💗Quatro💗

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Kim Namjoon...


No dia em que conheci Park Jisoo, eu tinha oito anos. Senti muitas coisas, falta de ar, meu coração falhar e o pior de tudo, gaguejar ao conversar com ela. Me sentia tímido e até meu lobo não tinha reações, era como se a bela ômega fosse nosso eixo, um simples sorriso era capaz de nós calar, nunca me senti tão frágil e acanhado, sou um alfa, porém, agia como ômega por causa da Park. O doce aroma floral dela era único, jasmim era assim que eu a identificava.

Nossas famílias eram próximas e a via todos dos meses, e depois disso íamos ao castelo. Nunca entendi essas visitas, mas elas me valeram amizade com o jovem alfa lúpus, mesmo sendo um simples alfa e irmão de líder de clã, meu novo amigo apenas queria alguém para lhe ajudar a fugir de sua agenda real, que era pior que a minha.

Entretanto um dia me dei conta que a bela Park, também frequentava o castelo, julgo ter por volta de doze anos, e daquela vez ela não estava só, outro alfa a acompanhava, nunca me senti tão enciumado quanto aquela ocasião. Então, primeira vez resolvi falar com meu irmão sobre esses sentimentos possessivos que me assolaram, me lembro que meu irmão mais velho sorriu.

— Demorou demais para me falar Joonie! _ brincou ele _ Notei seu tombo pela jovem Park, há anos _ revelou _ aliás, qualquer um notaria...

— Do que está falando, Eunwoo? _ questionei estático e confuso.

— Bem, meu caro irmãozinho, você geralmente é desastrado, mas quando vê a bela ômega, se torna um destruidor nato! _ contou rindo ainda mais _ Fica difícil não notar, julgo que ela também te notou naquele dia, em que derrubou toda a prateleira de livros! _ falou já vermelho de rir. Senti minhas bochechas e orelhas queimarem, enquanto escondia o rosto com os braços.

Ser desastrado perante sua família era uma coisa, mas justo na frente dela foi demais para mim. Me resignei em deixar esse amor platônico para lá e focar nos meus estudos, pois, era o filho do meio e como todo Kim, conhecimento era poder e nunca era demais.

Daeho, saiu de nossas terras há poucas semanas, fui encarregado a encontrar um informante, e pegar os documentos que ele portava, para entregar ao chefe do clã Jeon, mas assim que chegamos ao vilarejo próximo à taverna em que deveria me encontrar com o sujeito, senti um aroma tão conhecido por mim e meu lobo. Larguei de encarar o livro e foquei na porta de onde ele vinha, que se abriu no mesmo instante, revelando a figura de Park Jisoo, que mesma disfarçada com o rosto coberto pelo capuz, soube pelo seu velho aroma de jasmim.

O que fez meu sangue gelar, foi o caro, a segurar com força, fazendo a ômega se voltar na direção dele novamente. Desci do cavalo mais que depressa e me aproximei de ambos.

— Qual é ômega, será rápido...aposto que iremos nos divertir bastante! _ pediu o alfa bêbado, senti meu sangue ferver com aquela proposta.

— Se não me soltar agora, seu bêbado! Farei com que se arrependa amargamente! _ ameaçou a Park.

— Algum problema amor? _ perguntei com uma frieza absurda, olhei de modo ameaçador ao alfa _ Se não soltar minha ômega agora, quebrarei sua mandíbula em seis pedaços! _ contei pousando a mão no ombro do mesmo e apertando, no mesmo momento ele a soltou.

— Nam! _ chamou a Park, desviei meu olhar furioso do alfa que estava encolhendo devido ao meu aperto _ Só me tire daqui meu amor! _ pediu chorosa, aquilo me abalou, pois, eu nunca a vira daquela forma, e já havia treze anos que eu a conheci.

— Nunca mais chegue perto dela! _ me ouvi dizer _ Ou caçamos você, e te fazer em pedaços será prazeroso! _ nunca vi meu lobo tão furioso quanto aquele instante, me voltei a ômega que segurava meu casaco e tremia levemente _ Venha! _ chamei passando meu braço direto por suas pernas e apoiei o corpo com a esquerda, foi quando senti seus braços envolverem meu pescoço, que senti as lágrimas da Jisoo em minha pele _ Eu tô aqui! Não deixarei que ninguém a machuque! _ contei.

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