POV Luan.
Depois do fim de semana cheio de emoções, voltei pra casa na segunda. Estava com saudades da minha família - que me receberam encantados pela canção - e de Natália, já que com ela eu não tinha falado durante a viagem por telefone. Mandei as flores que ela amava pra ela no domingo, mas não assinei e rezava pra ela saber que fui eu, mas estava achando que não sabia, porque não me ligou. Mas eu sabia o que iria fazer: queria ver ela.
Quando cheguei na boate quase na hora de seu show, pensei até que estava atrasado. Por ser segunda, não tinha muita gente, então me sentei em uma das mesas perto do palco. O local era bacana, com algumas mesas, espaço pra dançar, o palco e um bar legal. Mas eu não gostava dali porque minha menina estava dançando naquele palco, simples. Mas era isso que eu tinha pra agora, e era pegar ou largar.
Quando ela saiu, todos os olhares se concentraram naquela mulher. Ela tinha uma pose imponente, segura, e aquilo fascinava todos debaixo do conjunto de renda verde escuro, que contrastava com sua pele clara. E um corpo incrível, claro.
Natália era boa demais nisso, tinha que confessar. Dançava linda e sensualmente, de cair os queixos e deixar qualquer um morrendo de desejos. E eu é claro que não era imune a ela, que me viu de lá de cima e me lançou um olhar significativo. Sorri tentando desviar um pouco o olhar do corpo dela e disfarçar, mas não era muito fácil. Não conseguia tirar os olhos dos seus quadris que rebolavam ritmadamente. Agradeci por ter uma mesa cobrindo meus quadris, porque se não eu ia ficar realmente muito constrangido.
Eu nem percebi quando acabou, por que ainda estava meio hipnotizado por ela, e os quase 30 minutos que ela ficava naquele palco pareciam segundos de tão rápido que passaram. Pedi uma bebida e tentei respirar um pouco antes dela aparecer, o que não demorou pra acontecer. Ela se sentou na mesa, na cadeira próxima a mim.
- Obrigada pelas flores! - Deu um sorriso enigmático.
- Achei que não fosse adivinhar! - Ri.
- Você era o único que sabia. Rosas amarelas não são um pedido comum nas floriculturas.
- Você tem razão, liguei em 3 até encontrar! - Gargalhamos.
- São lindas!
- Fico feliz que tenha gostado. O que vai beber? - Perguntei olhando fixamente pra ela.
- O mesmo que você.
- Mas você nem sabe o que é!
- Não importa! - Ela me deu um sorriso provocante e eu queria entender por que quando estava vestida daquela forma, Natália sempre parecia estar provocante.
- Por que fica tão soltinha quando está assim? - Perguntei rindo.
- Não sei, me sinto desejada! É bom pra autoestima! - Ela riu. - Por que não para de prestar atenção no meu comportamento e me conta sobre seu ano?
- Não sei se é bom! - Sorri.
- Então me conte sobre seu próximo DVD.
- Já que tocou no assunto, o convite está feito.
- Eu agradeço, mas vou pensar.
- Como você sabe?
- Assisti seu show! A música foi incrível!
- Amaram! Fiquei muito feliz.
- Você é dedicado ao trabalho, merece o sucesso! Tenho certeza que já está programando o DVD!
- Sim, vai ser maravilhoso! - Eu amava a forma como ela se importava com a minha carreira, e sempre foi assim, mesmo eu não dando valor. - Vão ter aquelas luzes que... - Contava animadamente os detalhes.
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Fica (Luan Santana)
Fiksi Penggemar(CONCLUÍDA) Uma história de anos marcada de um lado pela falta de amor, e de outro pelo excesso dele. Natália e Luan são casados, mas a moça, apesar de amá-lo incondicionalmente, não recebe um tratamento a altura. Uma história marcada por marcas do...