NOTA: Pessoal, desculpem meu sumiço pelas últimas duas semanas, meu notebook não quis ligar, mas agora estou usando o da minha irmã e voltarei a postar normalmente.
Finalmente chegou o dia de viajar para o Reino Selvagem. Todos estavam muito empolgados, mesmo alguns não estando muito felizes com sua equipe de trabalho. Antony estava indignado com o azar de estar no mesmo trio que o Ítalo que insistia em perturba-lo.
–Ótimo, terei que dividir a barraca com uma baleia e um esquisito que não para de mexer no nariz –Ele disparou fuzilando também o Zeca que não se ofendeu nenhum pouco.
–Cuidado com aquele cara, Zeca –Rafael aconselhou seu amigo.
–Minha única preocupação é como esconder meu nariz a noite –Zeca disse sinceramente.
–Cris, você não acha um absurdo não podermos escolher nossa equipe? –Reclamou Ítalo –Cris?
Cris estava perdido pensando sobre a noite passada. Ele tinha voltado para a Universidade, mas antes de chegar ao seu quarto foi parado pelo galanteador Jacob.
–A Universidade acaba de ficar mais bonita de repente.
–Essa cantada fajuta costuma funcionar?
–Nem sempre, mas meu sorriso é infalível.
–Convencido –Cris passou direto pelo Jacob, se esforçando pra não deixá-lo ver seu sorriso.
–Cris, você viu sua avó vidente?
–Hum? Sim, por quê?
–É que eu acredito muito em destino e queria saber se ela já te contou que sou sua alma gêmea?
–Cara, você precisa mesmo melhorar suas cantadas –Cris rebateu e praticamente teve que sair correndo para não deixar o outro ver suas bochechas vermelhas e seu sorriso.
–Ei! –Gritou Jacob –Quando você voltar posso te pagar um jantar?
–Hum... Já que pelo jeito você vai continuar me perseguindo, que pelo menos tenha comida no processo.
Dessa vez foi o Jacob que sorriu de orelha a orelha com aquele "sim" ao seu convite.
Cris voltou a si quando o Ítalo o sacudiu pelos ombros.
–Terra para Cris! Vamos, temos que entrar no ônibus.
Os doze alunos de arqueologia e o professor Peter partiram para o Reino Selvagem. O professor nem desconfiava que estava levando dois clandestinos no porta-malas, Fu e Pika, o irmão mais novo do Bae e seu melhor amigo
O ônibus os levou até a fronteira de Rio Branco com o Reino Selvagem. Aqueles que nunca tinham se deparado com aquelas gigantescas e eletrificadas cercas, estranharam.
–Professor Sales, por que tudo isso para separar os dois lados? Não estamos no mesmo país? –Helena perguntou.
–O Reino Selvagem precisa ficar mais isolado para não permitir que as feras escapem.
Aquilo foi um pouco assustador. Além das gigantescas cercas elétricas, havia uma barreira no ar. Ao olhar para o céu, se prestassem muita atenção, veriam algumas linhas finas, na verdade havia uma barreira translúcida, mas resistentes, que impedia a entrada ou saída pelo espaço aéreo. Sendo assim, era impossível chegar de avião no Reino Selvagem.
Depois que o ônibus seguiu alguns quilômetros dentro do reino, todos começaram a ouvir o barulho de animais, inclusive um dos rugidos foi tão alto que as janelas até vibraram.
O ônibus parou diante de um enorme castelo em ruínas. Aquele lugar parecia vazio há muito tempo, entretanto havia um homem de pé no alto de uma torre.
Todos desceram do ônibus olhando para aquele cara e se surpreenderam quando ele pulou. Helena deu um grito achando que era um suicida, mas o cara caiu de pé. Ele era ruivo, musculoso e carregava nas costas uma enorme espada feita de ossos.
–Sejam bem vindos ao Reino Selvagem.
–Alunos, saúdem o duque Rex Ruivo.
–Nossa, como ele é forte –Comentou Carmem mordendo o lábio inferior.
O professor cumprimentou o duque, eles conversaram um pouco e o ruivo teve a palavra.
–Estas ruínas eram minha casa, estamos a alguns quilômetros da primeira cidade. Um grupo vai ficar aqui e os demais vão seguir comigo.
–Rebeca, Tom e Cris ficarão aqui –Comunicou o professor Sales.
–O local de escavação é dentro das ruínas. Evitem sair para a floresta. Dos quatro pontos de escavação esse é o mais perigoso.
O duque ruivo mal abriu a boca e algo enorme saiu correndo da floresta.
–Puta que pariu! É um Tiranossauro Rex! –Gritou Bae assustado e empolgado.
Rex Ruivo sacou sua espada de ossos e partiu pra cima do dinossauro. Aquilo era um sorriso em seu rosto? Rex contra Rex. O dinossauro tentou abocanhá-lo, mas o duque desviou com facilidade saltando pro lado e atacou realizando um corte horizontal que simplesmente decapitou a criatura. A batalha mal durou quinze segundos.
–Esse era muito pequeno, nem chegou a ser um desafio –Lamentou o duque.
Foi então que houve outra investida, um vulto saiu do ônibus como um raio. Rex Ruivo sentiu o som do ar sendo cortado e se virou movendo a lâmina da sua espada para bloquear o ataque. Todos se surpreenderam vendo um garoto atacando o duque com uma espada enorme.
–Quem é esse?! –O professor gritou surpreso.
–Droga! Fu, cê tá maluco? –Gritou Bae que não imaginou que seu irmão fosse simplesmente atacar o duque do nada. O plano era pegar carona no ônibus e depois desafiar o duque.
–Essa espada é muito grande pra você, rapaz –Disse o ruivo.
–Não por muito tempo –Fu disse empolgado e na mesma hora a lâmina da sua espada ficou fica e se esticou como um chicote. O duque saltou pra trás, mas teve seu rosto arranhado.
–Uma lâmina que muda de forma?
–Olá. Eu sou Fu Li, sou um espadachim, essa é minha faca mutante. E essa minha espada fênix –Disse o rapaz sacando outra espada –Ouvi dizer que você é o melhor espadachim do mundo e vim desafia-lo.
Vitória estava perplexa, tinha conhecido o Fu no dia anterior e o achado a fofura em pessoa, mas do nada ele agora parecia um soldado experiente.
–Acaba com ele, Fu! –Pika apareceu do lado do professor.
–Quê?! São dois clandestinos?
–Então você quer me desafiar –Comentou Rex Ruivo lambendo o corte em sua bochecha –Eu não pego leve com ninguém, garoto.
–A Kristal Killer me falou disso.
–Hum? Então você conhece a maior espadachim da Ásia, a senhora K. Ela te contou também como eu arranquei o olho dela?
–Contou sim. Eu e ela combinamos de vir te desafiar juntos, mas achei que seria mais justo eu te enfrentar sozinho primeiro.
–Ok. Sendo assim, aceito seu desafio.
Diante da turma de arqueologia uma batalha de espadachins poderosos se inicia.
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Reino Unido do Acre
RomanceUma nova Era tem início com o Acre se tornando um país intitulando-se o Reino Unido do Acre. Aqui acompanhamos uma turma de jovens arqueólogos que dividem seu tempo em desvendar os mistérios dessa terra e se relacionar entre si criando laços de amiz...