Tarde demais?

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Quando Sirius apareceu em um lugar novo, percebeu que seu afilhado estava junto.

- Harry... – Suspirou.

- Já perdemos tempo demais. – Disse Harry e Jonatham concordou.

- Vamos logo. – Sirius os acompanhou em direção uma torre. Uma torre que ele lembrava ter visitado uma única vez quando era adolescente.

- Tio Mont nos trouxe para caçar aqui.

- Ele deixou essa torre para minha avó e meu pai. – Disse Jonathan e Sirius fez uma careta. Atrás deles sons de aparatação faziam barulhos um tanto altos.

Sirius continuou caminhando pela mata sentindo o calor da o sufocando. Ele se lembrava daquela sensação por breves segundos.

- Eu já estive aqui! – Disse surpreso. – Quando Dumbledore...

- Quando EU te trouxe! – Disse Jonathan. – Mas vocês são burros demais para seguir pistas. – revirou os olhos.

- Não deveria ter feito isso, Harry! – Disse Severus Snape os alcançando junto com vários outros.

Harry não respondeu. Ele não responderia, afinal seu corpo ainda estava fraco, então concentrava-se em sua magia. Obrigando-a a restaurar seu corpo.

Seu marido parecia na mesma sintonia que ele. Severus o entregou uma poção que tomou sem sentir o gosto, depois outra. Ao final Harry já bebia água e alguns sanduíches. Nesse ponto, Harry sentia-se melhor. Magia era incrível afinal.

Eles chegaram na base da torre sem serem interrompidos. Era fácil demais. Os três amigos se olharam. Nada pra eles foi fácil.

- Agora é a pior parte. – Disse Jonathan abrindo a porta.

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Dumbledore pois a menina ruiva no centro do círculo. Aquilo iria ser doloroso, mas a culpa toda era de Gellert, ele não deveria ter se matado.

- O que irá fazer, diretor? – Perguntou Amélia. Dumbledore sorriu.

- Algo para o bem maior, minha querida. Você sabe como esse mundo está contaminado, não sabe?

- Sim. – Disse concordando absolutamente.

- A magia de uma criança pequena ajudará a limpar boa parte da Grã-Bretanha.

- Isso a fará um aborto?

- Oh! Não! – Óbvio que ele não faria Gellert ser um aborto. Nunca. Embora devesse, afinal ele o traiu. – Ela apenas ficará um pouco cansada.

- Oh! – Ele então sentiu ondulações nas enfermarias. Jonathan o traiu afinal. Não era para menos.

- Minha querida, parece que temos companhia, poderia chamar alguma ajuda?

Amélia assentiu rapidamente e usou a lareira para chamar alguns conhecidos. Vários entraram. A maior parte deles eram a favor de seu marido e conheciam sua história, outros poucos eram seus partidários.

Em pouco tempo, cerca de 15 pessoas passaram. Não era muito, mas seria o suficiente.

Se apressando, colocou a menina no círculo juntou os ingredientes necessário e começou orar. Tudo ao seu redor ficou escuro exceto por uma luz.  Essa luz vinha de seu amado... e ele não estava sozinho.

- Oi, pai! – Disse sua preciosa Ariana.

- Albus. – Disse Gellert. – Como sempre tomando decisões pelos outros.

- Você não deveria ter se matado. – Disse teimosamente.

- E você não deveria ter matado nossa filha.

- Foi um erro...

- Um erro que você vai cometer novamente. – Gellert suspirou. – Eu não quero voltar.

Albus o olhou enfurecido. – Você não vai me deixar sozinho!

- Você só está sozinho por que me matou! – Disse Ariana. – Você tentou possuir meu filho.

- Ele  é um Potter! – Como Gellert, sua filha também suspirou. – Eu vou traze-la de volta, minha querida. Então vamos ser uma família novamente.

- Você  muito egoísta. – Disse Gellert. – Eu queria ter levado você comigo, Albus.

Albus suspirou. – Eu sei o que é melhor para nossa família.

Ele então foi retirado do espaço espectral da qual foi inserido ao chamar a alma de seu amado e continuou a proferir sua oração, o círculo começou a brilhar enquanto a menina gritava a plenos pulmões.

- Originali spiritus removere, corpori, vetus spiritus datur (Remova o espaço original, ao corpo de o espírito velho) Gellert Grindelwald, eu te chamo!
- Albus, não!

- spiritus convenit corpore
- Não! – Disse Gellert desesperado enquanto era sugado para o corpo infantil.
- spiritus convenit corpore – Um explosão acabou com o círculo de transferência e Dumbeldore não sabia dizer se havia sido concluído a transferência ou não de corpos. Ele só poderia acreditar que sim, afinal todo o ritual estava completo.

- Um pouco tarde, senhor Weasley. – Disse quando do a menina foi puxada para o colo do pai.

- O que você fez com a minha filha? – Perguntou enquanto a menina, que antes gritava a plenos pulmões, agora parecia mole nós braços do homem.

- Trouxe meu Gellert de volta. – Sorriu e pegou sua varinha enquanto olhava para Harry Potter entras calmamente com a morte escrita em seu rosto.

- Eu ainda não terminei com seu precioso filho, não se preocupe, não pretendo mata-lo.

- Como faz com meus pais? – Perguntou seu neto. Agora ele entendia por que de sua traição. Não estava surpreso. Jonathan era uma criança brilhante, mas sem um pingo de ambição de ser grande.

- Ah, mas eu não tive a intenção de... – Ele não concluiu a frase. Sem qualquer aviso, não que ele esperasse um, Harry o atacou.

Dumbledore já havia visto Potter lutando antes. Era sempre sem coordenação, baseado na raiva e por isso ele sempre tendia explodir as coisas e errar seus alvos.

Albus, no entanto, não estava acostumado com aquele Potter. Harry mal se mexia, não abriu a sua boca para gritar, apenas o atacou com variados feitiços, alguns muito escuros. Ele estava focado, e apenas via seu inimigo a sua frente.

Junto a ele estava Snape. Esse era alguns que Albus nunca teve a honra de ver lutando. Honra por que ele sabia respeitar seus adversários. O lado bom de ser professor é depois diretor da única escola de magia da Grã-Bretanha foi ver esse pequenos talentos e os quebrar ao ponto de que o temessem.

Por isso Albus fugiu. Ele não tinha vergonha de fugir. Era melhor viver para uma nova batalha. Sorriu antes de aparatar para seu novo esconderijo. Um não tão bem protegido, pois precisava que eles o encontrassem, quando estivesse em seu novo corpo.

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- Ele não está aqui!  - Hemione gritou.
Harry deixou-se cair no chão. Seu filho não estava ali. Olhou para Ron que parecia desesperado com sua filha.

- Nós vamos acha-lo. – Disse Severus, mas Harry apenas sentia-se dormente.

Um choro de bebê se fez no ambiente e Harry sentiu um leve alívio pro seu amigo, mas não por si.

- Snape! – Ron gritou os fazendo sair de seu limbo auto-imposto. – Olha a memória dela! – Ordenou. – Olhe pra ela. Ele fez alguma coisa com a minha filha.

- Banbino, não pode! – Disse Zabini. – Ela é muito pequena.

- Mas é se ele conseguiu! E se ele conseguiu colocar o espírito daquele homem, no corpo da nossa filha. Ela pode... – Ron soluçou. Dentro de sua dor, Harry entendeu Ron.

O mesmo em breve estará acontecendo com seu filho e ele não conseguiria impedir. Por que Harry só atraia tragédias para si mesmo.

Um forte som de tapa soou e Harry demorou para entender que Gina o havia atingido. – Quer parar de choramingar e vai correr atrás do seu filho.  - Virou-se para Ron. – Ela tem dois meses, ataque a memória, é melhor que nada.

Gina olhou para seu pai e Rockwood assentiu indo até a menina. – Serão apenas dois meses de desenvolvimento. Ela é bastante jovem.

- Mas como eu vou saber se essa realmente é minha filha?

- Não vai. – Ron olhou para seu marido que apenas assentiu.

- E melhor garantir.  – Ron assentiu e uma varinha foi apontada para a menina.

- Obliviate! - Ron apertou a bebê em seu peito.

Harry levantou-se. – Acho melhor irmos logo. – Disse para Severus. – Antes de precisarmos fazer o mesmo com nosso bebê.

Severus assentiu e sentou-se no chão para fazer o feitiço de rastreamento. Para seu anel. – Ele  retirou o anel.

- Óbvio que ele retirou. Assim como o outro da enfermeira. – Disse Jonathan sarcástico.

- Ele analisou tudo?

- Eu analisei! – Disse. – O ponto da orelha continua. – Os pais do bebê levado suspiraram aliviados.

O sangue de Harry estava naquele rastreador, por isso foi o próprio Harry quem faz o feitiço de rastreio.

- Ele não está longe. – Disse. – Estou sentindo o rastreador parado.

- Acho que eu sei onde ele está.  – Disse Sirius. – Tem uma cabana aqui perto. A mais ou menos uns 5 km. Era a cabana do seu avô, Harry. Ele fica a...

- Noroeste. – Interrompeu Harry. – estou sentindo.

- Só que ele modificou as proteções - disse Jonathan. – Ele provavelmente vai iniciar o processo agora. Eu modifiquei alguns dos ingredientes, mas não sei se ele tem outros lá.

- Vamos. – Harry aparatou próximo do lugar onde estaria.

Logo em seguida Severus, Hermione e Ron. – Não vou te deixar sozinho nessa. – Disse seu amigo.

Juntos eles atacaram as proteções de forma bastante bruta, ou melhor,  Hermione e Severus foram quebrando as barreiras usando runas ou contra feitiços. Harry e Ron usaram força bruta, os ajudando em barreiras mais frágeis.
- Isso está demorando muito. – Disse Ron. Harry então usou mais e mais da sua magia, fazendo a última barreira explodir com força os enviando pra trás.

Como uma repetição da cena, Harry olhou para Dumbledor e seu filho, daquela nem pode ver o rosto, em meio a um ritual.

Harry correu para o círculo, mas se viu afastado por uma barreira. Então, ao redor do círculo, tudo ficou preto.

- Não! – Corre novamente e foi arremessado para trás. – NÃO!

Ele havia chegado tarde demais.

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Desculpa a demora

Só mais dois capítulos

O contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora