Era meado de abriu quando Lilá e Parvati se aproximaram de Harry, que estava com Neville a espera de Hermione e Ron, na biblioteca. Harry queria deixa-la falando sozinha, mas o olha implorativo de Parvati o impediu. - Você magoou Ron.
- Eu não queria, ok? - Disse triste. - Eu realmente queria ficar com ele, esse contrato estupido não foi culpa minha. Eu só queria fingir que ele não existia.
- E magoou Ron no processo.
- Eu sei. - Ficou em silêncio.
- O que quer de mim?
- Nossa festa de formatura, ainda podemos arrumar? - Perguntou Parvati.
- Posso me retirar da arrumação se quiser. - Disse Lilá.
- Nós já assinamos um contrato, continuem, não quero pensar sobre isso a qualquer minuto. - Lilá assentiu e ambas as garotas saíram de perto.
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Gina estava ficando impaciente. Ela não conseguiu descobrir quem diabos era a namorada de Harry, não conseguiu que ele lhe desse atenção, e sabia que Harry ficaria muito irritado quando descobrisse seu contrato. Ela não queria se casar com ele naquele temperamento horrível.
- Oi. - Se jogou ao lado do seu futuro marido que estava lendo um livro. - Por que está falando com Lilá?
- O que quer? - Harry perguntou sem levantar os olhos do livro e sem responder sua pergunta.
- Te chamar para sair.
- Não, obrigado.
- Por que você nunca me deu uma chance? - Reclamou.
- Talvez por que você não faz meu tipo.
Gina bufou. - Eu sou bonita.
- Você é, - Concordou. - Mas parece minha mãe. Além de ser tão mimada que dá vontade de colocar você nas minhas pernas e surrar sua bunda.
Gina o olhou incrédula. - Eu não sou mimada.
- Se você diz. - Harry deu de ombros e voltou a ignora-la.
- Eu vou descobrir quem é a vadia com quem você está saindo.
Harry levantou os olhos do livro. - Ainda diz que não é mimada. - Rolou os olhos. - E o que vai fazer? Gritar com ela até ficar surda?
- Você deveria se casar comigo.
- Quem disse isso, sua mãe? - Gina ficou vermelha. - Entende que estou com muita vontade de acionar uma medida restritiva contra você?
- Você vai ser meu, querendo ou não. - Gina, por fim, reuniu toda sua dignidade e saiu da sala, querendo ou não ele iria se casar com ela.
Harry assistiu Gina sair e então sentiu uma pontada na barriga tão forte que o fez se curvar.
- Harry? - Neville chamou ao vê-lo curvado. - Está doente.
- Dói. - Disse e sentiu algo escorrer pelo meio de suas pernas, por sorte sua calça era preta, pois o sangue estava sujando suas meias e formando poça no chão. Neville também viu o sangue e o limpou com um feitiço rápido. - Me leve para as masmorras.
Foram momentos bem horríveis. Harry só sentia a dor se espalhar para o resto de seu corpo. Luna os encontrou no meio do caminho e foi lançando feitiço de limpeza.
- Qual a senha? - Perguntou Neville e sua voz parecia nebulosa e baixa. Harry recitou a senha rapidamente em um sussurrou e Neville repetiu mais alto.
Luna o fez se deitar com a cabeça em seu colo enquanto esperavam. Seu marido chegou minutos depois e arregalou os olhos correndo para lareira e voltando com seu médico que o fez tomar algo que cessou a dor, mas não o sangue.
- Vocês não deveriam tentar ter um bebê agora. - Disse rispidamente. - Ele ainda não tem condições de manter uma criança. Obviamente perdeu.
- Eu estava...? - Harry arregalou os olhos. Ele devia ter contado a Severus sobre aquele dia. A poção não faz efeito depois da concepção.
- Não sabiam? - Harry negou, Luna apertou sua mão e Severus esfregou sua perna.
- Ele vai ficar bem? - Severus perguntou ao médico que assentiu.
- Precisa continuar com as poções nutricionais. A poção que dei, vai limpar o útero dele, cama até amanhã pelo menos. Quero ele ve-lo em uma semana. - O médico fez mais alguns exames, deixou algumas poções antes de sair.
Luna escovou o cabelo de Harry para trás, antes de se curvar e beijar sua testa. - Você vai ficar bem, Harry. - Severus substituiu Luna como travesseiro, e seus amigos saíram.
- Nós íamos ter um bebê. - Harry disse lutando contra as lágrimas. Severus o puxou para seu peito e o abraçou. - Eu perdi. - Chorou. - Sinto muito.
- Não foi culpa sua. - Harry apenas assentiu cansado. Ele sabia que não era culpa dele, mas ainda sentia que era. Era cedo demais para ter filhos. Seja agora ou no meio do ano. Não queria ter que passar por isso de novo.
Severus o fez tomar banho e depois dormir, mas o tudo o queria, era esquecer que aquele dia existiu. Porém, antes de fechar os olhos, sussurrou para seu marido.
- Não acho uma boa ideia termos filhos agora.
- Tudo bem, baby. - Severus escovou seu cabelo.
- Isso dói.
- Quer outro remédio para dor?
Harry negou. - Não meu corpo. - Severus o olhou confuso. - Dói perder alguém que eu nem conheci. De novo está acontecendo. Eu odeio isso.
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Harry passou o dia trabalhando no sofá. Doía levantar e Severus deixou que Neville, Luna, Ron e Hermione ficassem com ele. Seus amigos perguntaram como ele se sentia, mas rapidamente mudou de assunto.
- Vou me encontrar com Griselda Marchbanks amanhã, quer vir comigo? - Questionou Harry para Ron.
- O que fará?
- A lei sobre mestrado que ela está propondo. Acho interessante, quero saber mais detalhes, principalmente no que se refere a financiamento em Hogwarts.
- Uma lei sobre mestrados? - Questionou Hermione. - Isso é bem legal. Qual a proposta? - Harry convocou a cópia da lei em questão e entregou para Hermione.
- Minha avó falou que você basicamente chamou todos do ministério de burros. - Disse Neville.
Ron riu. - Foi incrível, Neville. Ele acabou com uma discussão que dura anos em menos de 5 minutos.
- Se as pessoas usassem alguma base sólida para apoiar suas ideias, talvez perdêssemos menos tempo discutindo por coisas inúteis. - Harry se virou para Luna. - As indicações para membro do ICW terminam amanhã, sabe dizer quantas inscrições tiveram?
- Papai disse que houveram nove. Seis foram descartadas por não preencherem o requisito para as vagas. No momento temos Lorde Odgen, Dumbledore, e Setembrina Abalow.
- Não foi essa mulher que sugeriu morte aos Goblins? - Questionou Hermione levantando o rosto do papel que estava lendo.
- Sim, a candidatura dela foi aceita devido as regras, mas ninguém vai leva-la a sério.
- A mulher é uma piada no meio acadêmico. Ainda mais que suas ideias a fizeram perder toda a fortuna familiar. - Disse Neville. - Ao mesmo tempo, isso é triste. - Todos concordaram e continuaram trabalhando em seus exercícios.
- Seus pais acordaram? - Harry questionou a Neville quando terminou a redação de política.
- Não. - Negou. - A médica disse que depois do ataque, foram cerca de quatro meses antes da consciência total. Estão esperando o mesmo tempo.
Harry assentiu e passou para o próximo. Quando viu, já tinha feito tudo o que podia.
- E como vocês está? - Perguntou Hermione assim que terminou o seu próprio trabalho.
- Bem.
- Harry...
- Estou bem, ok? - Seus amigos trocaram olhares preocupados. - Estou cansado. Podem sair? - Harry disse mais como uma ordem e um a um todos foram saindo. Alguns minutos depois, Severus o fez deitar em seu peito e apenas esfregou seu cabelo.
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No dia seguinte, Harry se encontrou com madame Marchbanks em um quarto privado no três vassouras. Enquanto o almoço foi algo bem próximo da tortura, a mulher lhe ajudou a alcançar algumas informações vitais para a construção de algumas leis.
Acontece que Hogwarts, por ser uma instituição pública e que recebe verbas do ministério, deve manter seus registros bancários no setor de consultas públicas em Gringottes. Harry teve acesso apenas as verbas que a escola recebe do ministério.
Ele então acertou algumas de suas dúvidas com a mulher, sugeriu algumas modificações, e assim que se viu livre, fechou os olhos e massageou sua cabeça. O barulho de um copo sendo depositado na mesa e a cadeira a sua frente sendo arrastada, não foram o suficiente para abrir os olhos.
- Dor de cabeça? - a voz de Narcisa disse.
- Algo assim. Madame Marchbanks tem ideias boas, mas sua voz é estridente. - Harry finalmente abriu os olhos e pegou o copo de cerveja amanteigada que Narcisa lhe deu, mas não tomou - Eu estou cansado, acho que vou dormir um pouco.
- Eu também estava cansada quando perdi meu bebê na minha primeira gravidez. Gerar cobra muito de um corpo, quando você perde, parte da sua magia se vai.
- Onde quer chegar?
- É normal estar triste.
- Eu não estou triste.
- Severus disse que fora suas obrigações, você não sai da cama.
- Talvez por que tenha apenas dois dias que eu perdi meu bebê.
- É por isso que estou te dizendo isso agora. Fique triste, mas não por muito tempo. Acredite, eu sei o que é isso.
Harry apertou as mãos. - Você não sabe. - Disse baixo.
- Como?
- Você não sabe. - Disse baixo.
- Acabei de te falar que perdi meu filho, assim como você. Não foi apenas uma vez...
- Eu perdi meus pais, perdi minha infância, perdi um amigo, perdi Sírius, perdi meu mentor, perdi meu direito de escolher e, agora, perdi meu bebê. Eu só perco Narcisa, quando eu acho que ganhei algo na verdade é só mais perda. É horrível perder um filho, mas é ainda mais horrível estar tão acostumado a isso que nem se surpreende. Nem decepciona mais. - Harry se levantou. - Tenha uma boa tarde.
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O contrato
FanfictionHarry conseguiu matar Voldemort na batalha do ministério, mas perdeu seu padrinho no processo. Abandonado pelo mundo bruxo após o evento e sendo obrigado a voltar para casa dos tios, decide que não queria mais aquilo. Ao ir em Gringottes, descobriu...