A seção foi curta. Uma única lei foi proposta antes do almoço e, por isso, todos foram liberados ao meio dias. Harry pegou sua filha do colo de Zabini, a impedindo de continuar a ser passada de mão em mão. Percy se aproximou deles com Gina a reboque, e pelo rosto, parecia muito infeliz.
- Não pensei que fosse deixar a luz. - Harry disse a Percy.
- Não estou muito contente com eles no momento.
- Porque os sem partido?
- Weasley sempre foram da luz, não neutro ou escuros. Os sem partidos parecia uma saída boa.
- Justo. Fez um grande espetáculo.
- Ele fez bem mais do que isso. - Gina resmungou.
- Sem reclamações agora, Gina. O anúncio foi estratégico.
- Minha vida não é estratégica! - reclamou. - Eu te disse, Percy! Eu quero trabalhar.
- Ah! Quanto a isso não se preocupe. - Disse Harry.
- Você sabia disso? - Perguntou surpresa.
- Claro! Fui eu quem fiz seu contrato.
Gina estreitou os olhos. - Isso é algum tipo de vingança? Eu sei que fui...
- Uma vaca? Mimada? Infantil? Egoísta? Cretina? Um tanto psicopata? Completamente sem noção?
- Eu mereço isso, mas não precisa humilhar. - resmungou enquanto todos ao redor tentavam não rir.
- Vingança nessa altura do campeonato seria muito mesquinho. - Disse. - Sem falar que é um bom contrato, você não vai precisar se casar em menos de três anos, uma criança não é exigida até ter pelo menos 28, e caso deseje, tanto você quando ele podem quebrar o contrato antes do casamento, sem danos. Você terá tempo, apenas saiba que estará representando duas casas e qualquer coisa ruim que faça será castigada por ambas.
Gina mordeu o lábio. - Ainda assim, custavam me avisar? - Antonin se aproximou deles. - Você também! - O cutucou.
- Em minha defesa, ia te contar hoje. - Gina o olhou. Ele não contou por conta de seu pesadelo.
- Me leva para almoçar e está perdoado. - Antonin sorriu e Percy assentiu um consentimento antes de ambos partirem.
- Não sentiu nenhum velho intrometido te seguindo? - Perguntou Theo. - Achei que ele estaria em seu pescoço antes mesmo de nós liberarem.
- Ele saiu correndo. - Disse Ron. - Acho que foi para o pai.
- Espero que não façam escândalo hoje. - Suspirou. - Vou para casa, hoje o dia será longo.
Harry assistiu vendo Percy sendo acompanhado por Ron e Zabini. - Só uma coisa que não entendi. - Disse Hermione. - Por que Malfoy parecia estar chupando limão hoje?
Theo riu. - Por que ele não poderá antagonizar Arthur Weasley sem parecer um babaca. Antes ele tinha uma desculpa perfeita, não mais.
Hermiome revirou os olhos. - Isso é tão infantil.
- Estamos falando de Lucius? - Severus se aproximou com o filho no colo. - Porque eu juro que ele só falta bater o pé.
- Além do mais, Weasley é uma família mais antiga que Malfoy. Teoricamente, o Status de Percy e melhor do que Malfoy.
- Dê um tempo. Ele acabou de perder seu brinquedo favorito. - Agnes se aproximou deles. - Eles acordaram. - Disse. Harry a olhou confuso até entender a quem se referia. - Tentei te dizer antes da seção.
- Seu filho? Uau. E como estão.
- Meu Frank me reconheceu. - Disse rígida, ainda que parecesse emocionada. - Alice ainda estava muito cansada, mas também me reconheceu, eles sabem que passou muito tempo, mas não sabem dizer o quanto. Perguntaram por você.
- Neville já sabe?
- Sim, ele está voltando. Deve chegar em breve. - apertou a mão de Harry. - Obrigada pela sugestão. - Agnes fez uma pequena inclinação com a cabeça antes de partir.
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Albus sabia que todos o viram correndo. O que diabos aquele menino fez? Ele sempre se apoiou na família Weasley. Nigellus era um bom amigo e seu apoiador, até ficar doente e passar seu título para Septimus. Esse, discordava publicamente dele, ainda que o apoiasse em grande parte dos assuntos.
Então ele se casou com Cedrella Black que o influenciou de diversas formas, incluindo quando a questão era abrir seu mundo para os trouxas. Quando seu filho mais velho morreu, Dumbledore se viu na obrigação de influenciar Arthur para seu lado. Não foi difícil. Arthur estava em um contrato com Dionísio Zabini, que era agressivo e manipulador. Arthur tinha pânico dele, apesar do homem parecer sempre estar feliz quando seu noivo estava por perto.
Ainda assim, usou o medo para ajudá-lo a encontrar uma nova pessoa, obviamente Molly não seria sua escolha, na verdade Albus queria que ele ficasse com Andrea, que era flexível e amante de trouxas quase ao nível atual de Arthur, mas, para sua infelicidade, veio a morrer muito cedo.
Albus é claro não ficou muito chateado com o casamento dos dois, ele nem precisou interferir muito. O bullying constante dos colegas de quarto de Arthur garantiram que o, antes menino, tivesse horror a qualquer coisa gay e Albus apenas o incentivou.
Septimus ficou horrorizado com as atitudes Arthur e o deserdou. Albus nunca amaldiçoou tanto alguém. Tentou falar com Nigellus sobre a atitude de seu herdeiro, mas o homem estava tão doente, que mal se mantida acordado. Septimus, influenciado por Cedrella fez seu testamento de forma com que Arthur somente tivesse direito a algo, caso parasse de apoia-lo, algo que não poderia permitir.
Arthur quase o fez, se não fosse por Molly, e a chantagem que usou para faze-la cooperar, ele teria perdido toda aquela influência que eles nem sabiam que tinha. Os Weasley eram uma casa antiga e nobre, seu status estava acima de Malfoy e quase se equiparando com Black.
Albus fez seu jogo, esperou que o menino mais velho entrasse no ministério, mas o covarde fugiu, seguido do próximo filho, de jeito algum permitiria que Percy fosse o próximo lorde Weasley, ele era contra Albus, os gêmeos eram desperdício de espaço então sobraram os dois mais novos.
Ronald era uma opção fraca. O menino era inteligente, porém preguiçoso e muito ambicioso. Obviamente o dinheiro fez muito mais falta aos mais novos. Porém ele tinha um bom ponto, amigo de sua arma. Ele influenciou indiretamente Harry Potter para tudo o que ele queria que o menino que sobreviveu fosse.
Albus poderia culpar a morte de Voldemort, mas não, a culpa era de Sírius e de Petunia. Quando ele disse para diminuir o assédio com o garoto, ela não o ouviu. E então Potter fugiu, não mais sentindo medo de ficar em casa, e Sírius, o filho da puta garantiu que ele tivesse a liberdade que queria.
Quando Harry começou a influenciar o Ronald, as coisas pioraram. Ginevra parecia querer desistir de seu plano, apesar de sua obsessão óbvia pelo seu herói. Um pouco de compulsão e pesadelos recorrentes a fizeram cooperar. Se não fosse a droga do acampamento e a falta de drogas e compulsões, ainda teria aquele casamento e um filho Potter, com um provável núcleo leve, coisa que Harry não teria de forma alguma com Severus.
Aparatou na toca e respirou fundo. A raiva subia por sua garganta. Arthur, aquele incompetente, tinha uma única missão, garantir que sua família o seguisse e o casar Gina com Harry, mas não, ele tinha que colocar terror em todos os filhos os fazendo renegar seu nome.
- Diretor? - Molly abriu a porta estranhando o fato dele estar na porta e não bater. - Algo aconteceu?
- Arthur está?
- Sim, na garagem. Entre, vou chama-lo! - Molly permitiu sua entrada enquanto ia para os fundos chamar Arthur.
- Diretor. - Arthur cumprimentou sério. - O que quer?
- Arthur, não seja grosseiro! - Brigou Molly. - Quer um chá diretor?
- O diretor não vai demorar muito, Molly. - Disse Arthur. - Nós vamos conversar no meu escritório. - Andou na frente em direção ao escritório não se importando em verificar se era seguido. Sentou -se em sua cadeira e logo em seguida Albus entrou fechando a porta atrás de si.
- Acho que já sabe da novidade.
- Eu recebi a notificação do banco.
- Sabe sobre a mudança de assentos?
- Não estou me importando realmente.
- É quanto ao noivado de Gina?
- Como eu disse, não estou me importando.
- Não entendo sua atitude. - Arthur o encarou.
- Vamos colocar assim: Meu contrato com você nunca foi válido. Sabe, compulsão não permite contratos válidos. - Albus o encarou em silêncio. - Acontece que me pergunto quais das minhas muitas atitudes foram baseadas em compulsão. - Ainda em silêncio. - Sei que ficar com Molly foi consensual, mas não o casamento. Eu não me casaria com aquela mulher desprezível nem por uma criança, que aliás, nem sei se é minha.
- Está insinuando que ela mentiu?
- Quase certo. Refiz as contas. Não bate. Will teria nascido três semanas mais tarde, se fosse o caso. - Ambos os homens apenas se olharam por um tempo antes de Arthur quebrar o silêncio. - Então veio meu desprezo absoluto por Dionísio. Eu não me engano achando que casaria com ele, nunca quis um homem, mas não o desprezava tanto quanto me lembro.
- Está me culpando, Arthur?
- E o contrato de Gina? - Continuou ignorando a pergunta. - Aquele com toda a certeza foi o estopim. Eu nunca assinaria algo daquele tipo. Principalmente não por Gina. Uma das poucas crianças que tenho certeza serem minhas. Ronald, os Gêmeos, William. Esses eu gostaria de saber quem são os pais. Duvido até que sejam o mesmo homem.
- Como pode ter tanta certeza?
- Sou bom em matemática. A gravidez sempre aparecia quando em pensava em manda-la embora, sempre depois de uma briga e de ficar uma semana longe.
- Não sei onde quer chegar com essa conversa...
- Percy é o novo lorde Weasley, nosso contrato anulado. Não quero mais sua presença perto de mim ou da minha família... ou o que restou dela. Em breve serei um homem solteiro de qualquer forma. - deu de ombros. - Eu tenho muitos segredos seus na mala, Albus Dumbledore, alguns que me colocariam em ar puros, mas não tanto quanto a você.
- Está me ameaçando?
- Estou lhe dando um aviso. Vá embora e esqueça que eu e minhas crianças existimos. - Albus o olhou e se levantou.
- Você vai se arrepender disso.
- Eu já estou. Você não tem noção no inferno em que estou. Muito por minha própria culpa é teimosia, admito. Mas, agora, eu gostaria de beber e te amaldiçoar por toda a eternidade. - Albus aparatou deixando Arthur sozinho. Uma foto foi retirada da gaveta da mesa. Três meninos, Dionísio, Andrea e Arthur. Os gêmeos Zabini com 12 anos e Arthur com 10, antes de Hogwarts. - Seu maldito, covarde! Muito disso é culpa sua! Amigos a tanto tempo e me escorraçou por seus novos amigos e depois não reparou os sinais. A culpa é toda sua! Ainda me cobra um herdeiro. Nem para me dar um homem, ao invés disso, uma merdazinha chorona. Queria Charlie morto junto com você. - Amassou e jogou a foto longe. - Queime no inferno, desgraçado!
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Só para não ter dúvidas.
O fato de Arthur dizer que Will, os Gêmeos e Ron não são seus filhos, Não quer dizer que não sejam, ele apenas ACHA que não são. Ele NÃO TEM PROVAS.
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O contrato
FanfictionHarry conseguiu matar Voldemort na batalha do ministério, mas perdeu seu padrinho no processo. Abandonado pelo mundo bruxo após o evento e sendo obrigado a voltar para casa dos tios, decide que não queria mais aquilo. Ao ir em Gringottes, descobriu...