Capítulo 16: O Cálice

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A segunda equipe formada por Bae, Helena e Vitória eles desceram na cidade Dente de Monstro, famosa por seus vários objetos feitos a partir de dentes e ossos de dinossauros.

O trio caminhou animado pelas ruas, embora Bae a todo instante se perdesse em seus pensamentos.

–Bae, não se preocupe. Tenho certeza que o Fu está bem –Vitória tentou acalma-lo.

–Você tem razão. Tenho que focar no nosso trabalho. Se quero ser um arqueólogo bem sucedido tenho que saber separar as coisas.

–Esse é o espírito, grandão –Helena elogiou –Agora que tal se abaixar e tirar a tampa desse bueiro pra gente entrar?

Quando Bae tirou a tal tampa do bueiro uma mulher se aproximou deles e lhes aconselhou a tomar cuidado com os ratos. O conde Rex Ruivo tinha dito a mesma coisa.

–Detesto ratos –Vitória admitiu.

–Acho que um esgoto não é um lugar para uma princesa –Helena a provocou demonstrando coragem sendo a primeira a descer.

Vitória não tinha nada contra a Helena, mas era boa observadora e já tinha percebido que a líder de turma tinha uma certa antipatia por ela. Quando os três desceram para o esgoto logo se depararam com uma bifurcação.

–O professor devia ter nos dado pelo menos um mapa. A gente pode se perder aqui em baixo –Comentou Bae.

–Ele escolheu nossa equipe pra esse ponto de coleta por causa dela –Disse Helena apontando pra Vitória.

–O quê? Por que acha isso?

–Por causa da sua visão remota. Com sua habilidade não tem como nos perdermos.

Aquilo era verdade. Vitória nem tinha parado pra pensar naquilo. Ela então usou sua habilidade para ver por qual caminho deviam seguir. Os olhos dela brilharam amarelos e sua atenção seguiu viajando pelos túneis podendo ver e ouvir pelos ambientes. Aquela habilidade era quase uma onipresença, pensou Helena, uma habilidade que muitos deuses tinham.

–Vamos pela esquerda –Concluiu Vitória –Encontrei uma escadaria que desce por vários metros mais a frente.

O trio seguiu conversando, na verdade eram Bae e Vitória que mais falavam e Helena os ouvia como se fosse uma investigadora.

–Bae, me fala mais da sua história com seu pai e irmão.

–Sim, Vick. A vida toda fomos só eu e meu pai. Ele nos sustentava trabalhando de gogoboy –Helena se engasgou nessa parte, tossiu, se desculpou e deixou o rapaz continuar –Até que um dia chegou em nossa porta um rapaz e uma garota procurando pelo meu pai. Quando eu disse que era filho dele, o rapaz se jogou me abraçando –Bae sorriu se lembrando –Aquele era o Fu.

–Ele é mesmo muito carinhoso –Comentou e sorriu Vitória.

–Aquele psicopata da espada de fogo? –Helena perguntou estranhando que estivessem falando da mesma pessoa.

–Sim. Meu irmão normalmente é muito infantil e fofo, mas quando vai lutar se transforma completamente. Mas continuando, descobrimos que meu pai se apresentou na despedida de solteiro da mãe do Fu na China e eles acabaram ficando... O resultado foi o nascimento do Fu. Foi bem difícil pra ele descobrir que o homem que o criara não era seu pai biológico. Este homem morreu e o Fu decidiu conhecer seu pai biológico, então viajou com uma amiga para as Filipinas e nos encontrou.

–Vocês se aproximaram rapidamente?

–Eu achei o Fu muito meloso no início, mas me acostumei rápido. Ele passou o último natal conosco e nunca me senti tão em família como naquela semana.

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