Vivendo no passado

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Harry e Severus não tiveram tempo de reagir quando Sirius tirou Severus de cima e socou.
- Sírius! – Harry o segurou mas, em sua raiva, Sirius o empurrou o fazendo cair em cima da mesinha de centro a fazendo quebrar.
Severus empurrou Sirius e foi ajuda-lo mas Sírius ainda estava em sei modo louco e pulou em cima de Severus o socando novamente. Com um pouco de impulso, Severus conseguiu empurrar Sirius para longe, mas este, tropeçou em Harry fazendo os vidros da mesa entrarem ainda mais em suas costas.
Harry gemeu e Severus tentou ir novamente até ele. Sirius no entanto ainda parecia um touro enfurecido indo para cima de novo. Mesmo com dor e com vidros nas costas, Harry conseguiu pegar sua varinha e paralisar Sirius, quando este, sem se importar de estar pisando em seu estômago, foi para cima de seu marido novamente.
Quando Sirius caiu paralisado em cima de Severus, este o empurrou para longe e correu novamente até Harry. – Está tudo bem? – Perguntou ajudando Harry a se levantar. – Suas costas.
- Estou bem, Sev. – Disse, mas nada estava bem. Suas costas estavam ardendo, sua barriga tinha uma marca roxa se formando em sua barriga. Contudo, o que mais doía não era seu corpo. Harry olhou para Sirius que o olhava com raiva.
- Vou chama, Narcisa. – Severus mal se levantou e Narcisa apareceu na sala.
- Eu imaginei que teríamos problemas, mas não a esse ponto! – Disse Narcisa séria. Harry não falou nada. Tinha certeza que se falasse iria chorar ou gritar e ele estava cansado. – Sente no sofá.
Severus o levantou e ajudou a se levantar com suas costas nuas para Narcisa. A mesinha foi consertada, pois era mais fácil do que retirar vidro por vidro de suas feridas que foram rapidamente curadas. Narcisa ainda apalpou seu estômago e um rápido diagnóstico viu que nada, principalmente o bebê, foi machucado.
- Vou levá-lo. – Narcisa disse quando terminou.
- Não. – Disse Harry. – Preciso conversar com ele.
Severus ficou visivelmente com raiva. – Depois vocês conversam.
Harry o olhou, mostrando toda a tristeza que estava sentindo. – Eu preciso conversar com ele. – Disse novamente e seu marido bufou concordando.
- Eu vou ficar aqui.
- Sozinho. – Severus ia reclamar mas algo em seu olhar o impediu. Bufando, saiu concordou e acompanhou Narcisa até a lareira antes de sair da sala.
Harry olhou para Sirius por um longo momento antes de levita-lo até o sofá e prende-lo em cordas mágicas. Antes de tirar sua petrificação.
- COMO PODE, HARRY! AQUELE COMENS... – fitas mágicas se colocaram na boca de Sírius o calando.
- Eu é quem vou falar aqui, Sírius! – Sua voz soou tão fria e amarga que fez Sirius o olhar para ele com a testa franzida. – Sabe e de se esperar que alguém que passe mais de 10 anos preso por não pensar, passaria a usar a cabeça. – Sirius fez algum barulho e Harry o silenciou. – Você pensa em alguma além de você mesmo, Sirius? – Sirius arregalou os olhos com a pergunta de Harry e tentou falar algo. Harry fungou e limpou uma lágrima que desceu teimosamente antes de libertar Sirius de todos os feitiços.
- Filhote, eu...
- Eu perdi duas vezes, Sírius. – Harry colocou a mão na barriga. – Duas vezes eu perdi meus bebês, por que meu corpo era fraco demais para sustentar uma gestação. E sabe por que ele era fraco? Por que fui criado por pessoas que não gostavam de mim, e mal comia. Eu poderia ter sido criado por você, mas você sempre deu prioridade pra qualquer outra coisa do que a mim.
- Isso não verdade!
Harry soltou uma risadinha nervosa. – Me diz, Sirius. Quando meus pais e eu fomos atacados, eles morreram e eu estava machucado e assustado, aonde você estava mesmo? – Sirius ficou em silêncio. – E quando eu vi uma pessoa ser assassinada e fui torturado, onde você estava.
- Eu precisava me vingar de Pedro e Dumbledore...
- EU PRECISAVA DE VOCÊ! - Gritou. – E agora... olha o que você fez, Sirius! Olha minha barriga! Você não cresce! É um irresponsável que machuca todos ao seu redor!
- Eu vou proteger você, James! Você sabe que eu te amo! – Sirius disse e Harry chorou. Chorou pelo homem que seu padrinho poderia ter se não fosse a guerra... se não fosse sua família. Sirius o abraçou e Harry retribuiu enquanto chorava mais e mais. Sirius o afastou levemente e o beijou na boca. Foi um simples encontro de lábios mas deixou Harry sem entender e de olhos arregalados enquanto seu padrinho tentava aprofundar o beijo. Harry o empurrou para longe.
- Eu te amo, James. Mesmo que você não tenha me escolhido eu sempre vou te amar. – Sirius o abraçou coçando seu cabelo.
Harry o afastou. – Eu não sou James, Sírius. – Seu padrinho franziu a testa. – Quem eu sou, Sirius?
- James, que brincadeira é essa?
- Eu sou, Harry. – Sirius franziu a testa e riu. – Claro que é. – Harry deixou outra lágrima cair antes de desmaiar Sirius e ir até a lareira gritando. – Clínica Psiquiátrica St’ August. – O rosto de uma mulher apareceu.
- Clínica Psiquiátrica St’ August, em que posso ajudá-lo.
- Aqui é Lorde Potter-Black.
- Oh! Lorde Potter-Black, o horário de visitas terminou. Deseja falar com a senhora Weasley?
- Não, na verdade gostaria de solicitar a internação de uma pessoa. Algum médico de plantão?
- Oh, sim. Temos. O paciente pode passar?
- Não. Alguém precisa vir buscá-lo ele está dormindo e pode ser violento.
– Muito bem, dois enfermeiros iram passar para busca-lo. – Três homens, dois enfermeiros e um médico passaram.
- Esse é seu padrinho, certo? – disse Doutor Louis. – Você fez a coisa certa. – Harry não respondeu, apenas assistiu seu padrinho desmaiado ser carregado por dois enfermeiros. – Você sabe como funciona, nada de contato pelas próximas 48 horas e avaliação para saber o melhor tratamento. – Harry assentiu. – Assim puder, lhe envio uma carta para termos uma reunião.
Assim que todos saíram, Severus desceu as escadas e o abraçou sem dizer nada.
---oOo---
Em uma fortaleza, a muito tempo esquecida por todos, Albus Dumbledore dormia mas não por muito tempo. Sua fênix o olhava com tristeza. Fênix não eram criaturas da luz como muitos falavam. Elas eram criatura que tinham magia mais pra área cinzenta pois costumavam se ligar a magos que tinham sangue de dragões.
Atualmente, Albus Dumbledore e seu irmão Albefort eram os únicos que ainda tinham resquícios desse velho sangue, nada que lhes daria grande poder, mas que atraia fênix como vampiros atraídos por sangue. E é por isso que aquela fênix em específico estava triste.
Ser ligada a um mago significa que não poderia abandona-lo até sua morte, mas Albus Dumbledore não pretendia morrer e o que ele estava fazendo era pior. A lareira se acendeu e um jovem que lembrava em muito o jovem Harry Potter passou.
A fênix acompanhou o crescimento daquele jovem. Ele era neto do velho que agora dormia e do outro que preferiu o abismo e a morte do que acompanhar Albus em sua jornada. – Ele está dormindo, Fawkes? – Fawkes assentiu e voou no ombro do jovem encostando a cabeça em sua testa lhe mostrando uma Memória. Uma memória de quando o jovem Albus tinha apenas 14 anos e foi amaldiçoado por Henry Potter. O jovem então se assustou e pulou para trás. – Isso foi uma memória. – Fawkes assentiu. – Tem mais? – Fawkes então encostou a testa novamente no jovem e lhe mostrou uma batalha. Não qualquer batalha, mas sim a batalha que transformou aquele da qual o jovem chamava de avô em um dos maiores bruxos.
- E a batalha contra Grindelwald? – Obviamente a fênix não respondeu. O jovem observou seu avô lutar brilhantemente contra um lorde das trevas poderoso. O show de luzes era imenso e aquele jovem estava no meio disso tudo assistindo.
Então aconteceu, a queda de Grindelwald foi aquele pequeno tropeço nos destroços ao redor e então um estupefaça em cheio em seu peito e levou a três metros de distância. Albus então correu até ele e o prender com cordas.
- Me mate, Albus. – Disse o homem caído.
- Não posso.
- Então o que? Vai me deixar preso por toda a eternidade? Prefiro a morte.
- Eu sei, mas tenho planos. Planos esses que não dá para cumprir com você por aí matando a todos.
- Do que está falando, Albus? – Gellert olhou para Albus.
- Eu vou para você , meu amor. – Disse com olhos maníacos. – Eu é nosso filho iremos para você. – Albus esfregou sua barriga.
Então cena mudou, obviamente para cerca de 9 meses depois já que sua avô estava tendo sua mãe com a ajuda da professora de Hogwarts que era sua seguidora mais próxima.
- O que fará com ela, Albus? – Disse quando entregou a menina nas mãos do homem.
- Cria-la, obviamente. Minha pequena Arianna.
- Como explicará que teve uma filha com um lorde das trevas? Ela é a cara do pai! – Disse Minerva olhando para os olhos bicolor e o ralo cabelo branco.
Albus pegou a varinha na cabeceira e o acenou. - Ela é o rosto escrito de Arianna. Por tudo o que sabem, eu tive uma esposa e ela morreu.
- Isso não vai dar certo. – Minerva disse apontando para o bebê. – Crianças não seguram magias simples meu amigo. – Dumbledore acariciou o rostinho de sua filha. – Ele tem uma irmã, não tem?
- Não. – Negou. Ele não daria sua filha.
- E para segurança dela.
- Eu sei. – Disse e apertou sua filha. Com sua varinha, limpou-se de todo o sangue antes de se vestir e aparatar em uma vila no interior da Alemanha. Foi um local muito distante para aparatar e levou quase todas as suas forças para conseguir. Caminhou pelas ruas. Estava escuro, era tarde da noite quando ele bateu na pequena casa e uma varinha foi posta em sua garganta.
- Você, seu. - Albus colocou a criança em seus braços.
- O nome dela é Arianna.
- E a filha dele. – Disse surpresa.
- E a MINHA FILHA! – Disse ofegante. – Minha filha. Deixe-a segura. – A mulher assentiu e novamente Albus aparatou.
A paisagem mudou novamente. E era cerca de 20 anos depois. Seu avô olha sua mãe sentada em uma fonte se agarrando com um homem. O jovem olhou para o que seria seus futuros pais quase fazendo sexo em praça pública e fez careta.
- Arianna! – Exclamou seu avô dando susto em seus pais.
- Oi, papai! – Arianna olhou para seu pai vermelha enquanto ajeitava suas roupas. – Pai, esse é meu namorado, Henrique.
Albus apenas ergueu sua sobrancelha olhando para o jovem. – Henrique...
- Potter, senhor. – Disse o homem.
- Potter?
- Sim, Senhor.
- Algum parente de Lorde Potter? – O garoto franziu a testa confuso.
- Não há nenhum Lorde em minha família, senhor.
- Entendo.
Outra mudança, parecia no mesmo dia. Seu avô estava no quarto de seu pai, segurando sua mão a cortando. Deixando seu sangue cair em um pergaminho. O jovem se aproximou e viu o que é escrito. Seu pai era filho bastardo de Fleomont Potter o irmão mãos novo de Lorde Potter.
Outra mudança de lugar.
Seu avô segurava um bebê, ele era o bebê. Seus pais caídos no chão. Mortos. Seu avô os matou.
No chão um círculo de ritual. Seu eu bebê chorava quando foi colocado no meio do círculo. Seu avô disse algo quando entrou no círculo.
Ele começou a cantar em latim, um latim antigo. O círculo brilhou é nada ocorreu. Nada mudou.
- Não! Não! Eu matei minha filha por isso! – Disse atordoado. – Eu a matei! Eu a matei! Por que? Tem que dar certo! – Correu par ao livro e algo vermelho estava escrito. Chegando mais perto, o jovem pode ver “ você nunca será um Potter". Albus gritou é correu até sua filha, me perdoe, me perdoe, me perdoe.
Novamente a paisagem mudou. Mostrava seu avô lendo o livro é modificando o ritual.
O jovem então estava novamente na sala de estar olhando para a fênix e ele sabia o que tinha que fazer. Parte do ritual de seu avô estava feito, poucas coisas podem modifica-lo para dar errado.
O jovem caminhou até o círculo o apagando em pequenas linhas, apenas milímetro que fariam a diferença. Contaminou alguns dos materiais e diluiu outros. Seu avô matou seus pais. Ele mataria seu avô, mas no tempo certo.
Deixou a pasta médica de Harry Potter em cima de uma mesa e foi embora.

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