Amigos e família

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Os meses avançavam mais rápido do que Harry queria, e quando viu, já era novembro e seu período para concluir seu presente de cortejo para Severus chegou ao fim. Era manhã dia 15 quando Harry pegou uma das pílulas do kit mata aulas dos gêmeos o café da manhã e quase desmaiou no salão comunal, Hermione e Ron o levaram para a enfermaria rapidamente. Já sabendo do seu plano, correram até Snape que rapidamente impediu Poppy de usar suas poções. 
- Ele está em um regime de poções que não se mistura. – Disse rapidamente. – Preciso leva–lo para Malfoy Manor. – Poppy rapidamente acatou e ajudou Severus a levar Harry pela lareira para logo em seguida avisar o diretor que não haveria aulas de poções pelo resto do dia. 
Harry tomou a poção que anularia a dos gêmeos assim que passaram.  
- Sério, não tinha uma ideia que não te deixaria desmaiado? 
- Ter até tinha, mas não para te tirar da escola pelo resta do dia. – Harry deu um rápido beijo em Severus. - Vou tomar um banho pra tirar esse suor e já volto.   
- Harry. – Lucius passou pela lareira. – Os seus amigos estarão aqui pelo almoço? 
- Sim, menos Remus e Tonks – Harry franziu a testa. - Menos os Lupim, eles vão descobrir hoje se será um menino ou menina. - Sorriu. - Vou tomar banho e me habituar a cozinha. – Harry correu para seu quarto onde seu presente para Severus estava embrulhado.  
Apesar de saber exatamente o que iria cozinhar e já ter a prática, Harry estava nervoso. Seria a primeira vez que seus amigos estarão presentes na mesma sala com Severus como seu noivo e não como professor. Aquilo estava deixado extremamente ansioso.  
Ele desceu as escadas as 10 horas e entrou na cozinha. Olhou ao redor para os elfos domésticos que o estavam esperando dar ordem, fechou os olhos, respirou fundo e os tornou a abrir.  
- Eu vou começar pela sobremesa precisa estar bem gelada. – Harry iria reparar uma receita chamada Charlotte com café e chantilly, com uma pequena adaptação de camadas de brownie e creme amargo de goiaba para pincelar no copo. Os elfos prestativos, rapidamente pegaram todos os ingredientes que ele informou assim como os utensílios, e essa era a maior ajuda que eles poderiam dar. Da preparação ao lavar a louça, tudo seria feito por Harry. 
E seguiu a receita que foi anotada para ter certeza do que estava fazendo e assim que acabou, colocou as onze taças na caixa gelada que substituia um freezer.  Logo em seguida, Harry foi para a entrada, que seria bruschettas de salmão com queijo gruyère e geleia de amoras, a receita era fácil e rápida, mas nesse meio tempo, Harry precisou se dirigir a sala de jantar e arrumar a mesa para onze pessoas.  
O sino do forno indicando que já estava pronto tocou quando Harry só tinha colocado as toalhas e alguns pratos.  Por isso correu para a cozinha e deixou as entradas na bandeja de prata antes de pegar o prato principal para fazer. 
Harry temperou a carne, alcatra, antes de colocar as batatas para cozinhar. Olhou o relógio e viu que tinha bastante tempo ainda, eram apenas onze horas, mas sabia por experiência própria que poderia rapidamente atrasar.  
Deixou as batatas antes de voltar a sala de jantar. Quando terminou de pôr os talheres, voltou para a carne e a recheou depois pois em fogo baixo enquanto preparava o molho de cogumelos que precisaria cozinha em fogo baixo. Fez o purê de batata misturado com 5 tipos de queijo que deixaria o mesmo grudento, mas incrivelmente gostoso. Olhou para o relógio, onze e trinta, a carne ainda estava no fogo, e todo o acompanhamento já está pronto. Agora Harry precisava arrumar os pratos e agradeceu que pelo menos os elfos poderiam servir. Ele arrumou os onze pratos com os acompanhamentos, seriam quatro torradas para cada convidado. Logo em seguida, arrumou os pratos principais, com exceção da carne que ainda iria demorar um pouco. Com a sobremesa pronta, Harry preparou o chá que deveria ser servido antes da comida, e deu graças aos céus que estavam no inverno, assim, o chá deveria ser quente. 
Serviu e xícaras, com pequenas torradas secas e ordenou os elfos que servissem os convidados que já haviam chegado. Harry olhou novamente a carne e viu que ainda faltava antes de ir para a sala conversar com seus amigos que se adiantaram, ou seja, Luna, cujo o pai retirou da escola para ir até lá, e os gêmeos,  que deixaram sua loja com um amigo.  
- Que bom que vieram pessoal. – Harry disse assim que entrou na sala.  
- Nós não perderíamos isso. É muito importante para você. – Disse Luna e Harry sorriu agradecido. 
- E também não perderíamos sua comida. 
- Ah sim, Hermione cantou louvores sobre suas sobremesas. – disseram os gêmeos e Harry riu. 
- Obrigada pela pílula, embora ela fosse um pouco potente demais. 
- Precisamos ajusta – lá.  Ela é nova e ainda não tínhamos testado. 
-  Com licença. – Lucius chamou a atenção para si. – Vocês enviaram uma pílula não testada para ele, - Se virou para Harry. - E você tomou? - Os gêmeos e Harry se olharam envergonhados pela clara estupidez. – Severus meu amigo, talvez você fique viúvo antes do imaginado.  
- Para a nossa defesa, nós tínhamos a cura. – Disseram os gêmeos e Harry riu.  
- Eles são geniais. – Deu de ombros. – Vou verificar minha comida.  
Harry voltou para a cozinha e verificou que a carne já estava pronta. Rapidamente a cortou, colocou nos pratos e subiu pelas escadas dos fundos para seu quarto onde tomou um rápido banho, antes de se vestir formalmente. Um elfo o avisou que seus outros amigos e Draco já tinham chegado e estavam se trocando. Harry prendeu seus cabelos, que agora já estavam no meio da cintura, em um rabo de cavalo bem alto, antes de sair com seu presente em mãos e ir novamente pela escada de trás.   
Seu presente somente seria aberto quando todos terminassem se comer, por isso Harry o deixo no aparador da sala de jantar. Pediu a um elfo que pegassem o vinho, e suco já que Luna ainda era menor de idade, que separou de Potter Manor.  
O almoço seria servido formalmente a 12:30. O certo seria ao meio dia, mas levando em consideração as aulas, foram adiadas por meia hora.  
Harry cumprimentou seus amigos e os serviu chá enquanto esperava a hora certa.  
- Cara, o fato deu te apoiar não significa que não possa achar estranho, certo? – Perguntou Ron com uma careta e Harry riu. 
- Pelo menos ele te contou Ron, eu os peguei se beijando. – Ron ficou meio esverdeado.   
- Eu te aviso para você poder fechar os olhos. - Disse Harry com um sorriso.   
- É bom ter um aviso. – Ron fez uma careta e Harry olhou o relógio.   
- Pessoal, o almoço será servido em dois minutos, já podemos ir para a sala de jantar.   
Todos se dirigiram lentamente para seu lugares e com Lucius na cabeceira, a sua direita ficou Narcisa, Severus, Neville, Luna e Ron enquanto a esquerda ficou Draco, Harry, Hermione e os Gêmeos.  
- Tink, pode servir. - A entrada foi servida e Harry explicou o que era e como comer, a geléia de amora foi colocada em um recipiente a parte para pessoas que, como Harry, não gostava de agridoce. Assim, quando todos terminaram, com elogios, Harry solicitou o segundo prato. A carne, que ele ainda não tinha provado, estava muito boa, o molho de cogumelos lhe deu um pouco de medo, pois nunca tinha feito, no entanto seguindo a receita, Harry pode fazer perfeitamente e aquilo era divino.  
O purê de batatas era receita de sua tia. A mulher gostava daquilo, pois era receita de família, e ela nunca deixou Harry cozinhar, mas como Harry sempre a viu fazer, não tinha muito segredos, e era muito bom, principalmente com o molho. 
- Sério Harry, você deveria virar chefe de cozinha. – Disse Neville. 
- Não obrigada. Cozinhar para mim mesmo e amigos já é o suficiente. 
- Ainda bem que malho. – Disse Severus com um pequeno sorriso. – Eu ficaria extremamente gordo se cozinhasse todas as noites. – Harry sorriu. 
- Acho que Dobby, Winky e Monstro não gostariam disso. Aliais, eu não acho que os elfos gostem dessa tradição. 
- Eles não gostam. – Disse Narcisa. – Eu me lembro quando foi a minha vez, eu era um desastre na cozinha e se não fossem pelos elfos ao meu lado, acho que de algum jeito Black Manor seria queimada.   
- Essa tradição ainda é forte? – Questionou Hermione. 
- Não, somente se o chefe da família tiver mais de oitenta anos. No meu caso, meu avô Arthurus Black era um tradicionalistas. 
- Meu pai também não ligava em específico para essa parte da tradição. – Disse Lucius. 
- Minha avó liga. – Disse Neville. – Achei que Hannah iria terminar comigo depois que apresentei ela a minha avó. 
- Sua avó é um pouco... dura. – Disse Harry. – Mas eu imagino um pouco do porquê. Você tem primos, certo? – Neville confirmou. – Eu imagino que ela deve sofrer pressão para passar o manto para um dos seus primos constantemente e acaba sendo rígida com você por que quer garantir seu direito. 
- É tão complicado esse lance de títulos.  Quer dizer, os Weasley tem um título na câmara.  Meu avô não deixou meu pai herdar o título. – Disse Ron. 
- Na verdade Ron, existem dois títulos possíveis na nossa família atualmente.  – Disse Fred.  
- Os Weasley e os Prewett, mas nossos avós não gostavam da aproximação dos nossos pais com Dumbledore. 
- Essa é nova para mim. Como vocês sabem disso? 
- Nós entramos no escritório do papai. – Disseram juntos e não pareciam nem um pouco arrependidos.  
- É qual o critério para solicitar seus acentos? – Pergunto Harry. 
- Jurar antes de pegar que vamos seguir a carta da família, respeitar a tradição bruxa e nunca, sob hipótese alguma, seguir os ideais de Dumbledore que vá contra os costumes.  
- Uau. Seus avós não gostavam de Dumbledore? – Perguntou Hermione. 
- Mais nossas avós... 
- Cedrella e Lucretia Black. – Disse Narcisa. – Eu me lembro delas na mansão Black pouco depois de seus filhos morrem, seus tios no caso. 
- Tio Fabian e Guideon e Tio Ignacius. Nós lembramos deles. Éramos pequenos quando eles morreram. 
- Tio Ignacius?  - Questionou Ron. 
- Ignacius Weasley, papai nunca mais quis falar nele. Nosso tio era Sonserino, mas nunca quis se envolver com comensais ou com a ordem.  
- Minhas tias culpavam Dumbledore pela morte dos filhos se não me engano. 
- Nossos avôs também. 
- Isso é bem bizarro. – Disse Ron. – Isso significa que os acentos Weasley e Prewett vão ficar parados até Bill pegar? 
- Até Bill e Charlie pegarem.  
- Isso significa nunca. Eu duvido que eles larguem seus empregos por isso.  
- Nós também.  – Disseram os gêmeos. 
- Não necessariamente o mais velho precisa ser o lorde da família. Sei que bisavô passou a frente de seu irmão. Basta o mais novo ter conhecimento de leis, ser aprovado por alguém mais velho da família e pela magia. – Lucius disse e imediatamente todos olharam para Ron, pois de sua família, era o único que estava estudando leis. 
- Nem olhem para mim. É mais fácil nossa mãe negar Dumbledore do que nosso pai permitir isso.  Nunca entendi por que ele nega tanto as tradições.  
- Acho que está na hora da sobremesa. – Harry disse mudando de assunto. A taça com o Muse foi servida e imediatamente uma série de gemidos em apreciação foram feitas.  
Então acabou, todos beberam e comeram e Harry estava nervoso. Lucius bateu em sua taça levemente para chamar a atenção.  
- Lorde Potter-Black.  A tradição manda você dar uma prova de devoção a sua futura família e essa prova deveria ser feita com suas próprias mãos. Você os tem? 
- Eu tenho.  
- Levantem-se todos. – Assim todos o fizeram enquanto Harry e Severus iam para onde o aparador do bar da sala de jantar estava com seu presente. 
- Lorde Potter-Black você vai oferecer o presente?  
- Eu vou. 
- Lorde Prince, você vai aceitar o presente? 
- Eu vou. – Harry entregou a caixa do tamanho de 20x10 da qual Severus retirou a tampa e mostrou a todos um quadro de vidro e depois retirou três peças de cerâmica pintadas nas cores verde vermelho e azul misturadas em uma espiral do meio. 
- Lorde Potter-Black, Explique seu presente.  
- A princípio os Potter eram oleiros, a cerâmica fez minha família ser conhecida com Potter, por isso o material escolhido. Quanto ao o que é... – Harry montou as peças como quebra cabeças, sendo que a do meio pareciam ligar as do canto.  – É uma espécie de quebra cabeças. A princípio eu pensei em montar um círculo, mas nós não éramos perfeitos no início. Por isso essa peça do meio é disforme, ela juntou as duas do canto, e se reparar, existem os símbolos das casas Potter e Prince nas peças do canto e Black na do meio. 
- Lorde Potter-Black qual a magia usada no presente?  
- Eu tive a ideia dos Black na verdade. - Harry pegou o quadro de vidro e colocou as peças no centro. -  Essa será nossa árvore genealógica partindo da gente. Nossos filhos serão adicionados magicamente ao redor e seus filhos serão adicionados a partir deles.  Esse quadro também se expande e pensei em coloca – lo no corredor da mansão Prince e uma cópia no cofre Potter. – Harry entregou o presente montado dessa vez para Severus que verbalizou. 
- Eu aceito o seu presente e aceito a sua devoção a nossa futura família. – A magia os circulou e eles sabiam que seu presente foi aceito. Severus se aproximou e sussurrou no ouvido de Harry. – Eu aceito você na minha vida, amor. 
- Ron, fecha os olhos. – Harry disse antes de beijar Severus e os aplausos soarem.  

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