Após a reunião com a turma de arqueologia Zeca precisava tomar uma importante decisão. Ele não podia ficar com aquela chave, aquilo estava influenciando a história daquele mundo. No caminho para o dormitório Bae tocou o ombro dele.
−Você parece tão preocupado. Quer sair para espairecer?
−Pensei que você ia atrás da Vitória.
−Melhor dar espaço a ela.
Os rapazes saíram conversando sobre aleatoriedades, Zeca chamava muita atenção com sua máscara de unicórnio dando língua, mas Bae não se importou, ao invés disso dava era risada. Eles compraram uma garrafa de vodca e um refrigerante de dois litros e foram para uma praça. Sentaram na beira de um lago e começaram a beber.
−Eu gosto de fazer coisas simples como beber com você −Zeca comentou −É bem mais divertido do que pensar sobre divindades e assuntos cósmicos.
−Eu concordo. E pode tirar a máscara, só tem nós dois aqui.
No momento em que Zeca mostrou seu rosto, Bae sentiu um formigamento entre as pernas. Já estava acostumado com a aparência do colega de quarto, mas as vezes acabava sentindo um estranho calor que ele recusava a chamar de tesão, embora fosse exatamente isso.
Assim como Zeca, Bae resolveu deixar todas as suas dúvidas de lado e seguiu bebendo e conversando. Conforme o álcool foi o deixando desinibido pensamentos iam se formando em sua mente: "E se a gente fizesse uma brotheragem aqui na beira do laguinho da praça?". Aqueles dois vinham cada vez mais fazendo brotheragens.
Zeca se deitou na grama olhando para o castelo voador. Era ali onde estava a caixa cósmica, tudo que precisava era ir até lá com a chave mágica e mudaria aquele mundo pra sempre, podendo ainda realizar os sonhos dos seus colegas de classe.
−Bae, se você pudesse ter qualquer coisa neste momento, o que seria?
−Tem uma coisa que tenho vontade de fazer há algum tempo −Bae respondeu embriagado olhando para os olhos do outro.
−Você precisa do poder de um deus supremo pra isso?
−Não, acho que só preciso de coragem pra fazer o que estou com vontade.
−Então faça, você tem todo o meu apoio −Zeca disse tentando ser um bom amigo.
Bae se inclinou sobre o Zeca encostando seus lábios no dele. Zeca arregalou os olhos no susto, entretanto logo estava retribuindo o beijo. Uma parte do Bae dizia que aquilo era errado, que ele gostava era da Vitória, mas quanto mais o beijo durava, mais parecia ser a coisa certa, mais era prazeroso e mais intenso ficava.
−Bae −Zeca sussurrou entre os beijos e gemidos −Você tem certeza disso?
−Não, mas que se fodam as dúvidas.
Naquela noite algo estranho aconteceu, o pênis no rosto do Zeca se tornou um nariz mesmo não estando de dia. Ambos os garotos estranharam aquela quebra das regras mágicas, mas nenhum quis perder tempo debatendo aquilo. Zeca se sentou e seguiu se agarrando com o Bae trocando caricias e alimentando o fogo do desejo que os envolvia.
A tontura da embriaguez passou e Bae sentia tudo com muita clareza, sem ficar pensando em sexualidade ele admitiu pra si mesmo que aquele era o melhor beijo da sua vida e que não queria que parasse ali, queria ir mais adiante.
Os rapazes foram para uma parte mais escura do parque, Zeca apoiou as costas numa árvore e gemeu quando Bae passou a beijar seu pescoço ao mesmo tempo que apalpava entre suas pernas agarrando sua ereção latejante.
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Reino Unido do Acre
RomanceUma nova Era tem início com o Acre se tornando um país intitulando-se o Reino Unido do Acre. Aqui acompanhamos uma turma de jovens arqueólogos que dividem seu tempo em desvendar os mistérios dessa terra e se relacionar entre si criando laços de amiz...