Harry Potter

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Petúnia sabia que não deveria ter trato o sobrinho mal. Não por que ela gostava dele ou por qualquer senso de justiça, muito menos por que ele era filho de sua irmã. Não, ela deveria ter tratado o menino bem por que sabia que de alguma forma ele iria se virar contra ela. A única diferença entre o que ela imaginou e a realidade, foi que seu sobrinho não usou magia. Não, o menino era inteligente, mesmo que ela e seu marido tenham tentado deixa-lo ignorante.
Tudo começou quando eram apenas depois do almoço e Valter chegou em casa gritando revoltado. Ele teve que retirar parte do dinheiro que tinham de sua conta conjunta para pagar a fiança. Seu marido tinha sido preso, demitido, e estava sendo processado por fraude. Ela o acalmou e lhe disse que tudo ficaria bem.
Eles entraram em contato com um bom advogado e o mesmo propôs fazer um acordo. No final do dia, as coisas ainda estavam ruim, mas não tanto quanto de manhã.
Então eles voltaram para cara só para encontrar a mesma cercada de policiais. Seu filho estava sendo preso por porte de drogas e sendo acusado de tráfico. Aquilo não deveria ser possível. Seu Duda não iria preso. Ele tinha apenas 16 anos.
Eles passaram a noite na delegacia, mas nada puderam fazer. Seu filho seria mandado para uma prisão para jovens infratores. Não, não, não, não.
No dia seguinte ela não mostrou as caras na rua. Ela sabia que muitos estariam comentando o espetáculo do dia anterior. Para sua sorte, dependendo do ponto de Vista, seu filho não foi o único que foi preso. Todos os amigo de Duddley estavam na mesma cela.
Seu marido saiu. Teria um encontro com o advogado novamente e ela ficou em casa. Pior decisão o possível. Um homem bateu a porta, era um promotor de justiça lhe trazendo uma intimação. Ela deveria explicar porque não existia uma conta no nome de seu sobrinho com o valor da herança da mãe. Não satisfeito, outro promotor chegou quase ao mesmo tempo. Ela estava sendo investigada por abuso infantil e abandono médico.
Então, como uma bomba ela entendeu o que estava acontecendo. Seu sobrinho. O garoto que ela tratou como um escravo. Que ela viu seu marido e filho agredir. Da qual ela privou de comida, roupas e muitas outras coisas. Esse garoto, ele foi mais inteligente. Ela não poderia ir até o mundo dele e denuncia-lo, simplesmente por que ele usou a lei. E a lei estava ao seu favor. Ela sabia que nenhuma mentira poderia ser contada. Seu sobrinho se vingou dela sem usar a magia que ela tanto abomina. Ela estava tão ferrada.
----☆☆☆---
Na visita a Hogsmead duas semanas depois, Harry tinha compromissos. Hermione estava nervosa com os NOMs extras que iria tomar e por isso preferiu ficar estudando. Ron o chamou para ir na loja de doces, mas Harry lhe disse que tinha um encontro com alguém. O menino o olhou com um sorriso e mandou contar depois como a menina era.
Neville o encontrou em frente a loja de madame Rosmerta. Eles fizeram pedidos para ser encaminhados para um dos quartos alugados e subiram.
- Lorde Potter. – A mulher estendeu a mão e Harry deu um leve beijo.
- Lady Longbotton. – Neville e ele se sentaram lado a lado enquanto Lady Longbotton sentou-se a sua frente.
- Devo dizer que fiquei surpresa com seu pedido de encontro.
- E eu devo lhe pedir desculpas antecipadamente pois lhes chamei para pedir um favor.
- Eu imaginei isso meu jovem. – Sorriu a mulher. – Estou curiosa, continue.
Harry então lhes contou algo que até para Neville era novidade. Ele contou e mostrou seu anel de noivado e com quem estariam se casado.
- Eu não sei dizer se esse contrato é genial ou incrivelmente estúpido. – Disse a avó de Neville. – Mas não foi para isso que me chamou.
- Não, não foi. A senhora ouviu falar da maldição no cargo de Defesa?
- Sim.
- Pois bem, se acontecer o pior e Severus morrer, eu morro junto. Sei que a senhora está no Conselho, não poderia solicitar uma varredura na escola?
- Infelizmente já tentamos. Dumbledore sempre diz que não tem orçamento.
- E se eu estiver disposto a financiar isso?
- Será uma grande fortuna. – Disse a mulher. – No entanto, não foi o único a tentar. Malfoy já tentou fazer o mesmo e o diretor não consentiu.
Harry pensou - Bem, o diretor Dumbledore quer entrar nas minhas boas graças. Se utilizar meu nome?
- Eu li os jornais. Você fez cerca de 18 pessoas serem presas. Ele era seu guardião mágico, devo pensar que foi culpa dele.
- Inteiramente.
- Vou tentar, mas não prometo nada.
- É tudo o que peço.
- Mas quero algo em troca.
- Dependendo do que for. – Lady sorriu.
- Algo simples e não muito difícil. Quero a associação da casa Longbotton a casa Potter.
- Isso pode ser feito. – Harry disse relaxado. Ele iria associar algumas casa assim que terminasse a escola.
Eles terminaram de almoçar e ficaram conversando sobre o ministério.
- Fudge deve sair assim que viramos o ano. – Disse a senhora. – Somente um milagre o faria permanecer.
- Quais as outras opções?
- Rufus Sgrimood e Amélia Bones.
- O que sabe sobre eles?
- Péssimos candidatos. Rufus é um Grifinoria sem um pingo de noção de política na veia. Ele seria ótimo se estivéssemos em guerra ainda, o que não estamos. Amélia por outro lado é ótimas para cumprir a lei e não se deixar influenciar por outros. No entanto, nós precisamos de alguém que saiba de economia, coisa que a mulher é péssima.
- Quem a senhora indicaria?
- Sinceramente? Fudge. Ele pegou uma Inglaterra quebrada e conseguiu a reerguer. Nos voltamos a ser uma potência graças a ele.
- Mas ele é um idiota influenciável.
- Não se pode ter tudo.
Harry coçou a barba. – Quais as possibilidades dele ficar?
- Somente se algumas casas o apoiarem.
- Casas como Potter, Black, Malfoy e Longbotton?
A mulher sorriu. – Exatamente.
- Bem senhora Longbotton, podemos conversar mais nas férias de final se ano? Talvez com Fudge?
- Eu adoraria. – Sorriu. – Me envie um convite.
----☆☆☆
- Snape? – Disse Neville assim que saíram do Pub. – Você está tão ferrado. – Neville disse em um quase gemido e então parou. – Qual de vocês é portador? – Fez uma careta.
- Esse por acaso sou eu.
- Caramba. Você está tão ferrado! - repetiu.
- Por que Harry está ferrado? – Luna se aproximou junto com Gina. – Oi Harry!
- Oi Luna. – Disse Harry. – Estou ferrado por que tenho prova durante o intervalo e o senhor Malfoy quer que eu vá em várias festas ao mesmo tempo. – Luna piscou seus grande olhos. – Meu pai também acha que devo ir.
Harry franziu a testa. – Seu pai não é um lorde...?
- Não, a casa Lovegood é uma casa menor que atua nas Câmara dos comuns.
- Ah! Eu ainda não cheguei nessa parte.
- O que tem feito Harry? – Questionou Gina.
- Estudando, estudando e estudando. Se não fosse o quadribol, acho que ficaria louco com tanta leitura.
- Nossa primeiro jogo já é semana que vem. – Disse Gina. – Eu ainda quero bater em você por ter escolhido Ron.
- Ele defendeu mais. – Harry riu. – Mesmo que McLagguen tenha ficado confuso de repente. – Todos riram pois sabiam da participação de Hermione no caso.
Eles chegaram ao castelo alguns minutos depois e encontraram com Ron que descia da carruagem logo mais a frente.
- Hey Harry! Como foi o encontro? – Perguntou assim que se aproximaram.
- Ótimo. A avó de Neville é uma senhora encantadora. – Todos riram da careta de Ron. – Quando eu disse um encontro, eu quis dizer para conversar. Não sair. – Ron o olhou estranhamente.
- Eu achei que você ia sair com a menina que fez isso. – Apontou para o pescoço de Harry que rapidamente cobriu.
- Quem é ela Harry? – Questionou Gina em um tom autoritário fazendo Harry ficar sério.
- Absolutamente ninguém da sua conta. – Disse. – Vamos entrar que já está começando a nevar.
Harry mudou de assunto e ninguém fez outra pergunta. Ainda não era a hora do jantar, por isso Harry e Neville resolveram se encontrar com Hermione na biblioteca e Luna resolveu ir com eles, afinal tinham a mesma matéria. Eles estudaram durante um bom tempo antes que Luna perguntar.
- Até quando ela vai ficar nos vigiando? – Questionou apontando discretamente para Gina, que estava bem escondida, porém seus cabelos vermelhos a entregavam no reflexo de um das estantes.
- Até eu contar com quem estou saindo.
- Isso é totalmente indiscreto. – Disse Hermione sem retirar ao olhos de suas anotações. – Quando você quiser contar, você vai.
- Acredite em mim. Vocês não querem saber. – Disse Neville.
- Nas férias. Eu prometo. – Todos concordaram e continuaram a discutir sobre seu exercício. Mais tarde naquela noite, Neville precisou cobrir Harry um vez que Gina teve a ousadia de subir a seus quartos com a desculpa de que iria falar com o irmão.
Harry revirou os olhos para a atitude infantil da menina, e continuou seu caminho através do castelo até as masmorras. Ao abrir a porta dos aposentos de Severus e o encontrou sentado no chão, debruçado sobre um monte e papéis que estavam sob sua mesinha de centro.
- Quais crimes esses papéis cometeram dessa vez? – Severus grunhiu fazendo Harry rir. – Tão ruim assim?
- Meu gerente de contas me mandou analisar esses documentos. Disse que se eu o fizer perder mais dinheiro, vai desistir das contas Prince.
- Quer ajuda? – Severus o olhou e quase empurrou os papéis para ele.
- Eu te pagaria para olhar isso.
- Não preciso de pagamento. – Disse Harry sentando-se ao lado de Severus. - Depois que se pega o jeito, é até divertido. – Severus bufou e Harry começou a trabalhar. Não é que as contas Prince estavam perdendo dinheiro, elas simplesmente estavam jogando dinheiro fora. – Você vai precisar de muito trabalho. Cortar um monte de investimentos e ajuda a caridade antes de se estabelecer.
- Eu ajudo a caridade? – Severus parecia realmente perdido e Harry bufou. – Tem certeza que não quer um pagamento por isso?
- Tenho, até por que você não poderia se dar ao luxo de pagar. Não no momento. – Harry se virou para ele. – Eu sou iniciante, mas se quiser posso continuar a monitorar. Você teria que me dar algumas procurações.
- O que quiser. – Harry o olhou. – O que foi?
- Não confie suas contas a qualquer um.
- Nós vamos nos casar. – Harry bufou e continuou a olhar para os papéis. – Dobby. – O elfo apareceu. – Dobby, vá até Gringottes, peça pelo gerente de contas Prince. Diga a ele que Harry Potter está assumindo essas contas e que precisa de procurações para serem assinadas e qualquer recomendação que ele tiver.
- Dobby fará sir. – Dobby desapareceu e Harry lançou um feitiço de organização nos papéis os guardando.
- É tudo o que posso fazer por hoje.
- Agradeço. – Disse e puxou Harry para um beijo. Eles faziam isso sempre agora. Nunca passou do beijo, mas depois de quase uma semana, raramente Harry permanecia com mais do que cuecas e Severus em geral fica só de calças.
Depois de um tempo, Harry e Severus deitaram no tapete da sala de frente para lareira. Dois travesseiros estavam dispostos, mas Harry usava o peito de Severus como apoio.
- É estranho.
- O que? – Severus penteava seus cabelos a com os dedos.
- Se alguém me falasse no final do ano passado que estaríamos assim, eu teria achado a pessoa completamente insana. E agora, apenas duas semanas desde o nosso primeiro beijo, eu estou quase pelado com você. – Severus não disse nada, mas Harry pode ver que ele pensava em algo.
- Eu achei que estaria morto quando a guerra acabasse. – Disse. - Quando descobri que você tinha fugido, Dumbledore me mandou ficar na escola. Ele achava que se eu fosse, iria ter que escolher um lado. Eu o desobedeci e quando cheguei no ministério vi Lucius preso e você lutando. Sabia que era a nossa chance de garantir a derrota dele. Caso você perdesse, Lucius, Augustus e eu íamos assumir.
- Então eu ganhei...
- Sim. E depois, quando voltei para a escola, Dumbledore estava tão bravo. Ele disse que coloquei tudo a perder e que tinha que agradecer você estar vivo.
- Eu me pergunto...
- O que?
- Se não foi por isso que ele trocou você de aula? – Harry sentou-se. – Onde está seu contrato de trabalho? – Severus se esticou seu braço e pegou a varinha em cima do sofá e convocou seu contrato.
Harry leu o mesmo e franziu o cenho. – Por que diabos você assinaria isso? – Disse ao ver as cláusulas absurdas. – Você assinou algo? Algum contrato diferente?
- Não.
- Você teoricamente está demitido. – Harry suspirou. – Precisamos resolver isso rápido. Tem recebido seu salário?
- Não, recebo o salário por trimestre.
- Trimestre? Isso é ilegal! Vou entrar em contato com Marcus. – Dobby? – O elfo apareceu.
- Goblim mal gritou com Dobby e disse que enviará tudo amanhã.
- Obrigado Dobby. – Harry sorriu. – Posso te pedir outro favor? – Dobby assentiu. – Vá até Malfoy Manor, diga ao senhor Malfoy que preciso dele no primeiro horário da manhã e que de lá, vamos ao escritório de Marcus e que é urgente. Depois, vá até Longbotton Manor e avise a Lady Longbotton que preciso dela no escritório de Marcus Otello, amanhã de manhã cedo.
- Dobby fará. – O elfo disse contrariado.
- Ótimo. Amanhã é sua folga. Pode deixar que eu mesmo vou ao banco. – O elfo parecia um pouco mais animado quando desapareceu. – Você deve me encontrar lá. – Disse a Severus.
- Você da folga ao seus elfos?
- É um salário. – Disse. – Acho que Dobby recebe mais do que o senhor Weasley.
- Incrível. – Harry sorriu e subiu em cima de Severus. Eles tinham algum tempo ainda e iriam aproveitar.

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