11. Uma descoberta

2.5K 83 5
                                    

Luan não demorou pra ir embora, e a casa ficou vazia. Aproveitei pra mudar o visual com Bruna e me cuidar mais. Ela não voltou a questionar sobre o hematoma e eu fiquei feliz. Na verdade, mesmo que ela falasse, não estragaria minha felicidade. Eu estava radiante. 

Seriam só mais o show de hoje e depois mais um. Então, encontraria Luan no Rio de Janeiro e passaríamos o Ano Novo em Noronha, só nós dois. É claro que a idéia tinha sido bem antecipada, e não foi dele, mas ele aceitou e eu acreditava de verdade que ia ser perfeito. 

Depois das compras pra viagem, eu e Bruna jantamos no shopping e fomos pra sua casa, assistimos filme com seus pais. Saí da sala quando Luan me ligou antes de entrar no palco. Ele perguntou o que eu fiz e ficou meio bravo por causa de Bruna. 

- Ela te falou alguma coisa daquele dia? 

- Nada. 

- Tem certeza?

- Sim. 

- Você sabe que eu não gosto muito, não é?

- Desculpa, a gente tava tão bem e eu achei que... 

- Não, eu sei. - Ele respirou fundo. - As coisas vão mudar, Natália, mas a Bruna é esperta, eu tenho medo. 

- Medo do quê?

Ele ficou em silêncio por um tempo. 

- Você está feliz? Desde o Natal? 

- Feliz? 

- Com a gente.

Entendi o que ele falava. 

- Eu não podia estar mais feliz. 

Ouvi ele rir do outro lado. 

- Então está tudo bem, meu amor. Eu preciso ir. 

- Bom show! 

- Obrigado. Eu te amo.

- Eu também te amo. 

- Não eu, tô falando sério. Eu te amo, Natália. - Ele disse como se aquilo fosse uma descoberta. - Boa noite.

Sem me dar chance de responder, ele desligou rindo.

Voltei pra sala, depois do filme eu acabei dormindo no quarto de Luan alí mesmo. No outro dia, Bruna me ajudaria com muitas coisas da viagem.

POV Luan.

Desliguei o telefone intrigado, mas com um sorriso no rosto. Apesar do medo de Bruna perguntar sobre minha relação com Natália e minha esposa contar nossos piores momentos, eu estava feliz agora, e isso não iria me deixar irritado, porque sempre que isso acontece, brigo com Natália.

Estava aguardando ansiosamente a nossa viagem de Ano Novo, apesar da idéia da Bruna não ter parecido boa coisa no início, agora faria todo sentido do mundo e viria em um bom momento. 

O tempo não demorou a passar rapidamente. Quando vi, estava pegando vôo até o Rio de Janeiro para encontrar por lá Natália. Quando pousamos logo avistei Natália perto do embarque particular. Desci e fui na direção dela. A cumprimentei com um selinho e depois ajudei com as malas até o avião. O piloto nos auxiliou e perguntei quando poderíamos decolar, e foi respondido que poderíamos dar uma volta e comer. Natália insistiu pra que eu ficasse alí, pra não tumultuar, mas não me importei, e já que ela também tinha pegado avião e estava com fome como eu, saímos pra comer algo. Tirei algumas fotos e depois voltamos pro avião, que estava liberado pra decolar, e assim foi. 

Quando Bruna sugeriu, já que tinha que ir, escolhi por um lugar que sabia que não me importaria de voltar. Noronha, eu amava aquele lugar. Mas agora, tinha escolhido tudo e preparado uma bela surpresa pra nossa virada à sós. A primeira com muito amor.

Quando chegamos havia um carro nos esperando, um táxi que estava avisado e nos levou pra alugar um carro. Ele nos levou até a pousada. Era um lugar lindo, muito bem localizado e nosso quarto tinha vista pro mar. Natália olhava a varanda enquanto eu dispensava o funcionário que nos acompanhou. Era dia 30, pela tarde, e ainda tinha o último dia do ano. 

Abracei minha esposa por trás e lhe beijei o ombro. 

- Gostou? 

- É lindo, Luan. 

- Espero que esteja preparada pra nossa aventura. 

Ela se virou pra mim e me beijou os lábios. 

- Mais do que nunca. 

Naquele fim de tarde ainda descemos pra praia privativa do hotel e sentamos numa praia. O pôr do sol estava pra acontecer, mas só reparamos quando ele chegou. 

- Luan, olha! 

Natália apontou o horizonte quando olhávamos o mar, com ela no meio das minhas pernas conforme eu me apoiava sentado no pé de uma árvore. 

- Lindo. 

Ela me olhou sorrindo e nos beijamos, enquanto aquele fenômeno era palco do nosso amor.

Fica (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora