Encontros fortuitos

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O primeiro de agosto foi com Eleonora e Elena Digory abrir um cofre de confiança para a segunda geração Black. Ele também as acompanhou para comprar os materiais escolares. Em seguida, Harry almoçou com Lilá e Parvati tanto para lhes pagar quanto para contratar novamente os serviços delas para o casamento de Remus e Tonks.
A tarde foi passada com três gerentes goblins revisando as finanças. Harry viu que as contas Prince estavam indo muito bem. As contas Black estava rendendo os juros que a muito não rendiam e as contas Potter estava se recuperando do impacto das decisões de Dumbledore.
A noite ele dedicou um tempo para reponde os convites de Amélia Bones e Xenófilo Lovegood. Depois jantou com os Malfoy e Hermione que ainda estava tomando aulas de etiqueta, por fim, apesar de exausto, Harry foi para Grimmald Place e começou a planejar seu presente de cortejo, do qual ele teria exatos dois meses para fazer e entregar a Severus, e por fim, a pra finalizar o período de namoro, ele deveria cozinhar para a família do noivo, ou seja, os Malfoy.
Assim foi sua rotina até o dia 13 onde em um pequeno café trouxa próximo ao ministério foi seu local de encontro com Lovegood e Bones.
Harry inicialmente queria um encontro com os dois separadamente, mas ao que parecem, ambos estavam em contato e solicitaram sua presença ao mesmo tempo.
Madame Bones entrou no café junto com Lovegood. Ambos o localizaram imediatamente e se aproximaram ao mesmo tempo em que Harry solicitava uma atendente prestativa que anotou seus pedidos e foi embora.
- É então. Vamos conversar. – Harry disse ao silêncio dos dois e os viu lançar feitiços de privacidade.
- O primeiro e mais importante fato que estamos deixando claro é seu não apoio a Dumbledore. – Disse Lovegood e Harry assentiu. – Com isso claro, devo dizer que a câmara dos comuns está em um impasse. Dumbledore só se importa com essa parte do governo quando lhe convém, porém sua garantia de apoio das casas Potter o fez ficar sem pessoas realmente apoiantes nele, no entanto...
- Vocês não querem mexer com a casa Potter, correto?
- Não quando ela está ligada às casas Black, sua recente amizade com a casa Malfoy e Luna me afirmou que de alguma forma você seria herdeiro do atual Lorde Prince, e considerando o atual proxy com Lady Longbottom...
- Endendo, então, qual a sua solução?
- Existem três soluções possíveis que vemos... a primeiro e arrancar Dumbledore de vez do poder assim que houver as eleições, isso é claro dependendo de quem estará presente.
- Existe algum rumor?
- Fudge é claro, então temos Rufus Scrimgeour, pior decisão de todos, ele não tem um pingo de veia política, mas ainda não gosta de Dumbledore então podemos tentar conversar com ele.
- Eu retirei minha candidatura. – Disse Amélia, então Dumbledore está incitando seu amigo Diggle a entrar.
- Decisão idiota, um pequeno recado para uma certa jornalista e teremos Diggle difamado por roubo.
Amélia deu um rápido sorriso - Imaginei que diria isso, agora, temos outro candidato que é preocupante. Pio Thicknesse, não era abertamente um comensal da morte, no entanto ele está sobre investigação.
- Quais casas o estão apoiando abertamente?
- Esse é o problema. – Disse Xenófilo. – Não sabemos, o que torna as chances de matarem Fudge e Rufus muito fácil.
- Ele não conseguiria matar todos os candidatos sem chamar a atenção...
- Não, mas ele conseguiria matar um.
- Então Diggle fica até um dia antes da eleição. – Supondo que Fudge seja eleito, ele retirar Dumbledore de primeira. Quais as consequencias?
- Revolta popular. – Harry acenou.
- Imaginei. Segunda opção?
- Sugerir algumas sabotagens...
- Poderíamos ser descobertos.
- Terceira opção é a mais viável...
- Destruir a imagem dele. – Disseram juntos.
- Luna, em sua peculiaridade, me falou que desde a morte de seu padrinho, você tem feito boas escolhas.
- Querem que eu use minha imagem?
- Correto. – A garçonete trouxe seus pedidos e foi embora. – Agora, quanto a ICW...
- Fudge deve todo dia primeiro do ano eleger dois representantes que deverão ser apresentados ao público.
- A câmara dos comuns tem alguém?
- Tibérius Odge. Ele está na bancada neutra, tem ótimas propostas além de ser um estudioso político bem reconhecido no exterior. Ele também substituiu Dumbledore em algumas crises, como quando Hogwart teve um surto de Dragon pox e ele não poderia ir para nenhum compromisso. Tibérius representou a Grã Bretanha e foi bem elogiado pelas revistas estrangeiras.
- Nunca o conheci. – Harry coçou seu queixo. – O que diriam os Jornalistas se vissem o menino que sobreviveu elogiar ele?
- Eu acho que seria de bom tom se esse jornalista fosse estrangeiro. – Disse Amélia. Eu vou lhe enviar alguns artigos da época e do jornalista em questão. – Eles continuaram a falar, mas o mais importante que Harry percebeu foi que ele tinha aliado em locais que nunca procurou.
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Severus estava em Malfoy Manor quando as cartas de Hogwarts chegaram. Os Sextos e Sétimos anos geralmente recebiam cartas mais tarde pois, além de seus livros normais, tinha livros complementares, e em alguns casos, um pouco mais de materiais de poções, roupas de duelo para defesa... em resumo, eram os anos mais caros para se estudar.
Harry iria com seus mesmo amigos do ano anterior, a única diferença era que esse ano iriam sem seus responsáveis, com a única exceção de Narcisa Malfoy.
Quando Harry chegou no caldeirão furado, para sua surpresa, o homem que ele queria conhecer passava pela porta que dava para o mundo trouxa.
- Tibérius Odge? – Falou mais alto do que pretendia e chamou atenção não só do homem quanto das pessoas em volta. – Desculpa. – Disse mais baixo para Odge que o olhava com a sobrancelha arqueada.
- Não sabia que me conhecia Lorde Potter-Black.
- A arte da política, econômica para leigos, verdade incontestável da política sócio – economia do influxo de nascidos trouxas para o mundo bruxo. Não tem como não te conhecer senhor.
- Leu alguns dos meus livros.
- Sete deles para ser exato, e estou muito feliz que a aula de economia em Hogwarts mantenha três dos que eu já pretendia ler, como leituras extras.
- Interessante. – O homem o olhou. – Soube que entregou o proxy de um de seus acentos.
- Tudo temporariamente. A escola é muito importante no momento.
- Então as decisões da casa Black...?
- Inteiramente minhas é claro. Lady Narcisa é minha porta voz e como tal apenas respeita minhas opiniões.
- Você é interessante Lorde Potter-Black. Gostaria de tomar um café antes de retornar sua escola?
- Eu adoraria. – Tibérius prometeu lhe enviar uma coruja antes de se afastar para seu compromisso.
- Quem era aquele Harry? – Questionou Hermione e Harry quase saltou em susto. Quando olhou para trás, todos os seus amigos estavam.
- Tibérius Odge.
- Tibérius Odge? O cara que você só faltava pedir em casamento? Aquele Tibérius Odge?
- Você precisa admitir que o cara é um gênio. – Resmungou.
- É, ele é! – Hermione sorriu e o puxou para a entrada do beco.
Hermione foi puxada por Narcisa para um lado do beco diagonal e Gina e Luna a acompanharam. Harry Puxou Neville e Ron para uma loja de roupas bem mais longe que madame Malkin.
- Por que estamos aqui Harry? – Perguntou Ron.
- Ternos de Padrinho. – Ron o olhou sem entender. – Casamento da Tonks e do Remus.
- Ouvi meu nome. – Lupim passou pela porta.
- Claro. Como seu padrinho tenho obrigação de ver sua roupa.
Madame Aubrey apareceu e dessa vez lhe deu um olhar aprovador. – Muito bem, quem é o noivo, o padrinho, e os convidados.
- Madame, solicito o silêncio da casa Nobre. – A mulher rapidamente pegou sua varinha e fez um juramento ande de lançar feitiços de silenciamento e fechar a loja. – Só faltou um. – Harry pegou sua varinha e lançou feitiços de revelação para caso de um certo besouro aparecer. – Tudo limpo. Agora, Remus aqui vai casar em agosto e eu serei o padrinho.
- Minhas felicitação senhor. – A mulher se curvou levemente.
- E eu me casarei em Dezembro. – A mulher arregalou os olhos.
- Entendo sua descrição.
- Remus entrará comigo com família. Ron e Neville serão meus padrinhos.
- Eu sou? – Questionou Neville.
- Claro.
- Então duas vestes padrões de casamento para todos aqui. – Ela convocou um livro. – Lorde Potter, como o senhor aqui presente estará lhe acopanhando, o senhor é um portador, estou correta?
- Sim. – Harry respondeu ao mesmo tempo em que Ron se engasgava.
A mulher lhe entregou um livro. – Portadores tem roupas tradicionais um pouco diferentes. – Harry abriu o livro e quase o queimou. Ele teria uma espécie saia que ia do centro do peito até os pés e um colete que era aberto dos lados.
- Não gosta, correto? – A mulher perguntou vendo sua careta.
- Nem um pouco.
- Imaginei. Podemos consultar Lady Malfoy.
- Mas continuará a mesma saia. – Harry fez uma careta. – Acho melhor fazer logo. Só não sei qual cor usar.
- Serão três. A cerimônia exige um branco, a festa um preto, e você deverá vestir um vermelho antes de sair para sua lua de mel.
Harry foi o último a ser medido/torturado por uma fita métrica. Ele comprou mais uma capa para o inverno antes de sair da loja e ir em direção ao banco onde as mulheres esperavam.
- Sério Harry, você não deveria me comprar jóias.
- Comprou a pulseira? - Harry perguntou ignorando Hermione.
- Claro. – Respondeu Narcisa. – É obrigada pelo lindo cordão. – Harry revirou os olhos.
- Ok, preciso pegar duas jóias no meu cofre e já volto. Alguém mais vai? – Ninguém iria, então Harry entro rapidamente e voltou poucos minutos depois com dois broches. Um para Hermione, representando a proteção da casa Potter e outro para Narcisa representando a casa Black.
Depois dali, todos andaram por todo o beco correndo atrás de todos os materiais escolares. Com o emprego de verão de Ron, ele comprou seu material e o de Gina.
O dia acabou com Harry tendo que carregar algumas sacolas por que mesmo com os feitiços de encolhimento, haviam muitos livros para encaixar em seus bolsos.
Durante o jantar Hermione levantou uma questão que ele se amaldiçoou por ter esquecido.
- Gina ficou me olhando de uma forma estranha. Achei que era ciúmes por estar me comprando jóias, mas ela disse que quando chegasse a vez dela, escolheria um por dia.
- Não é a primeira vez que vejo Gina agir estranho assim. Eu sei que Dumbledore não fez nenhum contrato para mim, então acho que seja o que for, ela vai tentar esse ano.
- Você não acha que ela te daria poção do amor, não é?
- Eu torço para que não. Ela pode ser irmã dos nossos amigos, mas não vou hesitar em manda – la para Askabam se o fizer.
- Não seria muito cruel?
- Estupro é cruel Hermione. Mandar um estuprador pra cadeia e justiça.
- Tem razão.
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No dia seguinte, duas coisas aconteceriam. A entrevista de Hermione no ministério, por que aparentemente todos os que queriam seguir carreira política no ministério precisariam ser entrevistados um anos antes, Hermione poderia encher a boca para alegremente dizer sobre suas notas, suas duas línguas extras, seus contatos e sua recente promoção a monitora chefe junto com Draco.
A segunda coisa que aconteceu foi seu convite para um lanche da tarde no Paladino, uma espécie de confeitaria gourmet, com Tibérius Odge. Harry estava no céus por isso, apesar dele conhecer Lorde Odge apenas a poucos dias, pois nunca prestou atenção aos autores dos livros e artigos que ele escreveu, e só foi perceber depois da conversa com Lorde Lovegood e Madame Bones.
Harry, com ensinado por Narcisa, chegou no minuto exato marcado por Lorde Odge. A confeitaria parecia um clube de poker, onde homens de negócios bebiam, fumavam... e comiam bolinhos.
- Wiskey? – Perguntou Odge quando Harry se aproximou.
- Posso ser um lorde de duas casas e maior de idade, mas ainda estou na escola.
- Boa resposta garoto, já pedi um chá para nos dois. Agora, sua reação parecia de um fã. – Harry coçou o pescoço embaraçado.
- Digamos que eu não tenha reparado que os meus sete livros favoritos são escritos pela mesma pessoa até seu nome surgir em uma conversa. – O homem ergue uma sobrancelha. – Madame Bones e lorde Lovegood me disseram sobre sua atuação na ICW e bem... fiquei pensando, por que não um trabalho integral? Claro que isso poderia ser um opção de senhor... mas sinceramente, não consigo imaginar esse fato.
O homem o olhou o analisando e quando falou, parecia medir as palavras. – Dumbledore é um herói de guerra, e querendo ou não, Grindelwald causou estragos mundial, ao ponto que o atual Lorde das trevas, não. Ter o rosto dele como representante da Grã Bretanha parecia óbvio.
- Então podia tirar algumas fotos pro jornal. – Harry disse. – No entanto, política não se faz com modelos. Você não pode pedir que um trouxa de aulas de magia então não se pode pedir que um diretor de escola, mestre em transfiguração e que não sabe gerenciar os próprios recursos represente a ICW, onde assustou econômicos e defesa são apresentados todos os dias.
- Não sabe gerir os próprios recursos?
- Digamos que tenho minhas fontes.
- É suas fontes lhe dizem como Dumbledore é influente com as massas?
- Minhas fontes me dizem que Dumbledore tem sido enganado pelo profeta diário. Muitos pessoas podem até o admirar, mas são poucas com real poder que ainda mantém essa... "admiração" – Sacudiu a cabeça. – O que está sobre a mesa é, Dumbledore usou minha imagem por mais de uma década, a câmara dos comuns não queria ir contra mim, considerando que eu era o único a ir contra Voldemort e no momento, elas ainda pensam que ele pode voltar e não querem mexer comigo
- Você quer usar esse medo para...
- Acredite em mim, só quero um mundo mágico justo. Não quero soberania de sangue, e quero que todos os bruxos estejam seguros. Graças a Dumbledore muitos pensam que o os trouxas são inofensivos, mas eles não são. – Harry sorriu. – Você mesmo pensam isso.
- Me diga, qual foi meu erro?
- Você disse que Grindelwald foi responsáveis por muitas mortes. Ele não foi tanto quanto pensa. Durante a ascensão dele, os trouxas estavam em guerra. Uma guerra terrível que envolve toda a Europa, Estados Unidos, parte as Ásia e África. Quando estava estudando para meus NON’S em história, percebi que muitos bruxos não sabe, sobre isso. Talvez a alta parte do governo saiba, mas não a população geral que era informada dia após dia das mortes e achavam que foi apenas um homem, quando na verdade eram países inteiros.
- Uma guerra mundial trouxa? - Perguntou chocado.
- Permita-me te corrigir. Uma segunda guerra mundial trouxa. Tivemos duas grandes guerras na Europa e ninguém percebeu. Principalmente por que a primeira por que não afetou as partes bruxa com tanta intensidade mas eu pesquisei lorde Odge, a mansão da família Khalifa não explodiu por um acidente.
- Trouxas?
- Sim. Uma bomba jogada de um avião. – Quando o homem o olhou confuso. – É um meio de transporte trouxa que voa. Ele pode carregar pessoas, ou no caso da primeira grande guerra, bombas. Inclusive, os Estados Unidos criaram uma bomba que explodiu duas cidades japonesas e queimou tudo e todos a sua volta.
- Não me diga que foi Hiroshima e Nagasaki? Não, você deve está errado! Mataram um bruxo por utilizar o fogo maldito nas duas cidades.
- Então mataram um homem inocente. Existem imagem do momento em que as bombas foram explodidas.
- Os trouxas são um perigo.
- Sim eles são, e também são muitos, por isso precisamos ter cautelas e políticas para nossa proteção.
- E Dumbledore quer nos revelar...
- Olha, eu não quero que haja um massacre de trouxas, ok? Precisamos dela em outras questões, principalmente para renovação do sangue, mas não podemos trata – los como coelhos fofos quando não são.
- Você quer me apoiar pra ICW? Eu só posso fazer muito, afinal representar significa passar os pensamentos da população. Dumbledore também tem o cargo de...
- Se depender de mim, ele só vai ter o cargo de Diretor por mais um ou dois anos. Ele está velho afinal.
- Você deseja aliados Lorde Potter-Black?
- Sim...
- Então me deixe passar suas opiniões, com cautela obviamente, a frente.
- Desde que não pareça que quero exterminar os trouxas, então fique a vontade.
- Não se preocupe, não iria torcer suas palavras.
- Bom, por que querendo ou não, ainda sou o menino que sobreviveu. – Harry sorriu inocentemente.

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