Política

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Apesar do que disse aos seus amigos, Ron não falou com Lilá, e tudo que o que fez foi entregar a carta do pai da menina a Parvati. Lilá só disse um fraco pedido de desculpas no dia seguinte e então sua contenda foi levantada. 
Para Ron, aquela história deveria terminar ali, porém no mesmo dia que Hermione e Harry saíram para Londres, sua tia avó Muriel o instruiu a encontra-la em Hogsmead, coisa que ele não estava muito afim. Sua intuição estava correta quando as infinitas perguntas sobre seu relacionamento com Lilá surgiram em meio de assuntos aleatórios. 
- Nós terminamos tia. - Ron disse já irritados. - Não há chance de volta. Ela tem um contrato, você sabe disso, o mundo sabe disso, e aparentemente eu era o único que não sabia. 
Muriel o olhou analiticamente. - Então não há problema de procuramos um contrato para você. - Ron tossiu e agradeceu por não estar bebendo nada.  
- Contrato? 
- Obviamente, você deve trazer um herdeiro para a casa Prewett. 
- Eu não quero ter filhos agora. 
- Não precisa, mas eu não tenho muito tempo e quero garantir que escolha a candidata ideal. - Muriel o olhou. - Ou candidato. Não podemos excluir portadores. 
- Eu não sou gay. - Muriel rolou os olhos. - Contratos arranjados não tem a ver com sua sexualidade, e sim com a produção de um herdeiro. 
- Tia, eu não sei se sabe como funciona o sexo, mas para produzir um herdeiro eu preciso pele menos gostar de fazer isso com uma pessoa. 
Muriel revirou os olhos. - Você é rude... E idiota. O que me leva a outra questão, já fez o teste para saber se é um portador? - Ron disfarçou sua vermelhidão bebendo sua cerveja amanteigada. - Isso responde a minha pergunta. - Muriel chamou madame Rosmerta e pediu a conta. - Venha comigo. - Se levantou deixando dinheiro cima do balcão e quando saíram, Ron sentiu a chave de portal ativar e o deixar em St mungo. 
Sua tia assumiu a dianteira e parou no balcão solicitando um curandeiro para fazer o exame. - Agora é sua vez. A não ser que prefira que eu esteja lá... 
Ron imediatamente correu até o medibruxo que iria atende-lo e fechou a porta da sala atrás de si. 
- Ronald Weasley? - Perguntou o medibruxo e Ron assentiu. - Não se preocupe, só vou colher algumas amostras e o resultado sai em uma semana. Ron assentiu novamente enquanto rezava para dar negativo. 
---oOo---- 
Fevereiro se foi, dando início a um mês de março cheio de expectativas. Harry e Ron conversaram com diversos curandeiros mentais, médicos e com o pessoal do serviço da infância. Eles iriam apresentar as duas novas leis em abril, mas iriam angariar alguns aliados para essa nova lei.  
Ron ficou de buscar apoio no lado da luz, enquanto Harry faria todo o resto. Além de encontros com lordes e ladys, no mês de março eram as datas onde oficialmente eles seriam aceitos em seus estágios. 
Harry estava com três possibilidades, Ron com duas e Hermione já estava garantida no escritório de relações trouxas. Porém, na manhã de 10 de março, quando chegaram as cartas, um envelope azul chegou junto. Como Harry recebia suas cartas depois de verificadas pelos goblins, abriu rapidamente.   
- Seu irmão vai se casar com a Fleur. - Harry disse desnecessariamente a Ron que já lia o convite que também recebeu. 
-  Que estranho. Ele não falou nada. 
- Bem, eu fico feliz por eles. 
- Não! - Gina gritou a duas pessoas de distância. Harry viu que ela tinha um convite na mão. - Por que ele está cansando com essa... 
- Mulher totalmente respeitável, trabalhadora e super legal. - Completou Harry.  
- Ele não pode se casar antes de mim!  
- Ah sim, porque o mundo gira em torno do seu umbigo. Cresce Gina. - Harry disse secamente. Gina bufou e fez a coisa mais inteligente desde que abriu o envelope, que era ficar calada. Harry então voltou para suas cartas. 
Três eram sobre os balanços das contas dele e Severus. Outra era a carta de Lorde Tibérius Odge confirmando uma reunião com alguns de seus aliados, Lucius também confirmou uma reunião com algumas pessoas que não abandonaram totalmente.  
Sobraram quatro cartas, Harry olhou surpreso para a quarta carta, pois ele só havia confirmado sua inscrição em três escritórios diferentes. Ele abriu o escritório de J&J, era o que Harry menos queria ir, tinha lhe enviado as notas necessárias. Esse escritório admitidamente ignorava a cultura bruxa, porém era o maior em atuação no mundo troo trouxa. 
O escritório Smith’s, era pequeno, porém tinham lutado por algumas causas grandes e ganhado. Lúcius mostrou um julgamento de um homem que havia sido acusado de matar a própria filha. Chistopher Smith conseguiu provar que a mãe foi a culpada, mesmo sem ter quase nenhuma prova que o inocentaria, pois o mesmo era alérgico a veritaserum e como era um trouxa, nada de juramentos por magia. 
Avery & Willians eram uma grande firma, eles eram antigos, tinham nome, representavam a maior parte dos sangues-puros, porém Lúcius lhe disse que eram pro Voldemort. Com isso, suas escolhas estavam difíceis. Firma no mundo trouxa, firma pequena ou firma grande de apoiantes de Voldemort? 
Por fim, Harry abriu a última carta. Um cartão menor caiu e viu que era de seu advogado Marcus Otello. Atrás do cartão, a letra de Marcus trazia um recado. 
“Já que, ao que parece, sua carta não chegou ao meu escritório, tomei a liberdade de aceitar sua inscrição.” 
Harry rapidamente foi até a carta de inscrição, viu as notas necessárias, e depois amaldiçoou por não ter pensado em Marcus. O homem era um advogado brilhante, ele respeitava a cultura, mas nunca foi pro-voldemort, sua firma tinha bastante nome e também atuava no mundo trouxa.  
- Foi bem companheiro? - Questionou Ron um tanto pálido. 
- Sim, recebi uma proposta extra. E você? 
- Hepzibah aceitou minha proposta. - Ron parecia que iria vomitar. 
- Você está bem? - Ron acenou. - Quem é esse? 
- O melhor investigador criminal da Europa. Ele só aceitou dez alunos até hoje. Meu chefe da divisão de aurores enviou a minha inscrição para ele. 
- Então os parabéns estão as ordens.  
- Eu acho que... - Ron parou de falar quando monstro apareceu em cima da mesa derrubando algumas comidas.  
- Mestre, bebê Black está nascendo. Eles já estão no hospital. - E sumiu. Harry demorou dois segundos para processar o que aconteceu antes de correr para a mesa dos professores e solicitar a dispensa das aulas.  
Harry não parou de correr até chegar à enfermaria e pedir a madame Ponfrey para usar a lareira. Assim que entrou no hospital, Harry viu monstro e Remus andado de um lado para o outro. 
- Ela está bem? 
- Sim. O médico disse que está bem o suficiente para um parto prematuro. 
Harry suspirou aliviado e um médico abriu a porta. - Podem entrar para ficar com ela. As contrações ainda estão espaçadas.  
Remus assentiu e correu na frente, Harry entrou no quarto mais calmamente e viu Ninfadora em pé com Andromeda esfregando suas costas. 
- Isso parece doloroso. - Harry fez uma careta.  
- No final vale a pena. - Disse Andromeda sorrindo. 
- Eu realmente espero que sim. 
Foram exatas doze horas e 38 minutos de parto e Finalmente Edward Remus Lupim veio ao mundo com 58 centímetros e 2,4kg. Harry olhou para aquele bebezinho e prometeu para si mesmo que tornaria o mundo melhor para ele. 
---oOo--- 
Harry saiu pela lareira em Malfoy manor no dia 23 de Março. Os aliados de lorde Odge foram mais fáceis de lidar do que esses senhores seriam. Harry e Ron mostraram os benefícios de se ter psicólogos em Hogwarts e a lei complementar para casos de abuso infantil. 
Graças a Hermione, Ron e ele conseguiram alguns documentos trouxas sobre crianças em lares ao invés de orfanatos, onde pessoas que tivessem condições físicas e psicológica de manterem crianças órfãs ou abusadas, poderiam acolhê-las em suas casas. Harry sabia que Narcisa estava pessoalmente interessada nessa lei, por isso, mesmo sem pedir, ela conseguiu algumas amigas que o apoiassem. 
- Boa noite. - Harry disse polido e se curvando levemente. Lorde Lestrange, Theo Nott e Augustus Rockwood eram os únicos rostos não irritados no lugar. 
- Achei que estava aqui para conversarmos Lucius. - Disse Lorde Avery, o homem havia perdido filho e neto para Azkaban e a única esperança de sua família era o casamento da neta, da qual se esperava que tivesse um homem para ascender o nome Avery. 
- E estamos. Lorde Potter-Black quer implementar algumas leis e... 
- Mais alguma lei que vai fazer trouxas serem melhores? - Harry suspirou e sentou-se calmamente no sofá. Ele sabia que em parte o homem tinha razão. A luz fez tantas leis de proteção aos trouxas que se alguém for atacado e revidar com magia, seria enviado direto para os dementadores. 
- Eu fui a Bélgica ano passado. - Disse e os homens o olhavam com curiosidade. - Eu trouxe um monte de chocolates para meus amigos. Draco ama Chocolate amargo. Hermione gosta de chocolate preto meio amargo. Ron diz que Chocolate ao leite era o único que deveria existir. 
 - Isso é uma metáfora pra alguma coisa? - Lord Parkinson perguntou. 
Harry sorriu. - Ron disse especificamente que chocolate amargo não deveria existir. Ele brincou e disse deveriam haver leis quanto a isso. Hermione jogou alguma coisa nele, e disse que se ele não gosta, era só não comer. Existem pessoas que gostam. 
- Onde quer chegar com isso? - Avery perguntou ainda parecendo irritado. 
- Você vê, a luz e as trevas têm a mesma opinião de Ron, se eu não gosto, logo não deve existir. Enquanto os neutros tentam balancear, mas fica difícil quando vocês são a maior parte. 
A confusão ainda estava presente em seus rostos. - Vocês querem proibir algo que a Luz quer, ao invés de lutar pelos seus direitos de permanecer.  E nisso perdem tempo, enquanto a luz ataca outras de suas preferências.
- Como os ritos de Samahin que foram proibidos. - Disse Theo. 
- Exatamente. Se a luz diz que deve ser proibido por causa de religião, torne o estado laico, ao invés de tentar proibir a religião deles. Eles são a maioria e vão vencer. 
- Sua ideia é louvável. - Disse Rockwood. - Qual a lei que gostaria de apresentar? - Harry então mostrou todos os benefícios de sua lei. Depois apresentou a lei de Ron como um complemento.  
- A ideia não é ruim. - Disse Lestrange.  
- Você tem dois filhos a caminho, certo? - O homem confirmou. - Essa lei impediria seus filhos de serem mandados para um lar trouxa, caso você morresse. Aquela lei ridícula que Dumbledore apresentou em 84 precisa ser abolida. 
- Lei? - questionou Theo. 
- A lei diz que apenas pessoas com mesmo sobrenome podem levar crianças órfãs. Independente da vontade dos pais. Isso enviou algumas crianças bruxas para o mundo trouxa, mesmo que tivessem tios, irmãs casadas, padrinhos e madrinhas. 
- Por que aprovaram isso? 
- Reunião extraordinária onde apenas alguns participantes foram. 
- Não deveriam ter um mínimo de pessoas no local? 
- Não existe uma lei para isso. Desde que você não derrube uma lei, não existe um Quórum mínimo. 
- Dumbledore se aproveitou de muitas revoltas ao longo dos anos para fazer isso. 
- Por que não escreveram uma lei para isso? 
- Porque Dumbledore tem um poder incrível na câmara. - Disse Lúcius. 
- Eu sei de alguém que tem um poder maior no momento. - Theo olhou para Harry. 
- Escreva a lei e coloco meu apoio. - Theo confirmou e Harry continuou a responder a diversas perguntas sobre a lei. 

O contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora