Futuro Familiar

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Harry não pode entrar na piscina assim que o último aluno saiu. Uma chuva torrencial caiu sobre a França junto com uma queda de temperatura. Por isso, ele estava deitado sob o corpo de Severus no sofá enquanto ouvia seu marido descrever os laboratórios da qual iria trabalhar.
- É bem diferente de Hogwarts. – Concluiu. Harry permaneceu em silêncio. – Está me ouvindo?
- Sim, é só que... - mordeu o lábio. – O médico disse que eu tenho que eu tenho que engordar ainda.
- Harry, sabe que não precisamos ter pressa. Esperar mais um pouco não vai ser o fim do mundo.
- Eu sei. – Sussurrou.
- Por que quer tanto um bebê? – Harry ficou em silêncio por um longo tempo e Severus não pressionou.
- Eu não tive uma família. Nunca. Eu agora tenho você, mas se algo acontecer, vou ficar sozinho de novo. – Suspirou. – Eu quero uma família grande, com vários filhos. Quero isso tanto, que dói ter que esperar. Quero poder dar aos meus filhos o que eu não tive. É muito errado querer isso agora?
- Não é errado, Harry. Mas você acabou de se recuperar. Ainda está abaixo do peso.
- O médico disse que eu precisava de sete quilos. Consegui dois e meio essa semana.
- Como conseguiu isso? – Severus estreitou os olhos.
- Fazendo nove refeições completas por dia. Por falar nisso, eu perdi uma.
- Como está aguentando?
- No início foi difícil. Dormi a maior parte do tempo de tão cheio. – Riu. – Mas agora está mais fácil.
Severus revirou os olhos. – Ainda faltam quatro quilos e meio.
- Eu sei.
- Você ainda vai precisar de uma semana para desacostumar com o anticoncepcional. Está tomando a muito tempo regularmente. - Harry mordeu o lábio e Severus estreitou o lábio. – Quando foi a última vez que você tomou?
- No domingo de manhã. – Severus levantou-se rapidamente, ficando sentado no sofá com Harry em seu colo.
- Mais de 24 horas antes de estarmos juntos na última vez.
- Em minha defesa eu não te esperava antes de quarta.
- Já fez algum teste?
- Eu não sei fazer.
- Stinks. – Severus chamou o elfo principal da mansão e o mesmo apareceu. – Consiga poção teste de gravidez masculina em um laboratório próximo.
- Oui, mon monsieur. – Disse e sumiu. Eles não falaram até o elfo voltar com uma caixa de uns 10cm.
- É muito recente, então pode dar um falso negativo. – Severus abriu a caixa onde continha uma agulha, um vidro com um líquido transparente, uma bloco de cartão de no máximo 4cm e um conta gotas.
Severus pegou seu dedo, furou com a agulha apertando até sair um pouco de sangue. Colocou o sangue no cartão depois pegou o conta gotas e mergulhou no líquido pegando um pouco e colocando no cartão.
- Agora é esperar. – Ambos ficaram em silêncio esperando. Harry encostou a cabeça no ombro de Severus olhando atentamente.
- Está ficando azul. – Disse. – O que isso significa?
- Negativo.
- Você disse que pode ser falso negativo.
- Não tenha esperanças Harry. Sei que é difícil.
Harry suspirou triste. – Então tenho que voltar para as poções?
- Não. Vou comprar preservativos trouxas.
- É muito ruim não usar nada?
- Harry, você ainda precisa de liberação médica.
- Pelo o que sabemos, - Disse retirando sua camisa. – Eu posso já estar com um bebê. – se levantou e retirou sua calça e cueca junto. – Não da pra engravidar de novo. – Sentou-se no colo de Severus com uma perna de cada lado do quadril. – Você me deve uma joia. – Beijou Severus que colocou suas mãos na bunda de Harry o puxando para perto.
- Você não presta. – Colocou a mão no bolso de sua calça e retirou uma caixa pequena. Harry abriu rapidamente.
- Brincos? – Disse ao ver as argolas de ouro com uma pedra de diamante pendurada. - Acho que preciso furar minhas orelhas.
- Embora seja uma ideia incrível, esses não são para suas orelhas. – Severus pois a boca no mamilo de Harry e sugou antes de prender a argola no bico. – E de pressão. – Fez o mesmo com o outro. – Agora sim.
Harry passou a mão sobre uma das argolas, a sensação era estranha, porém boa. – Deve doer furar aqui.
- Existem muitos de pressão, então não se preocupe com isso.
- Bom, mas ainda vou furar minhas orelhas. – Beijou Severus. – Agora eu quero você dentro de mim.
---oOo---
Albus não é um idiota. Não se consegue tudo o que ele conseguiu sendo um. Ele não denunciou Severus ao conselho atoa, e agora o fruto disso estava em suas mãos.
O contrato entre Potter-Prince era muito bem elaborado, ao ponto em que realmente não havia forma de quebra. O primeiro ponto que ele se concentrou foi a ligação deles.
A morte de Severus não tornaria Ginevra como a esposa principal, pelo contrário, somente tornaria seu contrato invalido. Observou totalmente as cláusulas. Harry deveria ter um filho nos dois primeiros anos de casamento.
Leu e releu o texto do contrato. Gina teria apenas uma oportunidade para engravidar e seria na lua de mel. Duvidava muito que Harry tocaria na menina depois disso. Suspirou, Molly precisaria de ingredientes.
- Tessa. – Chamou sua elfo pessoal.
- Sim, mestre? – A elfo tímida apareceu.
- Preciso que compre alguns ingredientes... – Anotou rapidamente os ingredientes. – Quero que compre um ingrediente em cada loja.
- Sim, mestre. – Assim que ela saiu, se virou para lareira e chamou Molly pela lareira.
- Diretor? – Respondeu a mulher.
- Boa tarde, Molly. – Cumprimentou. – Vou te entregar alguns ingredientes, você vai precisar da uma poção para Gina.
- Poção? Que poção?
- Algo para ela beber na lua de mel.
- Oh! Claro.
- Já marcaram a data?
- Sim, vai ser no dia 12 de agosto, depois do aniversário da Gina.
- Bom, muito bom. Minha elfa vai entregar a receita em breve. Passar bem. - Se despediu rapidamente. – Apenas uma chance.
---oOo---
Domingo a noite Ron estava sentado na areia da praia olhando para o mar. Ele amou a avó de Blaise, apesar das reservas da velha senhora. Por isso estava difícil de encarar o fato de que estaria indo embora no dia seguinte.
- Está frio, bambino. Não deveria estar aqui. – Blaise disse sentando-se ao seu lado. – Está bem?
- Sim. – Disse ainda não sentisse exatamente bem.
- Não parece bem.
Ron suspirou. – Vamos voltar amanhã, e não estou ansioso isso.
- Vai realmente morar com a sua tia?
- Não. – Ron pôs a mão no bolso da calça que usava e retirou uma carta. – É de Percy, ele falou que posso ficar com ele mas que viajou a trabalho ontem e só volta em duas semanas. Então vou ficar esse tempo na casa dos meus pais e isso não é muito animador.
- Podemos ficar aqui se quiser.
- Eu adoraria, mas o motivo de precisar voltar pra casa é buscar minhas coisas. Adiar a volta não vai mudar nada e seu mestrado começa amanhã. - Blaise o puxou para mais perto.
- É nossa última noite aqui, posso te mostrar um local que eu ia quando era criança?
- Claro. – Eles ficaram em pé batendo a areia da roupa antes de Blaise pegar sua mão e aparata-lo.
Eles apareceram próximo a luz desligada do farol antigo próximo a casa da avó de Blaise. Seu noivo o puxou para a única porta do local e ao invés se descerem, eles subiram entrando em uma espécie de sótão.
Ron olhou ao redor e viu a arrumação feita por Blaise. Uma cesta de piquenique estava sobre uma toalha vermelha. Haviam velas espalhadas por todo o lugar.
- Você fez isso?
- Sim. Eu recebi algo hoje da nonna, e queria te entregar. – Ron o olhou curioso e Blaise o abraçou por trás enquanto retirava uma caixinha do bolso. – Esse anel está na família Zabini a três séculos. – Ron abriu a caixinha e viu um anel de ouro segurando um pedra verde no meio e pedras azuis acima e abaixo contornando a argola. – Um antepassado meu fez para sua alma gêmea, e passou de pai para filho quando encontravam as suas.
- É lindo. – Ron colocou em seu dedo e o olhou. – Você embutiu com a sua magia nesse também?
- Sim. – disse parecendo que estava confessando um crime.
- Bom.
- Achei que ia ficar irritado. – Disse confuso.
- Recebo uma boa massagem toda vez que você não está por perto. Eu falei sério quando disse que amo o cordão. – Riu e Blaise revirou os olhos.
- Vamos comer? Nonna preparou uma refeição muito boa.
- Eu amo a comida da sua avó.
- Você sabe que conquistou ela quando disse isso, não sabe?
Ron riu. – Sou um bom apreciador da culinária. – Ron retirou uma lasanha feita com massa caseira. – Posso te perguntar uma coisa?
- Claro.
- Eu sei que a família Zabini é bastante influente tanto na Inglaterra quando na Itália, ainda assim sua avó mora em uma casa simples. Por que?
- Minha avó veio de uma família bruxa simples. Os pais dela eram bem modestos e trabalhavam para ao pais do meu avô. Eles se apaixonaram e fugiram para casar. – Deu de ombros. – Minha avó nunca gostou do luxo em excesso. Ela sempre diz que o que matou meu avô foi o dinheiro, então quando ele morreu ela comprou aquela casa e foi feliz lá criando meu pai.
- Acho que entendo um pouco isso. Acho a casa dela tão aconchegante e segura. Se não fosse nossa obrigação na Inglaterra, eu ia querer uma casa parecida por aqui.
- Podemos ter isso na Inglaterra. Uma casa pequena com um quintal bem grande.
- Eu gosto disso. – eles terminaram de comer a lasanha. – Precisamos voltar agora?
- Não. Está cedo ainda. Por que?
- Não estivemos juntos desde quinta feira. – Blaise sorriu e puxou Ron para perto.
- Seu desejo é uma ordem. – Puxou Ron para perto o deitando na toalha e deitando por cima enquanto o beijava. Ficaram um bom tempo assim, até Blaise se afastar. – Tenho uma pergunta.
- Sim?
- Nós assinamos o contrato, mas nunca conversamos sobre uma data.
- Acabamos de assinar, por quê falar disso agora?
- Eu gostaria de marcar uma data em específico e ela está muito próxima.
- Qual data?
- Sete de agosto. Foi a data em que meus avós se casaram. Eu queria que fosse no mesmo dia.
Ron se sentou. - Isso é muito perto.
- Eu sei.
- Blaise, mal começamos a namorar.
- Eu sei. – Blaise suspirou. – Olha, eu entendo se quiser adiar até o ano que vem, mas poderia pensar sobre isso?
- Isso eu posso fazer. – Retirou a camisa e se deitou de novo. – Agora volta pra onde estávamos.
- Só mais uma coisa.
- Blaise, eu estou sem camisa, com muita vontade de fazer sexo. O que quer?
Blaise riu. - Podemos pelo menos procurar ou construir uma casa nesse meio tempo?
Ron deu de ombros. – Não vejo por que não. Agora, pode por favor voltar a me beijar?
- Com prazer. – Retirou a própria camisa antes de subir em cima de Ron e beija-lo novamente.

O contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora