Armando o trono

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- Sejam bem-vindos, senhoras e senhores. Espero que todos tenham entendido sua parte na missão.

- SIIIM! – O grupo mestiço respondeu.

- Ótimo. Não preciso lembrar o que está em jogo aqui. Vocês nunca falharam e não falharão agora. Sei disso porque, se falharem, vocês sabem muito bem o que acontecerá. Agora, vão! Já para seus postos!

- SALVE, O LORDE! SALVE O FUTURO REI! – A frase padrão ecoou pelo salão, enquanto todos se curvavam profundamente e se retiravam em uma precisão militar.

~o~

- Eu não confio em você. – Dreyfus disse, de braços cruzados, encostado no pilar.

- Eu sei. Também não confio no verme que roubou minha garota, mas temos um inimigo em comum e alguns desejos semelhantes.

- Tipo?

- Tipo colocar você beem longe deste palácio.

- Já falei que não vou abandonar MINHA Rania aqui.

- Aham. Enfim, você quer ou não quer fazer isso? – Kursk perguntou.

- E, claro, você não quer que saibam que foi coisa sua, não é? Típico de um covarde. Mas sua covardia me é útil. Muito bem. Vamos fazer isso. Mas se você estiver armando pelas minhas costas, Kursk, eu te mato e que Kallisti me ajude.

- Sei, sei. Tanto faz. Siga o plano e não me sacaneie ou vou fazer da sua vida um inferno, amigo. – Kursk se virou e saiu.

Melhor eu ficar de olho nesses dois. Em breve, Kursk, você e seu amiguinho aí vão sair das sombras e finalmente vou tirá-lo da merda do meu caminho. Dreyfus disse a si mesmo.

~o~

- O garoto saiu? – Zedd perguntou, enfeitando um pão doce com coraçõezinhos para entregar a uma cliente que usaria na festa de sua filha de quatro anos.

- Sim. – Dagmar disse.

- Ele está agindo pelas costas da mamãezinha dele como esperávamos?

- Sim.

- Ótimo. Então siga para a próxima etapa do plano. – Zedd ordenou, sem afastar os olhos de sua arte culinária.

- Certo. Darei o sinal para Daro. – Dagmar se apressou e saiu.

- Callie! Venha aqui! – Zedd chamou e uma Tiger pequena entrou correndo. – Onde você estava?

- No quarto. – Callie respondeu.

- Costurando?

- Aham. – Os olhos de Callie brilharam quando viram o pão todo enfeitado.

- Você gostou? – A menina fez que sim com a cabeça. – Mas este é para a festa da sua amiga.

Callie fez beicinho.

- Não faça essa cara. Vá até o forno.

Callie foi e pegou um pão igual, só que bem menor, com a boca salivando.

- É seu por você ter sido uma boa menina quando me trouxe a chave que mandei você pegar. Viu? É isso que acontece quando você faz bem seu trabalho. – Zedd disse.

Callie praticamente pulou no pescoço de Zedd o abraçando. – Obrigada, papai!

- De nada, garotinha. Agora vá terminar sua costura e lembre-se de levar os talheres porque...

- Porque eu devo ser sempre uma perfeita dama. – Callie completou.

- Exatamente.

- Uma hora vai ter que contar pra ela. – Dagmar voltou.

Likastía IIOnde histórias criam vida. Descubra agora