Família - parte II

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- Tudo pronto, senhor. – Daro disse.

- Ótimo. Vá e fique por perto, mas tenha cuidado. Não seja pego ou por mim você morre nas mãos deles. Odeio gentinha incompetente. – Eltar disse.

- Papiiii.

- Nossa. Você está linda, Callie. – Eltar disse, sorridente.

- Eu to igual uma pincesinha, papi. – Callie girou mostrando seu vestido florido.

- Isso porque você é uma princesinha. Nunca esqueça isso.

- Eu sei. – Callie disse séria e fez uma pose altiva. – O senhior, papai Zedd, tem que chamar Callie de "bossa alteza".

- Vossa alteza, Callie. – Eltar corrigiu e fez uma reverência. – Vossa alteza me concederá a honra de um abraço?

- Hihihi. – Callie colocou a mãozinha na boca. – Papai bobo. Eu amo você, papi.

E pulou no colo dele, abraçando-o pelo pescoço o mais forte que seus bracinhos magrelos podiam.

- Vá e deixe o papai orgulhoso.

~o~

- O Conselho não me deixa em paz! – Carya sentou com um suspiro cansado, colocando os pés sobre o colo de Rodan, sentado no sofá do quarto com um livro na mão. – Bando de babacas, acéfalos! A vontade que tenho é queimar a bunda deles e mandá-los pra casa da zorra!

- Eles estão preocupados com o comportamento de Kursk e seu sumiço. – Rodan respondeu, largando o livro e começando a massagear os pés de Carya.

- Nós também estamos, mas não ficamos enchendo o saco deles toda hora com isso! Diabos! Esses imbecis não vêem que estou fazendo tudo o que posso para encontrar aquele ....garoto?!

- Tem algo mais a incomodando. O que é?

- Tudo, Rodan. A porra do mundo todo parece estar explodindo na minha cara! Rania só piora e não aceita nossa ajuda. A Coligação quieta demais para o meu gosto. Daro sumido. Kursk enfiado na casa da zorra...Não sei nem se ele está vivo ou morto! Teira com aquele Corno...

- Cronos, amor.

- Tanto faz. Isso sem falar na volta da peste do Eltar e do desgraçado do Leviatã. Praticamente não tivemos paz nem para velar nossos mortos... Amara, Devon, meus pais, Vó...

Rodan tirou as pernas dela de seu colo, se levantou e a fez se levantar também. – Desacelere, amor. Precisa relaxar um pouco.

- E como vou fazer isso? Tenho tanto pra resolver...

- Não vai conseguir resolver nada nesse estado. Vem. – Rodan a puxou para o banheiro, preparou um banho, fez sinal pra que ela usasse sua magia de fogo pra aquecer a água e começou a despí-la delicadamente. Ele a levou gentilmente para a banheira, se agachou atrás dela e massageou os ombros tensos de Carya.

- Isso é bom. – Carya suspirou. – Você é sempre o marido perfeito.

- Eu preciso. Sou velho e você é linda, deliciosa e poderosa. Se eu não for perfeito você me troca por um rapazinho do exército. – Rodan brincou.

- Não tenha dúvidas disso. – Carya o provocou. – Mas não um rapaz. Nunca tive paciência pra ensinar nada a ninguém. Talvez por um dos seus colegas espiões... Tem um bem fortão, nos treinos ele tem um porte...dá até pra notar o volume nas suas cal...

- Caaarya. – Rodan alertou, não conseguindo evitar o ciúme que ela adorava incitar.

- Que? – Ela bancou a inocente.

Likastía IIOnde histórias criam vida. Descubra agora