Capítulo 12: A Véspera

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Na véspera da viagem para o primeiro trabalho de campo da turma de arqueologia, Bae entrou em sua casa acompanhado e se deparou logo com o seu pai, Matthew May.

–Oi, pai. Essa é minha amiga, Vitória.

–Olá, tudo bem? –Matthew a cumprimentou apertando a mão dela –Bem vinda a nossa casa.

–Obrigada, é um prazer conhece-lo. Se bem que o senhor tem um rosto muito familiar.

Bae arregalou os olhos se lembrando de onde a Vitória tinha visto o pai dele. Mas estava tudo bem, o Matthew não faria aquela ligação.

–Você estava na festa no Bar da Gaiola?

–Sim, estava.

–Então deve ter me visto performar! –Matthew disse orgulhosamente e foi até um armário de onde tirou um chapéu de policial, o colocando na cabeça e fazendo uma pose sensual.

–O gogoboy! O senhor é o gogoboy! –Vitória praticamente gritou de tão surpresa que ficou.

Bae tapou o próprio rosto, estava envergonhado, mas acabou rindo da situação e optou por adotar uma postura mais relaxada.

–Sim, Vitória. Meu pai é gogoboy e me orgulho muito dele.

–Espera! Eu fui rude? Não foi minha intenção de forma alguma! Eu adorei a sua apresentação! –Vitória se apressou a explicar a sua reação –Só fiquei surpresa, pelo jeito o Bae tem a quem puxar.

–Como assim? –Bae perguntou.

–Seu pai também é muito bonito –Vitória respondeu sorrindo e deixando o outro vermelho.

A conversa foi interrompida pelo barulho de alguém correndo, um rapaz sorrindo de orelha a orelha saiu do banheiro usando um samba-canção e se jogando nos braços do Bae.

–Irmão! Que saudades!

–Oi, Fu! É muito bom te ver! –Respondeu Bae tentando se livrar do forte abraço do outro.

–Não posso acreditar que vamos mesmo morar juntos! –Fu era um rapaz muito animado, era apenas um ano mais novo que Bae, mas tinha um ar infantil e inocente.

–Meus dois filhos juntos de mim. É emoção de mais para segurar –Disse Matthew tapando a boca enquanto lágrimas escorriam como cachoeira de seus olhos.

–Não chora, pai! –Fu correu e abraçou seu pai chorando também.

–Ai que vergonha –Queixou-se Bae e Vitória riu.

–Sua família é muito divertida.

–Fu, essa é minha amiga Vitória –Bae interrompeu o choro dos outros dois que logo se recompuseram.

–Prazer em conhece-la, você é muito bonita.

–Obrigada, você também. Seu sorriso é muito fofo.

–Fu? –A voz de outro garoto o chamou. Ele veio do quarto dos rapazes, era um jovem loiro trazendo consigo um prato e uma colher –O pudim acabou.

Bae se lembrou que seu pai tinha dito que o Fu viria para o Reino Unido do Acre com um amigo, que obviamente era aquele carinha ali.

–Deixem-me apresenta-los! –Fu disse animado –Esse é meu irmão Bae e a amiga dele Vitória. Pessoal, este é o meu melhor amigo, Pikaugustus.

–O que disse? –Vitória olhou curiosa para o rapaz –Como você se chama?

–Pikaugustus, mas pode me chamar só de Pika.

–Isso é alguma brincadeira? –Vitória insistiu.

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