
Logo a casa encheu ainda mais de alegria quando Isa e Anna chegaram com suas crianças pra comer doce e mimar meu filho, que passava de colo em colo sempre.
- Luan cuspido e escarrado! - Anna zuou. - Só gerou, hein, Natália, porque olha... - Todos riram enquanto as crianças já estavam longe, brincando no jardim.
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Fica (Luan Santana)
Fiksi Penggemar(CONCLUÍDA) Uma história de anos marcada de um lado pela falta de amor, e de outro pelo excesso dele. Natália e Luan são casados, mas a moça, apesar de amá-lo incondicionalmente, não recebe um tratamento a altura. Uma história marcada por marcas do...