Um das primeiras coisas que Bae fez após voltar para o Reino Rio Branco foi ir até o hospital para ver como seu irmão estava após o confronto contra o Rex Ruivo. Já era noite, mas Bae conseguiu dar um jeito de burlar a segurança. Ele soube qual era o corredor certo quando viu o Pika dormindo numa poltrona com as bochechas sujas de chocolate.
–Davi, me dá só mais um pedacinho desse bolo... –Pika resmungava com voz de dengo enquanto dormia.
Bae sorriu achando graça e viu que o próximo quarto estava com uma placa com o nome "Fu Li May". Seu irmão já estava adotando o sobrenome da sua família, mas sem excluir o nome do seu clã adotivo, os Li.
Bae abriu a porta com muito cuidado para não fazer barulho achando que seu irmão estaria dormindo, mas ao invés disso encontrou o Fu no ápice de uma punheta.
–Eita, porra!
–Bae! Ooooorr! –Fu não conseguiu evitar os jatos brancos de saírem. Ele estava segurando um pedaço de papel higiênico para evitar se sujar, mas no susto os jatos saíram como tiros de uma pistola descontrolada. O rapaz gozou sobre os lençóis, os curativos e até no próprio queixo –Acho que vou precisar de mais papel.
–Desculpe –Bae disse se virando de costas e rindo –Pensei que tinha superado seu vício em punheta.
–E superei, mas isso não quer dizer que eu não me masturbe mais.
Antes o Fu sofria de compulsão por se masturbar, o menor toque, ou desequilíbrio emocional, o fazia correr para o banheiro para "descabelar o palhaço", ou no caso de um espadachim o melhor trocadilho seria "amolar a espada". O Fu já tinha superado aquele problema e agora só se masturbava quando de fato tinha vontade.
Bae foi ao banheiro pegar mais papel e ajudou o irmão a se limpar fazendo caretas e dando risadas.
–Não era bem assim que eu esperava te reencontrar. Como estão seus ferimentos?
–Já tem três dias, já estou quase curado.
–Sério? –Bae olhou para o curativo que envolvia a diagonal do tronco do outro –Pensei que seria preciso pelo menos um mês.
–Nós espadachins habilidosos nos curamos mais rapidamente do que pessoas normais –Explicou Fu apertando a cabeça da rola para sair a última gota de porra.
–Você me surpreende de várias formas, irmão –Disse Bae indignado olhando para o outro limpando a rola em sua frente.
–Você viu o Pika?
–Ele esta lá fora dormindo com a boca toda lambuzada de chocolate.
–Ele saiu tem uma hora pra comprar bolo pra gente e não voltou! O safado comeu a minha parte também –Fu reclamou, mas sorriu –E aí, como foi o trabalho de campo?
–Tive que entrar num esgoto, fugir de ratos gigantes e ver uma colega minha se transformar numa Mãe-de-ouro.
–Maneiro –Exclamou Fu sem fazer ideia do que seria uma Mãe-de-ouro.
–E você, o que vai fazer daqui pra frente?
–Liguei para a Senhorita K, combinei de nos encontrarmos daqui à um mês para desafiarmos juntos o Espadachim selvagem. Nesse meio tempo vou treinar muito! Por isso quero te pedir um favor.
–Já limpei seu esperma, acho que posso fazer outro favor –Bae brincou.
–Você poderia ajudar o Pika? Ele perdeu a memória, mas sabe que seu passado está ligado ao Reino Unido do Acre, por isso que ele veio comigo pra cá.
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Reino Unido do Acre
RomanceUma nova Era tem início com o Acre se tornando um país intitulando-se o Reino Unido do Acre. Aqui acompanhamos uma turma de jovens arqueólogos que dividem seu tempo em desvendar os mistérios dessa terra e se relacionar entre si criando laços de amiz...