Capítulo 36

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Angel

O gosto dos lábios de Benjamin é a minha nova ideia de regalia. Talvez eu tenha enlouquecido de vez, e se isso realmente tiver acontecido, esse é o ato de loucura mais belo que eu já cometi e Benjamin é o meu pecado favorito. E ele está me beijando como se estivesse esperando por isso por tempo demais.

— Por Deus, Angel... — ele geme, roçando o nariz contra o meu pescoço. Eu agarro os seus cabelos, implorando por mais. Estou totalmente ao seu dispor. Benjamin atende às minhas preces e me beija. Ele caminha os seus lábios até o meu pescoço e enquanto aperta a minha bunda, suga a pele dele lentamente. Sinto arrepios por todo o meu corpo. Nem mesmo nos meus sonhos mais selvagens eu imaginei uma sensação tão esplêndida. Benjamin leva as suas mãos até a minha cintura e a segura com força. Com uma rapidez contida, ele abaixa o meu vestido até ele estar caído ao chão, sob os meus pés. Benjamin parece estar enlouquecendo enquanto olha para o meu corpo seminu. Sinto vontade de pedir para que ele me dispa por inteira, mas não sei qual seria a sua reação se eu fizesse isso. Ele está passando as mãos pelo seu cabelo freneticamente e eu já posso sentir todas as minhas inseguranças voltando. Por um minuto, tenho vontade de fugir e me esconder, até mesmo mudar para outra cidade e fingir que nada disso aconteceu. Benjamin me encara uma última vez, como se estivesse pedindo permissão para vir até mim, e eu a dou. Ele me beija de novo. Não é um beijo doce, é um beijo firme e desesperado. Ele está desesperado por mim. E eu estou totalmente devota a cada um de seus toques. Sinto as suas mãos agarrando as minhas coxas e me tirando do chão. Entrelaço as minhas pernas em volta da sua cintura e deixo que ele me guie. Benjamin me coloca em cima da cama e de forma ligeira, se posiciona no meio das minhas pernas. Posso sentir o calor emanando dos nossos corpos, quente como o inferno. Dessa vez, sou eu quem passeia com a língua pelo seu pescoço, sentindo a minha intimidade pulsar. Ele fala meu nome como se fosse uma oração, enquanto remexe o seu quadril contra o meu. Eu posso sentir cada parte do seu corpo, mas eu quero mais. Eu quero ele completamente nu, esfregando o seu corpo contra o meu. Eu quero que ele sussurre baixarias no meu ouvido, enquanto entra dentro de mim. Eu quero ele todo!
Começo a tirar a blusa de Benjamin, ansiosa para o que está prestes a acontecer nesse quarto, mas como se o universo estivesse me dando um tapa na cara, ele se levanta da cama tão rápido quanto me jogou nela.

— O que você estava pensando? — ele esbraveja. Percebo que Benjamin não espera por uma resposta, ele está apenas fazendo uma acusação. — Aí meu Deus, eu não acredito nisso! — Ele me encara com os olhos extremamente arregalados, mas não acho que esteja me vendo. É como assistir o peso do mundo cair sobre os ombros de um garotinho. Não sei o que falar, ou fazer, ou sentir. Se ele estivesse me enxergando, tenho certeza de que a imagem que veria seria a de uma garotinha segurando o peso do mundo nos seus ombros. Os seus dedos entram e saem de seu cabelo, começo a me perguntar se ele pretende arrancá-los. Benjamin gira pelo quarto como se estivesse esquecido aonde fica a porta e quando ele se lembra caminha até ela, mais rápido do que eu jamais caminhei em toda a minha vida. Demoro algum tempo para entender que tudo isso aconteceu e que não estou vivendo um pesadelo. Eu fui do céu ao inferno mais rápido do que eu jamais pensei ser possível. Quando eu acordar, vou permitir que o meu corpo se envergonhe pelo que aconteceu com Benjamin essa noite, mas nesse momento as lágrimas não deixaram espaço para a vergonha. Acho que é isso, eu estou apaixonada por aquele que não sente o mesmo por mim. Benjamin arruinou a minha vida por não ser meu.

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