Capítulo 63: O Papafigo

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Ninguém podia imaginar que a Festa do Pijama terminaria com a anfitriã hospitalizada lutando por sua vida. Rebeca fora atacada e um dos seus fígados havia sumido. Quando criança isso já tinha acontecido e ela ganhara um novo através de transplante. Dessa vez não havia órgãos disponíveis pra doação, além dela sofrer uma grave hemorragia.

Quando um Papafigo se alimenta do primeiro fígado tenta ser menos invasivo dando mais chances da vítima sobreviver, o que quase nunca acontece. Mas quando ele vem se alimentar pela segunda vez, quer garantir que a vítima morra, pois não lhe será mais útil.

O duque Torres era o Papafigo. Ele só não matou a Rebeca, porque a Carmem entrou no quarto. Como achou que mesmo assim ela morreria de hemorragia, partiu e voltou para seu escritório onde comemorou a sua saúde.

No dia seguinte todos receberam a notícia que a Rebeca estava bem e fora de perigo. Ela teria que viver com um único fígado que fora transplantado na infância.

Pouco antes do sol nascer, Bae suspirou aliviado em seu quarto ao ler a mensagem no grupo da turma sobre a Rebeca estar bem. Ele se levantou para acordar o Zeca e lhe contar a notícia, mas se assustou ao ver o pênis/nariz dele de pé.

−Ele tem ereção matinal no nariz?! −Ele comentou quase cochichando.

Bae se lembrou da noite passada onde se masturbou no jardim com seu colega. Fazer brotheragem uma vez não tinha nada demais! Ele se virou de lado e mandou uma mensagem pra Vitória, era um meme só pra puxar conversa. "Espera. Será que é de bom tom mandar algo engraçado sendo que a Rebeca quase morreu ontem?".

−Nossa, que barraca armada −Zeca comentou fazendo o outro dar um sobressalto.

−O quê? −Bae olhou pra baixo e percebeu que estava de pau duro. "Mas quando eu me levantei não estava assim!". Ele tinha ficado ereto ao olhar pro Zeca.

−Quer fazer outra brotheragem? −Zeca perguntou e o pau do Bae pulsou fazendo um movimento pra cima e pra baixo como se estivesse respondendo sim.

Fazer brotheragem uma vez não tinha nada demais. Duas também não. O sol nasceu e magicamente o pênis na cara do Zeca se transformou num nariz normal. Bae sentou ao lado dele e dessa vez a mão amiga foi tradicional.

Zeca não era virgem há muito tempo, mas nunca tinha feito brotheragem com alguém tão bonito como o Bae. Devia ser por isso que estava sentindo um fogo a mais. Os dois gemiam encostados na parede olhando para rola do outro enquanto se masturbavam cada vez mais forte. Eles encostaram as testas quando chegaram perto do clímax. Seus narizes se encostaram e Bae sentiu um arrepio. "A sensação é de um nariz, mas eu sei que na verdade isso é um pênis encostando na minha cara".

−Aaarrr! −Bae gemeu apertando os dedos dos pés enquanto gozava lambuzando a sua barriga e a mão ligeira do Zeca.

−Também estou chegando, continua! Oooorrr! −Zeca gemeu fechando os olhos e formando a letra "o" com os lábios.

Aquilo foi gostoso. Os dois riram e foram se limpar enquanto jogavam conversa fora falando de assuntos aleatórios que fluíam.

Antony despertou se sentindo muito bem. Na noite passada tinha finalmente transado com uma mulher, e não qualquer uma, tinha sido com a Helena Gray! Involuntariamente se viu comparando o sexo com ela e com o Ítalo. Qual tinha sido melhor?

−Os dois foram ótimos de maneiras diferentes.

Por um tempo Antony começou a levantar a possibilidade de ser gay. Ele não tinha problemas com isso, sua pessoa favorita, seu padrinho Rico, era gay e muito bem casado. Mas apoiar e ser LGBTQIA+ eram duas coisas diferentes, duas vivências destintas.

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