Aduke estava na diretoria frente a frente com a rainha Alana que lhe servia chá com biscoitos.
−Espero que esteja gostando do retorno das aulas aqui neste castelo.
−Sim, estou amando. Já não aguentava mais o Ítalo se gabando que estávamos estudando na casa dele e que o pai dele, o duque Torres, era isso e aquilo.
−Muito interessante −Comentou Alana sem interesse nenhum −Eu não sei se já te agradeci por ter ajudado na batalha contra Drabel. Mas obrigada. Sobre aquele dia, tem um artefato que desapareceu. Então estou convidado aluno por aluno para conversar e me ajudar a encontrar isso.
−Está dizendo que posso ter roubado esse tal artefato?
−Não! Jamais diria algo assim, querida. Estou apenas pedindo para que me deixe usar minha habilidade psiônica em você. Assim poderei ver seu passado e ver se ao seu redor possa ter aparecido este artefato mesmo sem que você tenha percebido.
−Entendi. Tudo bem, pode olhar.
−Obrigada.
Alana usou a Visão Ancestral para ver o passado de Aduke, mais precisamente o dia em que a chave mágica de Drabel desapareceu.
−Tudo bem. Pelo jeito você não viu nada. Obrigada. Pode ir.
Aduke saiu sorridente de lá. Ela estava com a chave capaz de abrir a caixa cósmica. Quando a garota soube que a rainha estava fazendo um tipo de interrogatório com cada um dos alunos, ela teve que agir. A semideusa podia ver e manipular os fios do destino das pessoas, então manipulou seus fios, e os do Zeca, de modo que quem olhasse seu passado não veria nenhuma informação sobre a chave.
−Como exatamente isso funciona? −Zeca perguntou.
−Imagine que estou costurando uma camisa, vou apertar o tecido, fazer um acabamento embutido, quem ver de fora verá uma camisa mais justa, mas ainda há tecido na parte de dentro escondido. Resumindo, vou esconder parte do nosso passado para passar despercebido pela Visão Ancestral da Alana.
Deste modo, Alana seguiu investigando os alunos, mas sem obter muita informação sobre a chave. A pedido do professor Peter Sales, a turma de arqueologia foi a primeira a ser interrogada para ficar livre para a próxima atividade.
−Alunos, dentro de poucos dias faremos nossa terceira atividade de campo.
−Escolhi o curso certo! A gente mais viaja do que fica na sala de aula! −Comemorou Carmem.
−Dessa vez vou deixar a líder e a vice comandarem a divisão dos dois grupos.
Deste modo as equipes ficaram divididas em A: Helena, Antony, Cris, Ítalo, Carmem e Rebeca; e B: Aduke, Zeca, Kor, Bae e Vitória. Como a princesa levaria o fauno Mino a divisão ficou equilibrada em seis e seis.
−Pra onde vamos, professor? −Kor estava apreensivo da visita ser a sua terra natal, o Reino Intergaláctico. Não sabia como iria lidar em voltar pra casa, se bem que sua casa não estava mais lá, já que era uma espaçonave e tinha partido.
−Vamos para o Reino da Magia.
Ítalo soltou uma exclamação alta como se tivesse ouvido uma revelação bombástica. Depois que todos o encararam, ele fingiu uma tosse e deu de ombros. Antony olhou com mais atenção percebendo o nervosismo dele. Cris se aproximou e cochichou.
−Você ficou assim por causa do...
−Não! Não tem nada a ver com isso! −Ítalo respondeu irritado.
Tirando Ítalo todos ficaram bastante animados em viajarem para o Reino da Magia, o que deixou o professor satisfeito, pois todos estavam prestando muita atenção nas aulas e sendo participativos.
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Reino Unido do Acre
RomanceUma nova Era tem início com o Acre se tornando um país intitulando-se o Reino Unido do Acre. Aqui acompanhamos uma turma de jovens arqueólogos que dividem seu tempo em desvendar os mistérios dessa terra e se relacionar entre si criando laços de amiz...