Reinos

💗Vinte-Oito💗

Min Yoongi...

Um enorme barril de pólvora, era assim que me sentia prestes a explodir, pois, quanto mais o pavio queimava, ou seja, o tempo passava, mais próximo ao barril ficava, e mais a explosão era inevitável, por que desde que ouvi minha mãe e seu amante beta, sim, o desgraçado não tinha cheiro e como minha mãe não podia deixar aromas também, era difícil identificar seu cúmplice. Desde que ambos decretaram a morte de meu irmão, com a intenção de culpar o noivo, passei a vigiar os passos da beta.

Por uma estranha razão sua fiel escuderia Rosé, estava meio afasta da rainha, porém, ela estranhamente cheirava ao meu pai e a ervas, por um tempo segui a ômega Min, porém, seus passos eram inconstantes, por vezes ela saia do castelo e sumia por dias, e quando voltava, sumia da vista de todos no castelo, o bom de ser lupino puro era fácil detectar odores, porém, a Min era boa em despistar, e seu rastro sempre desaparecia na porta do quarto de meu pai, e como sempre tinha guardas no corredor, era impossível ir até lá. Pois, segundo eles haviam ordens expedidas por minha mãe para ninguém, absolutamente ninguém adentrar nos aposentos do rei.

Era estranho que naquela altura do campeonato eu passar a duvidar e estranhar das ações de minha mãe, então voltei minha atenção a ela novamente, já que com Min Rosé eu não conseguiria, no entanto, tive de ser discreto e sútil na observação. Enquanto isso tive de ouvir Jungkook me contar sobre a visita do noivo em seus aposentos, e de como ele estava com medo, obviamente ri dele assim que contou como terminou com ele se masturbando.

E por falar no Park, ele e o outro ômega de seu clã, poderiam estar discutindo nitidamente sobre a lista de convidados e já assinando e escrevendo os convites, porém, as batidas do dedo com o anel me chamaram a atenção, me lembrei do dia que Tae e o Park fizera o mesmo no baile de noivado, meus instintos de alfa diziam que os ômegas tramavam algo, assim como minha mãe.

— Jungkook! _ chama minha mãe no jantar, o mesmo a encara lhe dando atenção _ O meu grupo de senhoras comentou que o solstício está próximo, e esse ano intervi alegando que como última ação como regente, solicitei que a festa fosse em nossos muros! _ conta, aquela festa era uma reunião de grandes senhoras da corte, onde faziam uma espécie de festival onde ofertavam suas especiarias numa quermesse, e todo dinheiro iria à caridade.

Obviamente estranhei aquilo, por que depois da morte do Taehyung e consequentemente eu adquiri um ar observador, e as ações de minha mãe e para não levantar suspeitas pensei na maneira mais convincente de deixar a maldita festa longe do castelo e longe do Jungkook.

— Com o casamento tão perto não acho pertinente, duas festas nestes muros! _ me pronunciei, ganhando a atenção de todos.

— E onde será adequado meu querido?

— No orfanato! _ responde Jungkook _ Nada melhor que um lugar onde as pessoas possam se solidarizar com a causa dos mais necessitados!

— Concordo com lorde Min, amanhã chega os objetos que usarei para enfeitar seu salão, não acredito que a decoração do casamento e essa festa de solstício...

— Já entendi! _ corta minha mãe ríspida_ Então tenho carta-branca para fazer naquele... _ ela se cala se corrige-se na cadeira _ e sim...podemos fazer naquele ambiente! _ concorda com um sorriso doce, o que estranhei ela sempre fazia isso quando queria algo, igual minha tia.

E depois do jantar fiquei ainda mais de olho em minha mãe, porém, seus movimentos eram friamente calculados, e a festa beneficente viria dez dias antes do casamento real, então se ela tivesse tramando algo, aquele era o momento perfeito.

— Preciso que envie um recado...ah _ ouvi um gemido, me assustei _ Isso... isso assim... _ gemia alto, quase tive vontade de ir lá e ver o que acontecia, porém, apenas esperei calado, logo ouço barulho de algo caindo e quebrado depois o grito dela, senti repulsa de minha mãe, ela devia fidelidade e respeito ao Daeho, por que fora por causa dele que ela tem o status que tanto gosta de ostentar _ Será essa noite na queima de fogos! _ conta com a voz carregada de expectativa _ Finalmente livrar-me-ei de meu enteado e de quebra do abusado ômega Park e com ele aquele clã odioso...grrr farei com eles o mesmo que fiz com os Kim... _ ela calou-se quando a porta se abriu e o cheiro de frutas silvestres chegou ao local, soube que sua dama de companhia chegara _ Onde esteve? _ pergunta severamente.