Conspiração

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Harry voltou ao ministério alguns dias depois com um tanto de receio. Narcisa segurava seu braço e caminhava calmamente.  
- Eu invejo sua calma. – Resmungou. 
- Eu sei. – balançou o cabelo de forma arrogante e Harry bufou.  
- Eu só queria estar seguro. 
- Oh, querido! Segurança é estimada. – Harry revirou os olhos. – Quer que eu te espere no refeitório? 
- Não, quero que você entre e sente no lugar de Herdeira. 
- Não entendo. Por quê? 
- Eu vou parar com o ministério por um tempo. – Disse. – Eu não posso e não quero ter outro incidente daquele. Não sei se aguento ter outra perda. 
- Você é forte querido. Eu estava em seu lugar a pouco tempo, sei como é isso. Mas eu entendo. Acho que faria o mesmo em seu lugar. 
- Quero que represente duas casas. Black e Gaunt. Prince e Potter vão ser representadas por Hermione. 
- Por quê não junta todos com sua amiga? 
- Black e Gaunt jamais aceitariam Hermione. Prince e Potter são mais maleáveis.  
- Então por que não me dá os quatro. 
- Não é que eu não confie em você, Narcisa. Mas sei que talvez você alinhe seus pensamentos com o escuro. Por mais que esteja respondendo a mim diretamente, bem, não posso fazer muita depois que algo esteja feito. – Narcisa não falou muito, mas sorriu indicando o pensamento correto de Harry. 
- O que acontecerá hoje? 
- Minha lei de ajuda psicológica será apresentada depois da revisão apresentada antes do verão.  
- Algo mais? 
- Zambine apresentará uma conta. É você outra sobre o nome Gaunt. 
- Eu? 
- Claro, você sabe ser convincente, e o que melhor do que uma mulher e mãe apresentando uma proposta de educação infantil bruxa? – Narcisa revirou os olhos antes de quase tropeçar quando Harry parou de repente.  
- Weasley! – Cumprimentou Narcisa. - Está perdido? 
- Só queria uma palavrinha com Harry. – Disse secamente.  
- Oh! Pode falar.  
- A sós! 
- Oh! Não será possível. Harry querido se mete em muita confusão, imagina se outra estátua cai em cima dele? – Weasley ficou levemente pálido. 
-Você convenceu Gina de sair do colégio. Por quê fez isso? 
- Não a convenci de nada. – Harry disse sério. - Hogwarts não é importante no último ano. Gina está se dedicando aos estudo independente da escola. Você deveria saber. 
- Você deveria ter se casando com ela. Eu recebi você na minha casa, o mínimo que você deveria era ter retribuído... 
- Ah, sim... retribuído... com minha fortuna pessoal. Com o trabalho dos meus pais e antepassados. Claro que salvar Gina e quase morrer não foi o suficiente, ou mesmo patrocinar os gêmeos que são empresários bem sucedidos, indicar Ron para ser herdeiro Prewett também não foi o suficiente. Não, vocês queriam mais. Queriam algo que nunca irá pertencer  a vocês. 
Arthur ficou vermelho e parecia não saber o que responder. – Eu não consigo compreender você. Poderia ter sido lorde Weasley, ter uma vida confortável e um emprego melhor, mas decidiu se dedicar a uma profissão medíocre, com uma vida medíocre. Você nem sabe o que quer, não tem objetivos, então pare de achar que eu te devo alguma coisa.  
- Você me deve! Meu deve por transformar meu filho em uma bicha, minha filha não terá estudos e dois dos meus filhos abandonaram meu nome! 
- Harry, não perde seu tempo falando com ele. O traídor do sangue não merece. – Disse Narcisa. – Ele não consegue admitir que a culpa de tudo o que aconteceu é dele mesmo. Que ele jogou tudo no lixo por causa dos trouxa. 
- Ele não jogou tudo por conta dos trouxas. Ele jogou tudo fora por conta de Dumbledore. Quer cobrar de alguém, cobre dele. – Harry puxou Narcisa em direção a Câmara, mas uma mão o puxou e sentiu um soco em seu estômago o derrubado no chão. Narcisa rapidamente atacou Arthur o jogando longe, Harry queria se levantar, mas uma pontada em sua barriga não permitia.  
- O que aconteceu? – Lucius se ajoelhou ao seu lado. Um tumulto estava se formando, aurores apontavam varinhas para Narcisa.  
- Ele levou um soco na barriga. Precisamos leva-lo para o médico agora. – Narcisa disse rápido e Harry assistia tudo em uma espécie de choque. Ele ia perder seu bebê. De novo. Tinha certeza disso. Sentiu seu corpo ficar dormente.  
Pessoas falavam e falavam ao seu redor, mas era como um barulho de fundo. Era pedir muito que o deixassem em paz? 
---oOo--- 
Severus tinha certeza que seu coração funcionava muito bem. Em menos de quatro dias, seu marido e seu bebê correram risco de vida. Pra dizer a verdade, ele nem sabia se seria pai ainda.  
Entrou frenético no st'Mungos e só parou quando encontrou Lucius. – O que aconteceu? Cadê ele? 
- Está atendido. Estava sangrando e em choque. Não tive mais notícias ainda. Eu preciso ir, Narcisa foi presa.  
- O que aconteceu? 
- Eu não sei. Narcisa atacou Arthur Weasley e Harry estava caído. Os aurores a levaram  e ela me mandou trazer Harry para cá. Eu realmente preciso ir. 
- Obrigado, Lucius. – A médica que os atendeu antes país a cabeça para fora da sala.  
- Lorde Prince, poderia entrar por favor? – Severus entrou na sala. Harry estava acordado, mas parecia longe. – Ele está em choque, tente chama-lo para conversamos. – Severus assentiu e deitou-se na cama puxando Harry para seu peito. 
- Baby, preciso que preste atenção em mim. Harry? Olha para mim, querido. Olha para mim. – Harry levantou a cabeça o olhando com lágrimas no rosto. – A médica quer falar com você. Consegue me entender.  
- Sim. – sussurrou. – Eu perdi nosso bebê. 
- Não, você não perdeu. – Disse  médica, chamando sua atenção. 
- Não? – Seus olhos encheram-se de lágrimas. – Porque o sangue. 
- Um pequeno corrimento por conta do soco e do estresse. 
- Tinha tanto sangue... 
- Quer ver seu bebê? – Harry assentiu e novamente eles viram seu alienígena com um coração muito forte. – Esse bebezinho não vai a lugar nenhum antes do tempo.  
- Obrigada, doutora. – Severus agradeceu e passou as mãos nos cabelos de Harry o apertando em seu peito. – Ele precisa se acalmar. Vou deixar vocês a sós. 
- Você vai me deixar de cabelos brancos.  
- Você já tem. – Deu uma risadinha. – Nosso bebê está bem. 
- Ele está. – Severus enrolou seus dedos no cabelo de Harry. – O que aconteceu? 
- Eu vou matar Arthur Weasley. – Disse Harry. – Ele me socou no estômago, eu cai e... – seus olhos se encheram de lágrimas de novo. – Parece que o mundo quer conspirar para eu não ter uma família. 
- Você não vai voltar ao ministério. 
- Eu também não quero voltar. – concordou. – Mas ainda preciso treinar alguém para meu lugar.  
- Eu vou com você em cada uma das seções. – afirmou.  
- Não vai ser necessário. – Disse Percy Weasley entrando no quarto. – Me desculpa entrar sem bater. – Se aproximou. – Ron me disse que estava segurando as denúncias apenas para me manter no meu emprego. – Harry assentiu.
- E também pela casamento do seu irmão. - Percy bufou. – Por favor, vocês dois são idiotas? O ministro não vai me demitir, e não importa o que a lei diz, ele não vai demitir o melhor secretário que tem. - Disse arrogantemente. - Sem falar que tenho alguns nomes de peso ao meu redor. E quanto a Fleur, ela é apaixonada pelo meu irmão, não vai deixar um escândalo bobo acabar com o casamento dela. Conversei com seu advogado, Marcus Otello. Vamos começar a reunir provas contra meus pais. Por enquanto ele está entrando com uma medida protetiva para você. 
- Obrigado, Percy.  
- Não me agradeça, eu é que tenho que te agradecer pelo o que tem feito por Gina. 
- Como ela está? 
- Instável. Ela fica bem enquanto estuda ou o namorado a visita, então do nada começa a falar como vocês serão quando estiverem casados. Começa a falar que Dumbledore vai cancelar seu contrato de casamento e como vocês serão felizes. Ela não está bem. Nem um pouco.  
- Sinto muito. 
- Não é sua culpa, é deles. - Suspirou. - Eu vou me juntar ao Sr. Otello para juntar provas. Enquanto isso... - Andou até a cadeira que tinha ao lado da cama. - Ele foi solto, Madame Bones manteve a acusação de ataque a um lorde, mas ele está alegando defesa da honra de Gina. Ele vai responder a um processo em casa. Agora é só esperar.  
- E quanto a Narcisa? 
- Lady Malfoy foi dispensada com acusação de agressão.  Vai responder em casa.
Harry se sentou. - Mas ela estava apenas me defendendo. Não podem acusa-la! 
- Essa é a parte que eu aperto sua orelha. - Marcus disse da porta. - Não se desespere por pouco, jovem gafanhoto. - Revirou os olhos e caminhou até Percy. - A lei está do lado dela, sem falar que ela pareceu extremamente divertida de ter uma acusação criminal. 
- Não esperava menos. - Severus disse revirando os olhos. - Narcisa sempre se perguntou até onde ela poderia ir sem ser presa. - Harry ergueu uma sobrancelha. - Ela era bastante divertida quando mais jovem. - Harry riu. 
- O que vai acontecer com ela? 
- A estamos reunindo uma junta médica para analisar os irmãos Weasley. Todos terão exames físicos e metal. Vou precisar ir buscar Charlie Weasley na Romênia. 
Percy o olhou. - Charlie virá em alguns dias de qualquer forma. O casamento de Will e Fleur vai ser em menos de uma semana. Não tem porque você ir antes. 
- E perder a chance de ver a bunda do seu irmão de novo? Acho que vou Romênia. - Deu um sorriso. - Já que estamos todos bem, estou indo. - Saiu mais rápido do que poderia ser possível.  
- Não gosto disso. - Disse Percy.  
- Seu irmão é um adulto. Deixa-o se divertir. - Disse Harry. - E Marcos é um bom homem. 
- Fui eu que limpei o sangue, sabia? Quando eles o obrigaram a abortar. Charlie nunca mais foi o mesmo. Eu duvido que Marcus realmente tenha alguma chance. Eles já saíram uma vez, ele não repete. - Percy se levantou. - Estou indo embora. 
Severus assistiu Percy sair antes de puxar Harry para seu peito e o beijou. - Você só tem amigos problemáticos.  
- Desculpa. - Severus revirou os olhos e o beijou novamente. Tudo estava bem. Seu bebê estava bem, seu marido estava bem. Seu coração ainda não parou com os sustos. A única coisa que não ficaria bem seria Weasley, quando ele pusesse as mãos naquele maldito ruivo.

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