O primeiro grupo estava acampado nas ruínas de um castelo na parte inicial do Reino Selvagem. Tom, Rebeca e Cris começaram sua busca por artefatos arqueológicos caminhando pelas ruínas, hora ou outra eles ouviam barulhos animalescos vindos do lado de fora. Eles seguiram andando até encontrarem uma parede pintada muito danificada.
–Essa pintura parece a grande ceia –Comentou Cris comparando a arte com a pintura onde Jesus Cristo ceava com os apóstolos.
Na pintura daquelas ruínas, a família real estava sentada numa farta mesa cercado de convidados.
–Serão os antepassados da Vitória? –Rebeca indagou se referindo a sua colega de quarto que era uma princesa.
–Bem... Eles eram brancos –Cris comentou com cuidado com receio de soar racista.
–Acho que em algum momento da história as etnias devem ter se cruzado –Sugeriu Tom –Outra coisa me chamou a atenção, olhem para o que o rei está segurando.
Na pintura, o rei segurava um tipo de cetro com uma esfera na ponta. Dentro daquela esfera havia um desenho de um carro.
–Um carro? Pensei que essa pintura tivesse milhares de anos –Comentou Rebeca.
–Talvez... Aquela esfera seja um tipo de bola de cristal capaz de ver o futuro –Comentou Cris que entendia bem daquele assunto graças a sua avó.
–Se esse cetro ainda não tiver sido encontrado. Seria um ótimo item para apresentarmos na turma! –Tom sugeriu.
–Ótimo, equipe! Vamos procurar o Cetro do Amanhã! –Gritou Rebeca fazendo sua voz ecoar.
–Cetro do Amanhã?
–Ele tem que ter algum nome –Rebeca explicou ter batizado o artefato que eles nem tinham encontrado ainda.
O trio seguiu procurando por horas e tudo que encontrou foram vasos de barro muito danificados. Quando estava escurecendo voltaram para o acampamento e acenderam uma fogueira. Tom estava começando a se sentir fraco, mas acreditava que podia passar ainda uns cinco dias antes de precisar de fato se alimentar.
–Que tal jogarmos um jogo? –Sugeriu Rebeca enquanto assava marshmallows –Se chama "verdade ou beijo gay". Eu faço pergunta pra vocês, se não quiserem responder, vocês dois tem que se beijar.
–Você é muito espertinha –Cris a acusou, mas acabou rindo.
–Não vamos jogar isso. Mas eu tenho uma pergunta pro Cris –Tom gostava de ser direto –Não nos conhecemos direito, mas você parece ser um cara legal, nunca te vi apoiando as babaquices do Ítalo. Pelo contrário, sempre te vejo o repreendendo. Como você consegue ser amigo daquele cara?
–O Ítalo não é de todo mal. Gosto muito dele. Confesso que ele é bem escroto as vezes, mas ele já me apoiou bastante, nos conhecemos desde criança. E ele... Nem sempre foi tão... Tão Ítalo.
–Que lindo! Um amor platônico que vem desde a infância! –Rebeca exclamou com os olhos brilhando.
–Não sou apaixonado pelo Ítalo!
–Então o Tom tem chances! –Rebeca exclamou novamente fazendo os outros dois rirem.
–Garota, você vai tentar de todo jeito criar um enredo gay aqui, não é mesmo? –Perguntou Tom.
–Eu sou uma fujoshi, adoro casais gays! São sempre tão fofos! Adoro a ideia de amores proibidos. Eu conheci a Carmem achando que ela queria separar um casal de meus amigos gays. No processo acabei me apaixonando por ela.
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Reino Unido do Acre
RomanceUma nova Era tem início com o Acre se tornando um país intitulando-se o Reino Unido do Acre. Aqui acompanhamos uma turma de jovens arqueólogos que dividem seu tempo em desvendar os mistérios dessa terra e se relacionar entre si criando laços de amiz...