Capítulo 26: O Baile Começa

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Não era porque a diretora Julia Davis tinha antipatia pela família real que ela iria poupar esforços naquele baile. Pelo contrário, ela preparou o mais incrível baile que seus recursos permitiram. Queria impressionar a todos e conseguiu.

Quando o baile começou todo aluno que entrava no salão soltava uma exclamação de surpresa. A ornamentação era toda baseada em ouro, na verdade alguns enfeites eram mesmo de ouro. Havia uma pista de dança com um globo brilhante de dois metros de diâmetro, o pé direito do salão era de uns dez metros dando a impressão gigantesca ao lugar. A mesa de petiscos era longa e rica. Havia três barmens fazendo drinks com malabarismo sendo uma verdadeira atração.

Julia sorriu satisfeita com seu trabalho. Ela olhou para o relógio e depois para o céu através da enorme porta dupla de vidro que ficou aberta dando acesso a uma varanda permitindo ver o céu noturno que estava lindo e iluminado pela lua cheia.

–Já está quase na hora, será que eles serão pontuais?

Antony entrou sorridente no salão, afinal estava acompanhado pela Helena. Ele estava muito feliz por ela ter aceitado seu convite, entretanto sentiu-a tremer.

–Tem algo de errado, Helena?

–Tem tanto ouro aqui! Tenho vontade de voar e sair agarrando tudo e levando embora.

–Que engraçado –Ele riu achando que era uma piada –Íamos ficar muito ricos.

Helena teve que usar toda sua força de vontade para não se entregar aos impulsos de Mãe-de-ouro. Ela precisava resistir até a família real chegar.

Um trio chegou ao baile, Cris estava sorridente, Ítalo fazia cara de desdém e Jacob já entrou dançando.

–Está tudo divino! Estão a fim de uma bebida? –Ele perguntou e depois foi buscar três copos.

–Você bateu seu recorde, Ítalo. Acho que já se passam trinta minutos sem você ofender ninguém. Principalmente o Jacob.

–Eu disse que ia te apoiar, não disse? –Ítalo comentou, mas era nítido que estava fazendo força quase física para isso. Principalmente quando olhou pro lado e viu o Antony e a Helena dançando –Que palhaçada.

–Ítalo –Cris o repreendeu.

–Tá bom –Ele revirou os olhos e colocou a cabeça no ombro do seu amigo –Vou deixar você me adestrar.

–Se é que isso é possível –Debochou Cris sorrindo.

No dormitório, Rafael tentava convencer o Zeca a ir ao baile.

–Você tem que ir! Não pode ficar aqui trancado todas as noites. Você pode usar uma máscara.

–Não é um baile a fantasia! –Zeca protestou se virando movendo o pênis que tinha no lugar do nariz.

–Então se você não vai, eu também não vou –Rafael se sentou na cama cruzando os braços.

–Você não pode perder o baile por minha causa!

–Não vou me divertir sabendo que meu melhor amigo está trancado no quarto e morrendo de vontade de estar no baile.

Zeca queria muito curtir as festas, mas elas sempre eram a noite. Se fossem de dia ele poderia exibir seu nariz humano, mas quando chegava a noite seu nariz voltava a sua aparência normal, um pênis no meio da cara.

Alguém bateu na porta, Zeca se deitou e se cobriu. Rafael abriu a porta permitindo que Aduque e Tom entrassem.

–Uau, vocês estão incríveis! –Rafael elogiou os dois.

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