Severus Snape corria, mas logo parou ao se deparar com a cena no átrio do ministério. Harry Potter lutava com o lorde das trevas enquanto Dumbledore estava caído aos seus pés, Lucius Malfoy estava preso junto com Rockwood e Belatrix Lestrange duelava com Sirius Black. Era uma bagunça total.
Se desviando das pedras e destroços que estavam sendo jogados, ele correu até os homens presos e os libertou. – Você vai acabar com seu disfarce Snape. – Rockwood gritou.
- Essa é nossa chance de acabar com a guerra antes dela realmente começar. – Ele parecia um leão esperançoso, mas definitivamente não iria perder a oportunidade.
Lucius, assim que se libertou, atirou o feitiço de prisão em Belatrix, mas não antes que a mesma também desferisse um feitiço verde em Sirius Black, que caiu morto logo em seguida.
Rockwood prendeu os irmãos Lestrange deixando a única batalha para ser vista, agora por todo um público de funcionário do ministério e jornalistas. – Lucius some daqui! – Gritou Severus - se te pegarem não vão acreditar nessa história de espião de novo. – Lucius assentiu e Rockwood se juntou a ele em sua fuga.
Severus, que agora observava o show de luzes feito entre o lorde das trevas e Harry Potter, suspirou em emoção. Ele podia odiar o garoto, mas se havia uma coisa que tinha que admitir era que a criança era poderosa.
- Avada Kedavra! – Gritou o lorde das trevas ao mesmo tempo em que O-menino-que-sobreviveu gritava um simples feitiço de “Stupefy” os feitiços se acharam no meio do caminho, luz vermelha contra verde, e finalmente a vermelha venceu e o lorde das trevas está a morto para o mundo.
Severus caiu de joelhos com a dor em seu pulso. Finalmente ele estaria livre daquele monstro, não mais tortura ou medo de morrer, só alívio. Ele viu que vários jornalistas estavam tirando fotos de tudo a todo momento, enquanto Harry Potter caia exausto em seu joelho. Respirando fundo, foi até o menino examina-lo, exaustão mágica, como o esperado. A próxima pessoa que examinou foi Dumbledore e tirando o imenso galo na cabeça, estava bem.
- Acabou Potter. – Severus falou despertando o menino de seu choque.
- Eu matei uma pessoa. – As palavras sussurradas da criança o fizeram perceber pela primeira vez que Potter não era seu pai. James Potter estaria se gabando de sua conquista, não lamentando.
- Você salvou a vida de várias outras pessoas, não haverá mais guerra. – Harry o olhou com lágrimas nos olhos.
- Promete?
- Sim. – O garoto se jogou em seus braços chorando e soluçando com uma criança pequena.
- Severus? – Dumbledore o chamou enquanto acordava – O que aconteceu?
- O lorde das trevas se foi – Dumbledore ficou boquiaberto com aquilo, mas sua expressão logo passou para calculista quando viu Potter chorando em seus braços.
- Bem, acho que temos que comemorar não é mesmo? – Severus sentiu que o menino em seus braços ficava tenso e parava de chorar.
- Comemorar? – Aquela única palavra não foi dita com alegria e sim com ódio.
- Sim, claro, a guerra acabou de vez! – Dumbledore nem viu o punho que se aproximou de seu rosto até ser tarde demais e ele está caído no chão com o nariz sangrando claramente quebrado.
Potter não disse nada, apenas se encaminhou para o corpo de seu padrinho e o abraçou. Então começaram os burburinhos, os aurores finalmente começaram a agir e os amigos de Potter correram até ele o abraçando.
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Irritado não chegava nem aos pés do que Harry sentia. Ele estava muito puto com todos. Seus amigos, Dumbledore, a porra do mundo mágico o abandonaram com esses trouxas idiotas assim que Voldemort morreu. Respirando fundo ele pensou. Por que diabos ele estava ali? Não sabia ao certo quanto dinheiro tinha, mas não é possível que não tivesse o suficiente para ficar no beco diagonal durante as férias.
Abriu a porta do quarto e desceu bem lentamente as escadas. Era o quase de manhã e seus tios dormiam. Foi até o armário sob as escadas e abriu a fechadura do jeito que Fred e George lhe ensinaram, pegou suas coisas e saiu pela porta de trás.
Em apenas dez minutos, com ajuda do Noitibus, ele estava no caldeirão furado. Olhou em seu relógio velho e percebeu que era um pouco mais de cinco da manhã. Passou direto pela estalagem e foi em direção à Gringottes. O Banco ficava aberto 24 horas, mas ninguém em sã consciência entraria as 5 da manhã para qualquer assunto, por isso, ele passou despercebido.
Foi ao primeiro caixa que parecia não fazer nada e arranhou a garganta para chamar atenção.
- Com licença? – Chamou. – Com quem posso falar sobre meu dinheiro? – O goblim o olhou com cara de tédio.
- Chave? – Estendeu a pequena mão e olhou sua chave. – Senhor Potter, seu gerente de contas está querendo falar com o senhor a muito tempo. Por que ignorou suas cartas?
- Cartas? – Harry olhou o goblim confuso. – Nunca recebi nenhuma. – Dessa vez a confusão foi do goblim.
- Nenhuma carta? Nem seus extratos bancários?
- Não. – Harry disse irritado. Alguém, e ele sabia exatamente quem, estava pegando suas cartas. Isso explicaria muita coisa.
- Muito bem, venha comigo. Vou leva-lo ao gerente de contas Potter. – O goblim o chamou e Harry o acompanhou até a parte de trás do banco. Eles andaram por alguns corredores até pararem em uma porta de madeira com uma placa escrita algo em uma língua diferente.
O goblim que o acompanhava o mandou esperar do lado de fora enquanto entrava. Não haviam se passado dois minutos quando o mesmo goblim abriu a porta e o mandou entrar.
O escritório em que entrou era imenso, tinha espadas na parede, algumas pinturas de outros goblins, e é uma mesa com duas cadeiras em lados opostos. Em uma delas se encontrava... leu a placa, que estava em inglês dessa vez, Ironclaw, gerente de contas.
- Olá. – Cumprimentou.
- Senhor Potter, a muito venho tentando falar com você.
- Fui informado. – Harry disse sentando-se na cadeira assim que foi autorizado. – O que deseja?
- Suas contas estão uma bagunça. Seu guardião mágico nunca as moveu, na verdade ele o fez perder dinheiro. Não deixou que os aluguéis das casas sob o nome Potter fossem cobrados e não deixou que fizéssemos investimentos.
Harry ficou ainda mais confuso. – Não entendo. Não tenho um guardião mágico. Morrei com a minha tia desde a morte dos meus pais. – O goblim rosnou.
- Dumbledore é seu guardião mágico. – Em algum lugar em sua mente, Harry dizia a si mesmo que era possível, mas a irritação ainda foi forte.
- O que devo fazer?
- A princípio de tudo, o senhor deveria ler o testamento de Sirius Black. Como não recebeu uma carta, creio que não sabe que o testamento já foi lido.
- Não, eu não sabia. – Harry apertou os braços da cadeira até sentir sua mão doer. Dumbledore não tinha direito a nega-lo ouvir o testamento de seu padrinho.
- Muito bem, vou trazer uma cópia para lhe mostrar, mas o importante é que seu padrinho deixou absolutamente tudo para você, com exceção de apenas um cofre que foi para Remus Lupim. Além do mais, ele deixou especificado que você estava emancipado e que por tanto, ninguém teria direito a promover suas contas.
- Então Dumbledore não poderia interferir no que quer que eu fizesse.
- Na verdade, ele poderia. Pois você só será considerado emancipado depois de aceitar seu nome como Black, aí sim, poderá pegar sua emancipação como Potter.
- Podemos fazer isso agora?
- Isso pode ser feito, no entanto, devo alerta-lo para algo, a família Black costuma ter muitos contratos de casamento escondidos, então, se você pegar agora, sem analisar tudo antes, pode ser que você fique preso a um.
Harry parou para pensar nos prós e contras, e decidiu que entre Dumbledore e um contrato de casamento, ele preferia o velho.
- Tem como verifica isso?
- Sim. Irá demorar um pouco.
- Melhor que me ver em um casamento e preso ao velho idiota.
- Decisão sabia senhor Potter. – Eles repassaram todos os contratos não nominais. Todos eles, sem exceção, muitos eram absurdos e facilmente quebráveis por qualquer uma das partes. Harry viu a de seus avós, a dos avós de Ron, tanto por parte de pai, quanto pelo de mãe.
Ironclaw lhe disse que todos os contratos ativos nominais, como o da senhora Malfoy, deveriam ser revisado, pois, muitas vezes, um divórcio mágico era benéfico para ambas as famílias, olhando ao redor, Harry viu que ainda existiam muitos Black, no entanto, apenas mulheres, seus filhos eram nomes surpreendentemente conhecidos para Harry. Draco Malfoy, Crabbe, Goyle, Theo Nott, Marcos Flint, Susan Bones, Analice Digory, da qual Harry não conhecia, mas sabia ser a irmã de Cedric. Havia outros nomes, e Harry entendeu o quão carente de membros masculinos o nome Black se encontrava. Com tudo, ele percebeu que poderia aceitar facilmente o manto Black, afinal, não existiria nenhum contrato que o prenderia pelo resto da vida.
- Isso significa sem contratos, certo? – Perguntou quanto pegaram todos os contratos não nominais.
- Isso é certo. – Ele estalou os dedos e uma caixa apareceu. Ela parecia um cubo pequeno, quase do tamanho de um anel e preta. Ironclaw lhe deu uma faca de prata e cortou seu dedo anelar. – Coloque na caixa, e diga a casa a qual deseja o manto de lorde.
Harry colocou o dedo e disse - lorde Black. - Harry sentiu algo sugar seu dedo, depois aperta-lo. Apenas alguns segundo depois, a caixa desapareceu, e é um anel ficou. Ele era preto com umas imensa pedra verde, que ele achava que era esmeralda, e a inscrição Tou jur puor, era possível ver ao redor.
- Parabéns Lorde Black.
- Obrigada. Agora vou fazer o mesmo com as contas Potter.
- Faça o mesmo com os contratos.
- Muito bem. Mas três longas horas depois, Harry não achou absolutamente nada. Todos os contratos eram nominais, ele viu, que diferente dos Black, a família Potter estava muito próxima de extinção, não só ele era o último membro masculino, como não haviam nenhuma mulher na família. A última mulher Potter, Hera Potter, morreu a mais de 100 anos e estava em um contrato com os Prince. Ela deu a luz a uma menina e morreu, junto com a única provável Potter possível. – É isso, nenhum contrato. – Novamente a caixa apareceu, e como o indicado pelo goblim, Harry pois o mesmo dedo, e em pouco segundo outro anel apareceu. Ele era Dourado, tinha um rubi e leões ao redor.
- Diga para eles se fundirem. – Indicou o goblim é assim Harry o fez. Os anéis de se tornaram metade de cada um, fazendo uma mistura muito estranha de preto e dourado, vermelho e verde.
- Parabéns... – O goblim parou quando o contrato de Hera Potter brilhou e onde os nomes de Hera e Dominus Prince estavam, sumiram dando lugar para Harrison James Potter, Lorde Potter e Severus Tobias Snape, Lorde Prince.
- O que está acontecendo? – Questionou Harry pálido.
- É um contrato renovável. – Disse O goblim analisando algumas cláusulas que apareceram depois. – Ele só mostra certas cláusulas depois do contrato atender as cláusulas principais. Ele deve ter mais cláusulas escondidas.
- O que isso significa?
- Significa que o senhor esta noivo. – Harry olhou novamente o nome do contrato e vomitou na lixeira mais próxima.
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O contrato
FanfictionHarry conseguiu matar Voldemort na batalha do ministério, mas perdeu seu padrinho no processo. Abandonado pelo mundo bruxo após o evento e sendo obrigado a voltar para casa dos tios, decide que não queria mais aquilo. Ao ir em Gringottes, descobriu...