Família

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- Eu deveria ter lhe apresentado o anel há muito mais tempo. - Severus resmungou. 
- A inauguração da outra parte da loja é amanhã. 
- Gostaria de ir? 
- Sim, embora eu não queira ser apresentado aos chicotes. Más lembranças. 
- Um dia você vai me contar como era na casa dos seus tios? 
- Não.  
- Por que não? 
- É algo que quero deixar para trás Sev, não quero ficar pensando por que minha família não gostava de mim. É... doloroso. 
- Já parou para pensar que, talvez, conversar com alguém, torne um pouco menos difícil? 
- Você falou com alguém? 
- Sim. 
Harry o olhou surpreso, pois não esperava por isso. - Tornou menos difícil? 
- Sim. Lucius me fez perceber que o ódio que eu sentia da minha mãe, não era tão grande quanto o meu amor por ela. Ele também me fez me sentir menos culpado por ter comemorado a morte do meu pai. 
- Você comemorou a morte do seu pai? 
- Sim, comemorei dando uma festa de magos na casa dele. O imbecil odiador de magia teve em seu velório magos. Magos que fizeram um velório magico. Em retrocesso, sei que Narcisa só fez um velório mágico para me impedir de me sentir culpado mais tarde. 
- Você disse que se sentia culpado. 
- Sim, eu me senti. Família é uma coisa. Você os odeia, mas ainda são seu sangue.  
- Quando tivermos nossos filhos, farei de tudo para impedir que qualquer pessoa os machuque. 
- Você vai ser um ótimo pai. - Harry deitou com a cabeça no peito de Severus. 
- Eu espero. - Eles ficaram em silêncio. - Sev? 
- Sim? 
- Quando você quer ter filhos? 
- Não sei. Talvez depois que você acabar seu aprendizado. - Respondeu. - Por que? - Harry ficou em silêncio por um tempo. 
- Eu te disse que quero ter uma grande família.  
- Sim. 
- Pensei, não sei, começar a tentar assim que terminar a escola. 
- Não acha cedo? Você estaria em seu mestrado ainda. Quando superou a sua aversão a gravidez? 
- Eu sei. Ainda assim, quero começar a ter minha família logo. Isso é muito importante para mim. E não superei. Morro de medo dessa parte, mas no final teremos um bebê. 
Dessa vez foi Severus que ficou em silêncio. - Eu estarei fora de Hogwarts então vou poder te ajudar. 
- Eu tinha me esquecido completamente disso. Então é melhor, não é? 
- Sim é. - Severus os posicionou de forma a ficarem de frente um para o outro. - No entanto, tenho uma condição.  
- Condição?   
- O que aconteceu essa semana, não vai acontecer novamente.  
- Não vai. Eu juro. 
- Eu quero acreditar em você, mas no momento, não posso. A partir de segunda feira, nós vamos nos sentar e decidir sua agenda de estudos, de encontros e todos os seus muitos compromissos com o ministério. 
- Tudo bem. - Disse em tom neutro. 
- Não vai discutir? 
- Eu quero. Ainda acho que dou conta, e me incomoda qualquer pessoa mandando nas contas da minha família. - Enfatizou o “minha” 
Severus o olhou seriamente. - Isso é por causa de Dumbledore? 
- Em partes.  
- E a parte que não é? 
Harry ficou em silêncio antes de responder lentamente. - Eu não era ninguém antes. Eu era um intruso na casa dos meus parentes. Minhas roupas não eram minhas. Meus brinquedos quebrados não eram meus. Meu quarto não era um quarto.  
- Mas as contas Black e Potter são suas. 
- Na verdade elas não são, não é mesmo? - Harry disse com tanto veneno na voz, que Severus quase se encolheu, mas ao invés disso, sentiu raiva e optou por mostrar ao seu marido, porquê fez o que fez.  
- Levante-se. - Disse afastando Harry e se levantando da cama. - Coloque uma roupa rápido.  
- Por que? - Perguntou cautelosamente 
- Vou te mostrar uma coisa. - Severus terminou de se vestir e chamou um elfo que apareceu instantaneamente. - Avise a Lucius que vou usar a penseira dele. - O elfo assentiu e partiu. - Está pronto? 
- O que vai me mostrar? 
- Eu vou te mostrar, seu Grifinório de cabeça oca, o que eu passei com você essa semana, então depois de ver, se ainda quiser me acusar de te controlar, fique à vontade. - Disse irritado. 
Harry o olhou. Há muito Severus não ficava irritado com ele, desde que se entenderam, para dizer a verdade.  
- Severus... 
- Não. - Cortou. - Eu deixei você sentir raiva de mim pelas coisas que Dumbledore fez, mas agora eu não vou deixar. Você não tem o direito de ficar com raiva de mim, quando tudo o que estou fazendo e tentado te proteger de sua própria estupidez. - Severus não esperou que Harry respondesse, apenas saiu do quarto e esperava ser seguido até o escritório de Lucius.  
- Mestre disse para usar o azul. - Disse o elfo indicando a penseira pequena e azulada em cima da mesa de Lucius.  
Severus retirou sua varinha do roupão que estava e retirou as memórias desde que o encontrou mal em seu espaço privado em Hogwarts. Harry entrou lentamente no escritório de Lucius franzindo a testa. 
- Vai beber? - Questionou ao vê-lo com um copo com líquido ambar.  
- As memórias estão ali. - Apontou ignorando a pergunta. Harry suspirou e mergulhou seu rosto na penseira. Então ele viu Severus desesperado tentando lhe acalmar enquanto ele vomitava horrores e em meio a isso, ele gemia de dor.  
Por fim, viu seu marido deixá-lo sozinho e ir em direção a McGonagall porque era a única que podia lhe dar uma cobertura. Ele também o viu debaixo de sua capa de invisibilidade a noite para ficar com ele. Viu seu diagnostico, exaustão mágica, exaustão física, desidratação.  
Depois a memória mudou. O viu correr para Lúcius conseguir Harry em Malfoy Manor, porque, diferente da versão cômica que Severus tinha lhe contado, a magia os estava empurrando para ficarem muito próximos, e com a exaustão mágica de Harry, só piorava seu estado. Ele também viu que Severus só tinha dormido na noite de sexta para sábado, quando finalmente pode descansar. 
Harry saiu da penseira e caiu em uma cadeira. - Você entende agora? - A voz de Severus soou ainda irritado. - Você me deixou desesperado Harry. Você acha que estou te controlando? É, eu estou, mas não tanto quanto deveria. Seus amigos disseram que você não estava indo almoçar e muitas vezes nem jantar. Eles pesavam que estava comigo, enquanto eu pensava que você estava com eles. 
- Eu não sou criança Severus. - Disse lentamente. 
- Então porquê está agindo como uma? - Rebateu. - Você quer engravidar em seis meses Harry. Como espera manter uma gravidez sem comer?  
- Eu sei que estava errado. 
- Sabe que estava errado e ainda assim se acha no direito de estar com raiva? 
Harry se levantou. - Sim! Eu acho! A vida inteira eu tive pessoas me cobrando o tempo todo e quando eu não sou tão perfeito quanto esperam, sou jogado de lado. Não pode me culpar por querer fazer o melhor para nossa família. 
- Não estou te culpando disso. 
- Então o que? Me diz! Porquê não posso melhorar se não souber onde estou errando. - Harry de repente sentiu que toda a energia se esvair de seu corpo. - Eu quero ser perfeito para você.  
Severus abandonou o copo vazio em cima da bancada e foi até Harry. - Eu quero poder confiar que você vai se cuidar sem eu ter que ficar falando. Você é meu marido Harry, não meu filho. E eu não quero que você seja perfeito, quero que você cometa muitos erros, mas não com a sua saúde. Nunca com a sua saúde.  
Severus pegou a mão de Harry o fazendo se levantar. - Vêm, vamos dormir. Você ainda precisa descansar e amanhã vamos passear de novo. 
----oOo---- 
No domingo de manhã, Severus levou Harry para um parque de diversões. Foi divertido, mas tiveram que voltar para o almoço, e por isso foram ao centro de Londres onde tinha reservas, mas o restaurante estava lotado.  
Como estavam na mesma rua que a sex shop que tinha encontrado na noite anterior, Harry pediu licença a Severus e foi até a loja, enquanto ainda não tinham mesa disponível. Harry entrou na loja e a dona sorriu assim que o viu. 
- Gostou dos grampos? 
- Eu não testei. - A mulher parecia desanimada. 
- Me diz que pelo menos testou o anel. - Harry corou vermelho. - Isso é resposta o suficiente. - Gargalhou. - Então, quer mais alguma coisa? 
- Er... Eu e Severus brigamos ontem.  
- Sinto muito. Quer alguma coisa para fazer as pazes? 
- Acho que sim. 
A mulher bateu com o indicador no queixo, antes de sorrir e ir até uma prateleira de livros e trazer um livro de jogos eróticos. - Segue as dicas desse livro. - Harry sorriu corando e pagou o valor antes de se despedir e abrir em uma página aleatória e viu uma brincadeira simples que poderia ser aplicada imediatamente. 
Severus estava no bar quando Harry se aproximou. - Olá. - Disse com um pouco de vergonha, ele nunca tinha flertado na vida. - Eu estava te observando do meu canto, e achei o senhor muito bonito. - Severus ergue uma sobrancelha. - Posso lhe pagar uma bebida? 
- Eu adoraria que me pagasse uma bebida, mas eu sou casado. - Severus ergueu a mão com sua aliança. 
- Mas seu marido não está aqui. Está? 
Severus sorriu levemente. - Não. 
- E ele deixa você sair sozinho? Não tem medo que alguém possa rouba-lo? 
- Você pretende me roubar senhor? 
- Acho que sim. 
- E o que faria comigo? - Harry se aproximou da orelha de Severus.  
- Faria você ver estrelas. - Severus bufou uma risada.  
- Essa proposta é fascinante. E eu sei se um local que podemos ir para você me mostrar as estrelas. - O maitre se aproximou e lhes informou que a mesa estava pronta. - Vamos almoçar e depois te levo no lugar. - Harry sorriu. Já a mesa, Severus viu a sacola em sua mão. - O que comprou? 
- Não acho que estamos em um ambiente apropriado para isso. - O sorriso de Severus somente aumentou.  
-------- 
Severus os aparatou em um beco próximo a um hotel que tinha uma estética um tanto antiga e meio deteriorada por fora, mas por dentro era magnifico. 
- Onde estamos? 
- Manchester-Royal.  
- Já esteve aqui antes? 
- Sabe quando eu lhe disse que estive com meu avô apenas duas vezes na vida? - Harry assentiu. - Uma dessas foi aqui. Ele não queria ser reconhecido comigo, então preferiu um hotel trouxa de alto padrão. Eu adorei o lugar e sempre disse que iria voltar, mas tanta coisa aconteceu de lá para cá que acabei nunca voltando. 
- Uma pena. - Harry disse e Severus se aproximou da recepção e pediu a cobertura por um dia.  
- Vamos senhor Potter, o senhor me prometeu as estrelas. Promessa é dívida Harry gargalhou e acompanhou Severus até o elevador privado. 
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Theodore Nott, Herdeiro aparente da casa Nott, futuro represente internacional, estava irritado, ou melhor, ele estava furioso. O motivo de sua fúria se chamava Harry “testa-rachada” Potter. Ele tinha a porra de um encontro e não podia, literalmente, ver sua namorada. 
Infelizmente, ele também não podia culpar 100% o testa rachada. Era domingo de manhã e ele estava em casa porque seu avô resolveu que ele deveria se comprometer com alguma menina búlgara qualquer. 
Ela não seria a primeira noiva de Theo. Infelizmente, Theodore Nott trazia azar a todas as noivas a quem já havia sido prometido. Todas as quatro morreram jovens e de formas trágicas. Por isso seu avô resolveu escolher uma sangue puro de outro país, uma vez que sua fama de “anjo da morte” afastaram várias famílias inglesas. 
- Outra? - Questionou Theo entediado e seu avô o olhou em repreensão. - Achei que depois de Amely iriamos deixar isso de lado. 
- Têm alguma outra solução para trazer um herdeiro para casa Nott? - questionou seu avô secamente. 
- Não, mas sei que não quero perder tempo com outra menina cabeça oca da que vai morrer antes mesmo de nos casarmos. - Sua bochecha doeu quando seu avô o acertou. 
- Albena chegará amanhã com seus pais e vocês se casarão imediatamente assim que ela chegar. 
Theo gelou. - Achei que ainda iria assinar um contrato. 
- Vocês assinam na hora do casamento. Não aguento mais ver um desfile de noivas mortas. 
- Eu não quero me casar. - Disse bruscamente. Seu avô o olhou impassível. 
- Parece que lhe dei alguma opção? - Comentou enquanto lhe passava uma pasta onde Theo sabia conter o contrato de casamento. 
- Eu sou o ultimo da linhagem Nott. Não existem primos e os Nott sempre foram filhos únicos. Então eu digo não, eu não vou me casar. 
Seu avô apenas suspirou como se sua recusa fosse apenas um leve incomodo. - Os Nott sempre foram filhos únicos. - Disse lentamente. - É um fato. No entanto, em nenhum contrato Nott assinamos clausulas de fidelidade. - Theo ficou ligeiramente branco. Ele sabia o que o avô iria dizer antes mesmo que dissesse. - Você diz ser o último Nott. Eu digo que você é o último Nott legitimo. Eu sei que sempre rastreei os meus filhos de longe. Atualmente quatro vivos, com esposas e filhos. Tenho até um bisneto. Acredita?  
Seu avô colocou uma caneta em cima da pasta e esperou Theo assinar. Quando viu que o mesmo não fez menção em pegar, continuou. 
- Quando seu irmão nasceu, sua mãe ficou doente e não poderia ter mais filhos. Seu pai ficou ao lado dela fielmente como um cachorro. Então Luciano morreu. - Seu avô olhou para o quadro do menino de 5 anos que tinha em seu escritório. - Tatira ficou louca. Ela pediu a rejeição de seu contrato, mas sua família prometeu repudia-la. - Theo somente ouvia impassível aquele discurso não entendendo onde seu avô queria chegar. 
Depois de dois anos, Tatira resolveu que queria um bebê. Ela obviamente não podia ter e seu pai se recusava a se deitar com outra mulher sem o consentimento de Tatira. 
- Minha mãe obviamente pode ter outro filho. 
- Eu discordo de você. - Disse tranquilamente e Theo arregalou os olhos. - Tatira um dia chegou com uma trouxa qualquer que se parecia com ela. Seu pai a engravidou e nove meses depois, você estava aqui. 
- Você jamais aceitaria isso. - Disse com uma mistura de horror e incredulidade. 
- Obviamente não. - Concordou. - Infelizmente, quando descobri que Tatira e meu filho estúpido tinham feito um ritual de adoção sanguínea em você, já era tarde demais. Eles estavam mortos e você estava noivo pela segunda vez e com anel de herdeiro. A magia da família já o tinha aceitado. Como sua magia era forte, não deixei que esse fato fosse relevante, obviamente, se você não aceitar esse contrato e se casar com a menina búlgara amanhã, então o descartarei bem rápido, e pegarei algum de meus filhos e o nomearei como herdeiro. 
Theo pegou a pasta e a abriu tremendo enquanto lia o contrato. Ele era bem simples, sem clausulas escondidas. A menina, Albena, era três anos mais nova, sua escolaridade seria completada em casa e era esperado ao menos um herdeiro no próximo ano.  
Albena era bonita, cabelos escuros, pele branca, olhos verdes, mas terrivelmente magra para uma menina de quatorze anos. Ela na verdade parecia uma menina vestindo roupas da mãe para parecer mais velha. O que mais chamou a atenção de Theo, foi o terror se seus olhos. Terror esse que tinha em seu próprio rosto. 
Ao lado da menina, uma acompanhante tinha cabelos loiros e cacheados. Seus olhos marrons também carregavam um misto de ansiedade e desespero. Claramente a acompanhante também não gostava o fato de a menina estar sendo vendida, o mesmo olhar que Hermione daria se soubesse de alguém na mesma situação. 
Hermione. Theo queria que fosse sua namorada oficial, mas não podiam sair em público por conta de seu avô, mesmo que metade de Hogwarts já soubesse. Theo havia arranjado um quarto com madame Rosmerta que iria lhe ajudar a se encontrar com Hermione, mas o “testa rachada” a colocou em contenda. 
- Não tenho a vida inteira. - Seu avô disse e levou a taça de vinho, outrora esquecida em cima da mesa, a boca. 
- Ela é muito jovem. - Foi tudo o que disse.  
- Melhor. Assim não corremos o mesmo erro que Tatira. - Seu avô terminou de beber e se levantou indo em direção a adega que tinha em seu escritório, e aquilo foi a oportunidade perfeita para Theo deslizar o conteúdo transparente de um vidrinho dentro do copo. 
- Por que amanhã? 
- Concordamos que sua sorte com noivas é terrível. 
- Ela só será mais uma. 
- Não se casarem rápido. 
- Ela pode nem chegar viva a Inglaterra. - Seu avô sentou-se em sua cadeira e rapidamente abriu a garrafa e colocou o vinho no copo. 
- Eu vou arriscar. - Bebeu o vinho lentamente. Theo desviou o olhar para a pasta e continuou lendo; 
- Filhos em um ano. Ela só tem 14! 
- Fará 15 em breve. - Seu avô bebeu outro gole. - Ela poderá seguir o estudo...- Parou de falar e pôs a mão no peito fazendo careta de dor. - Ela não vai trabalhar de... - Seu avô ficou pálido e começou a ofegar. - Chame um curandeiro. 
- O senhor está bem, avô? - Perguntou calmamente. 
- Chame um curandeiro. AGORA! - Gritou, mas Theo apenas o olhou calmamente e, percebendo a calma do neto, Nott Senior sentiu-se ainda mais nervoso. - Você fez isso? 
- Fazer o que? Te dar essência de valeriana? Por que faria isso? 
- Desgraçado de sangue ruim! - Disse e agarrou a frente de suas vestes, mas uma nova onda de dor o atacou. 
- Essência de valeriana é incrível, não é? - disse lentamente. - Ela pode parar o coração de um cavalo e não deixa vestígios. - Theo se levantou. - E foi até o bar pegar uma taça antes de pegar a garrafa e despejar na taça e beber. - Vou ficar aqui até ter certeza que está morto, e então vou voltar para a escola e quando receber a notícia, me encarregarei pessoalmente de trazer de volta a grandeza da casa Nott. 
Theo se levantou quando seu avô tentava desesperadamente respirar enquanto o olhava. - Só para você saber, eu vou me casar com Hermione Granger, a sangue ruim amiga de Harry Potter e teremos um monte de filhos com sangue de lama. - Theo viu o exato momento que seu avô morreu. Colocou a mão no peito para ter certeza. A falta de batimentos cardíacos foi uma alivio. Agora só precisava convencer o “testa rachada” que ele realmente gostava de Hermione.  

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