118. Luan, não...

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Narrado por Luan.

Tinha saído em direção a entrada da boate pra atender Mel. Era a segunda vez que ela ligava e fiquei preocupado. 

- O que houve, filha? - Perguntei meio aflito.

- Ow, pai, eu estou sentindo tanto a falta de vocês. - Ela chorava desesperada. 

Respirei fundo encostando na parede. 

- Eu sei que é difícil, minha linda, nos primeiros dias a gente sabia que seria assim. Mas você não pode desistir agora, e você tem o Arthur aí. 

- Arthur não serve pra nada. - Ela disse com raiva. 

- Brigaram? - Perguntei estranhando. 

- Só estou com saudade. - Ela suspirou.

- Quer que eu te traga de volta? 

- Como? - Ela perguntou assustada. 

- Te mando uma passagem agora, coloco a casa a venda. Você não precisa disso. 

- Mas é meu sonho. - Ela disse séria. - Eu vou ficar. 

- Então vai ter que se acostumar, filha. Seja lá o que houve com o namorado, conversem, não seja orgulhosa. Responsabilidade acima de tudo agora. 

Conversei alguns minutos com ela, dei alguns conselhos e depois desliguei, declarando meu amor quando ela já estava mais calma e voltei pra dentro da festa.

Narrado por Natália

No dia seguinte Luan estava com Heitor no lago de pesca de um pesqueiro bem conhecido de SP. Eles não saiam de lá por nada e eu já estava cansada. Num converseiro que só, se eu chamasse, nem me ouviriam sentada no banco abandonada. 

Eles tinham uma cumplicidade linda, e apesar de amar olhar eles, eu já estava sem paciência. 

- Vamos embora? - Pedi me aproximando.

- Mais um pouco, amor. - Luan pediu. 

Eu até tentei ter paciência, mas o "pouco" do Luan não parecia passar nunca. 

Quando estava quase escurecendo, consegui convencer os dois e fomos pra casa. Pedi uma pizza e coloquei os dois porquinhos pra tomar banho e logo em seguida fiz o mesmo. Quando saí, Luan estava sentado na sala, cheio de cobertas por conta do frio repentino que chegou com a noite, junto com Heitor. Os dois conversavam sem parar, e quando eu apareci, entrei no meio dos dois. 

- O que você está fazendo? - Luan riu. 

- Entrando nas cobertas com vocês. - Me aninhei nos braços dele e comecei a ver que eles procuravam um filme. 

- Parece uma gata se aninhando. - Luan riu mostrando pro Heitor.

- Fala pra ele que eu sou uma gatinha, filho... 

- Meu Deus do céu, o que eu fiz pra merecer isso? - Ele perguntou e eu e meu amor rimos e começando a zoar ele. 

Eles acabaram por escolher um filme e depois de assistirmos, comemos a pizza que já tinha chego. 

- É, agora é só a gente, né? - Perguntei sorrindo fraco. - Você também vai abandonar a gente, filho? - Fiz bico. 

- Nossa, que mãe coruja que você arrumou, filho. - Luan me provocou bagunçando meu cabelo. - Deixa seu filho conquistar o mundo! 

- E as meninas não podem, né?

- Podem, né? Vou fazer o quê? - Ele fez bico. 

- Papai ciumento! - Heitor acusou rindo. 

Fica (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora