Capítulo 57: O Beco Redondo

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A equipe A composta por Helena, Antony, Cris, Ítalo, Carmem e Rebeca foram guiadas por Raul, neto do duque Rufus Rodriguez, para o Beco Redondo. Para chegar ao seu destino tiveram que sair da cidade e seguir para uma montanha onde o caminho se bifurcou, um continuava pra cima e outro para baixo. O grupo seguiu descendo até encontrar uma enorme construção de pedra que parecia um tipo de labirinto.

−Eu não sabia que tinha tanto labirinto no Brasil −Comentou Helena.

−Não estamos no Brasil, estamos no Reino Unido do Acre −Raul respondeu como se aquilo explicasse tudo −O Beco Redondo é uma construção muito misteriosa, não há tesouros aí dentro e mesmo que pareça um labirinto seus caminhos só levam a dois destinos, a um centro de escavação arqueológica e a casa da bruxa.

−Casa da bruxa? −Perguntaram Helena, Carmem e Rebeca ao mesmo tempo.

−Não tem nada de mais, é praticamente uma lojinha temática. Vamos nos dividir, as garotas vão pro centro arqueológico e os garotos para a casa da bruxa.

−Que machismo é esse? −Rebeca perguntou indignada.

−Machismo? Onde fui machista?

−Eu sou a líder da equipe e voto em todos irmos juntos pra casa da bruxa −Helena disse tomando a frente.

−Por que você quer ir pra casa da bruxa? −Ítalo perguntou irritado.

−Qual é o problema das garotas irem pra casa da bruxa?

−Não tem nada de especial na casa da bruxa.

−Como você sabe o que tem ou não tem na casa da bruxa?

−Por que estão todos repetindo tanto a frase "casa da bruxa"? −Antony perguntou.

−Acho que estamos sob o efeito de um feitiço de marketing −Sugeriu Raul.

−Feitiço de marketing? −Cris perguntou, pois nunca tinha ouvido falar de nada daquele tipo.

−É um feitiço que faz um assunto colar na boca do povo. Só vamos conseguir parar de falar na casa da bruxa quando formos visitar a casa da bruxa −Raul explicou −Agora vamos mesmo que ir todos pra casa da bruxa.

Sendo assim, o grupo inteiro entrou no Beco Redondo seguindo pelo caminho da direita que levava pra tal casa da bruxa. Ítalo estava irritado, pois não queria falar na frente das garotas que ele tinha se transformado numa Fada Selvagem. Mas se aquela fosse a única forma de ser curado, ele o faria.

Depois de andarem por vinte minutos por um caminho em espiral o grupo já estava tonto, mas conseguiu chegar ao seu destino. A casa era escupida numa das paredes, era alta e havia uma chaminé liberando uma estranha fumaça roxa. Todos entraram e sentiram um clique em suas línguas, era o efeito do feitiço de marketing sendo quebrado.

−Sejam bem vindos à casa da bruxa −Disse uma mulher alta de pele negra brilhante usando um chapéu pontudo que contrastava com sua roupa de ginastica −Eu sou Cassandra, a bruxa.

−Essa não é a roupa que eu esperava de uma bruxa −Carmem comentou.

−Eu não posso ser bruxa e crossfiteira ao mesmo tempo? −Cassandra rebateu.

−Gostei dela −Carmem confessou.

−Senhora Cassandra, esses são alunos de arqueologia da Universidade de Rio Branco −Raul os apresentou.

−Oi, Raulzinho, você veio acompanhado de um grupo muito peculiar, só tem um humano normal −Ela disse apontando para o Antony e depois seguiu em ordem apontando para Helena, Ítalo, Cris, Carmem e Rebeca −Uma Mãe-de-Ouro, uma fada selvagem, um vidente, uma elementar do fogo, e uma fígado-papada.

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