Capítulo 38: A turma de Educação Física (Parte 3)

72 6 10
                                    


Kor perdeu a primeira festa universitária no Bar da Gaiola porque não conseguiu deixar de investigar a nave alienígena que vira pousar na floresta.

-Você é a psicóloga Madalena!

-Merda! Eu fui descoberta! -Queixou-se Madalena olhando irritada para o rapaz de joelhos diante dela -Nave, acionar decolagem de emergência!

A nave decolou tão rápido que Kor foi jogado contra a parede pela força do impulso. O rapaz ficou enjoado, embora tenha crescido dentro de uma nave, nunca tinha decolado nela.

Em menos de dois minutos a nave parou seus movimentos bruscos e passou a pairar no espaço. Kor começou a flutuar e então olhou pela janela se deparando com o planeta terra do lado de fora.

-Puta merda, estamos mesmo no espaço!

-É uma pena que tenha me descoberto -Disse Madalena flutuando diante dele e sacando uma pistola -Colabore comigo me contando quem mais sabe sobre mim ou serei obrigada a mata-lo.

-Espera! Espera! Ninguém mais sabe! Só eu! -Na mesma hora ele percebeu que aquela não tinha sido uma jogada muito inteligente. "Agora é que ela vai mesmo querer me matar e acabar com a ameaça a sua identidade secreta" -Minha mãe é uma alienígena.

-O quê?

-O nome dela e Karina! É minha mãe adotiva! Ela passou os últimos anos na Terra, no Reino Intergaláctico, mas ela e sua tripulação são do planeta KO-35!

-Nossa, por essa eu não esperava -Admitiu Madalena guardando sua arma -Eu sou uma policial intergaláctica. Minhas informações estavam corretas, há mesmo sobreviventes do planeta KO-35 refugiados na Terra.

-Eles partiram para explorar outros mundos -Contou Kor ficando mais calmo pela outra ter guardado sua arma.

-Se eles estão há anos isolados na Terra não devem saber que KO-35 está sendo reerguido após a derrota de Espectro Negro e sua horda do mal.

-Isso é sério?! -Kor sorriu muito feliz. Karina sempre falava como tinha saudade do seu planeta natal, mas que nunca poderia retornar pra lá -Eles vão finalmente poder voltar pra casa.

-Se o que diz é verdade, porque não foi com eles? Não são sua família? -Perguntou Madalena desconfiada.

-São, por isso entenderam e respeitaram minha escolha. Não nasci pra viajar pelo espaço, meu sonho sempre foi ser o mais normal possível.

-Entendo, então oficialmente não preciso te matar... Na verdade eu não ia te matar de verdade, foi só pra te assustar. Sou uma agente da lei intergaláctica.

-Que bom que não mijei nas calças -Kor deu um sorrisinho e depois voltou a se deslumbrar com a paisagem espacial.

-Droga! Eu tinha um ano para investigar o paradeiro dos sobreviventes de KO-35! Essa era minha missão aqui na Terra. Achei que ia poder colocar em prática o que aprendi sobre psicologia. Mas se você diz que a tripulação partiu para outro planeta, terei que reportar sobre isso e ser designada pra outra missão.

Madalena parecia extremamente desapontada, achou que mesmo em uma missão poderia aproveitar seu período na Terra como um tipo de férias.

-Só estou aqui há uma semana, ainda nem transei com um terráqueo. E todos dizem que são a raça com mais energia sexual do universo!

-Madalena... Eu tive uma ideia -Aquele plano foi formulado do nada na mente de Kor -Você não precisa dizer aos seus superiores que a Karina e a tripulação partiram. Você pode ficar aqui esse ano como planejou e no final e quando minha família vier me visitar, você comunica a eles que KO-35 está sendo reerguida.

Reino Unido do AcreOnde histórias criam vida. Descubra agora