O próximo passo

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- Tem certeza que ela sabe que você tem um compromisso? – Perguntou Blaise pela milésima vez enquanto assistia Ron se arrumando com um terno preto.
- Eu disse a ela que era Gay. – Blaise franziu a testa.
- Ainda não gosto disso.
- Eu só vou jantar.
- Eu queria te levar pra jantar. – Resmungou.
Ron o olhou. – Então me peça ao invés de ficar resmungando.
- Não posso!
- Por que não?
- Por que não sei aonde te levar.
Ron rolou os olhos. – Tenho certeza que você vai descobrir. Ate lá, me ajuda com essas abotoaduras. – Blaise continuou mal humorado enquanto ajudava Ron. Quando acabou, puxou o pescoço do ruivo e o beijou, passando a mão pro cintura fazendo seus corpos colarem.
Ron pela primeira vez não hesitou e beijou Blaise ser volta, mas logo se afastou. – Eu vou voltar.
- Inteiro eu espero. – Ron riu e foi em direção a sala.
- Espero que não esteja planejando chegar atrasado ao seu encontro, garoto! – Disse Hepzibah
- Não senhor.
- Muito bem. -Pegou o braço e o aparatou próximo ao hotel. – Toma. – Lhe deu um maço de dinheiro. – Tem o equivalente a uns dois mil galões na moeda local, se não souber o valor, peça pra Ariella, não vai ser estranho considerando que você é estrangeiro. Como está seu Francês?
- Eu sei ler um cardápio. – Agradeceu mentalmente por Hermione e Harry estudarem Francês e o incluírem.
- Bom. Divirta-se.
Ron realmente se divertiu. Ele dançou atrapalhadamente uma música que fazia seu corpo pulsar de tão alta. Ele bebeu, pouco, mas bebeu. Depois juntaram em um restaurante calmo e terminaram, de alguma forma, em um parque de diversões fechado com uma garrafa de vinho.
- Como você decidiu que era gay?
- Isso não é algo que se decide. Eu só... é complicado.
- Está cedo. – Tremeu com o vento gelado e Ron colocou seu paletó nos ombros dela. – Cavalheiro. – Zombou. – Agora conta.
Ron revirou os olhos. – Da onde eu venho, quem tem título ou dinheiro costuma se casar por um contrato de casamento feito pelo chefe da família.
- Isso ainda existe? – Perguntou chocada.
- Sim. Mas agora meio que consideram a vontade dos noivos.
- Isso é louco.
- Eu sei. – Deu de ombros. – Mas é como funciona. Minha família ela tem títulos, mas meus pais foram deserdados pelos meus avós por terem fugido pra casar.
- Se não fosse seu rosto sério, eu ia achar que estava brincando.
- Eu queria estar. Em resumo, minha tia avó quer se aposentar e está me treinando para assumir o lugar dela. Ela exigiu que eu me casasse e tivesse um filho.
- Então você não vai ficar com o seu Italiano? – Perguntou chocada. – Isso não é justo!
Ron riu. - Ninguém liga se você casa com alguém do mesmo sexo, desde que você tenha uma criança. – Ron disse explicando da melhor forma o possível sem contar que homens poderiam engravidar.
- Então sua tia fez um contrato com o italiano?
- Não. Ela me deixou escolher. – Ariella ia falar algo, mas Ron a calou. – Deixa me falar. Então, eu namorava essa menina, Lilá. Nós namoramos durante quase um ano e pouco eu amava ela, então mandei um pedido de namoro para o pai e avisei minha tia sobre, quando a resposta voltou, descobri que Lilá tinha um contrato para um homem na Grécia.
- Uou, deve ter sido difícil.
- Foi, principalmente por que estudávamos juntos e minha tia continuou me pressionando por um contrato. Nesse meio tempo aconteceram algumas coisas envolvendo minha família.
- Posso perguntar?
- Meus pais armaram com o diretor da minha escola para roubar dinheiro do meu melhor amigo.
-Caramba!
- Isso não foi tudo. Descobri que meu irmão era gay e que meus pais deram alguma coisa para ele que o tornou estéril. – Ariella apertou as mãos com raiva.
- Eu quero matar seus pais!
- Acredite, não mais do que todos os meus outros irmãos e minha cunhada e meus amigos.
- Por que eles não foram presos?
- Eles não podem ser presos ou isso vai prejudicar meus outros irmãos.
- Por que?
- Da onde eu venho, reputação é tudo. Se um membro da família, principalmente os líderes, fizerem algo ruim, todos vão ser ostracizados. Minha família é bem pobre então tudo o que meus irmãos e eu conseguimos, foi com esforço próprio. Meus irmãos são considerados bem sucedidos.
- E como isso chega no italiano?
- Ele soube que minha tia estava reunindo contratos pra mim e meio que ficou interessado. Não é uma historia grande e romântica, mas eu meio que me apaixonei por ele. - Ron ficou pálido. - Caramba, eu to apaixonado por ele. - Colocou as mãos no rosto.
Ariella gargalhou. - Own! Isso é fofo! Então você se apaixonou por ele e assinou um contrato.
- Bem, meio que minha tia apressou a assinatura do contrato quando o noivo da Lilá morreu e ela me pediu pra voltar.
- Você não ousaria!
Ron riu. – Não, mas foi um pouco do chute que eu precisava pra aceitar que gostava dele.
- Assim? Simples. Você gostava de mulheres e agora simplesmente decidiu sair do armário e virar gay?
- É complicado Ariella. Eu ainda sinto atração por mulheres. Eu acho você linda e nem pense que não dei uma boa olhada na garçonete daquela boate. – Ariella empurrou ele com o ombro de leve. – Só que quando estou com ele e... não sei, fácil?
- Como se tudo fizesse sentindo, mesmo que nada faça. – Completou. – Eu entendo isso, Robert.
- É estranho, não é?
Ariella concordou e bebeu o último gole do vinho. – Acabou!
- É meia noite, acho melhor voltarmos.
- Acho que tem razão. – Revirou os olhos. – Vamos para o hotel.
Eles voltaram de carro, Ron definitivamente preferia o flu. É quando chegaram, Ron viu Hepzibah ao longe acenando para ele. – Eu me diverti. Obrigado por essa noite. – Beijou a mão de Ariella.
– Obrigada também. Nunca me diverti tanto.
- Ariella! – Uma menina ruiva chamou ao longe, parecendo insegura se devia se aproximar.
- Sua amiga?
- É crime ser gay na Rússia, Robert. Então até eu fugir completamente do meu pai, ela é minha melhor amiga. – Sorriu, devolveu o paletó e foi embora.
Ron foi até Hepzibah. – Ele foi preso, pegaram as garotas.
- Bom. Posso voltar pra Black Manor?
- Pode, te vejo em duas semanas pra começar seu treinamento. – Colocou a mão no bolso. – Suas notas.
- Por que estava com você? – Estreitou os olhos.
- Eu ia precisar saber sua nota mesmo! Só facilitei o caminho! – Ron revirou os olhos e aparatou saindo direto na sala principal de Black Manor e caindo no chão.
- Você está bêbado! – Disse Blaise sentado no sofá.
- Um pouco. – Concordou. – Não vai dormir?
- Estava te esperando. – Ron sentou ao lado de Blaise.
- Obrigada. – Encostou a cabeça no ombro de Blaise. – Conseguiram resgatar as mulheres e prenderam o bandido.
- E como foi a noite?
- Divertida. – Ficou em silêncio quando Blaise levou a mão a sua cabeça mexendo em seu cabelo. – Na Rússia é crime ser gay. Ariella está tentando fugir do pai. Agora ela vai. – Se levantou puxando a mão de Blaise. – Dorme comigo? – Zabini assentiu.
Ele os guiou até seu quarto. – Vou tomar um banho. – A água gelada ajudou com o calor e saiu do banheiro com pijamas.
- Eu achei que ia ter uma bela visão. – Blaise disse.
- Eu te chamei literalmente para dormir. – Ron deitou e Blaise se deitou de frente.
- Me conte o que fez no mundo trouxa. – Ron falou sobre a música a dança o restaurante e o parque. – Ela está torcendo pela gente? – Perguntou rindo.
- Está. Ela também quer matar meus pais.
- Eu gostei dela! – Ron riu.
- Ela é uma garota legal. – Ron fechou os olhos. – Blaise? – Chamou ainda de olhos fechados.
- Sim.
- Não estamos apressando as coisas. E se não der certo?
- Eu não entendo muito de casamentos, bambino. Mas acho que quando duas pessoas querem, elas fazem dar certo. Eu te falei, não vou deixar você se arrepender.
- Bom. – Ron abriu os olhos e ambos ficaram se encarando. – Me beija.
Blaise estendeu a mão puxou Ron para mais perto. Seus beijos eram quentes, e logo se viram mais e mais e mais próximos. – Tira! – pediu exigente e Ron levantou os braços permitindo que retirasse sua roupa.
Blaise baixou sua boca por seu pescoço e peito, sua mão parou na barra da calça. – Posso continuar?
- Sim. – Gemeu Ron. Com a calça fora, Blaise parou um instante para olhar seu noivo.
- Você é bonito Weasley. – Disse e viu Ron corar em um vermelho profundo. Blaise levou sua mão ao membro de Ron que pulsava, e o masturbou lentamente. – Agora vamos ver se é tão gostoso quanto parece. – Blaise lambeu a glande antes de por o pênis inteiro de seu noivo na boca. Ron colocou mão na boca pra se impedir de gritar, mas Blaise rapidamente puxou suas duas mãos o segurando e fazendo Ron gemer mais e mais alto. – Vem pra mim, bambino.
Ron continuou a gemer sentindo-se gozar. Enquanto isso Blaise segurou sua bunda descendo o dedos até encontrarem o lugar que queriam.
- Zabini! – Gemeu. Blaise apenas fez os feitiços necessários antes de permitir que um dedo entrasse em Ron.
- Quer que eu pare?
- Não. – O segundo e o terceiro dedo foram adicionados logo em seguida.
- Mio bambino, agora não tem mais volta. – Blaise disse retirando seus dedos e introduzindo seu próprio membro fazendo Ron morder o próprio lábio. – Já vai passar.
- Continua. – Disse em um fôlego. Blaise o beijou para distrai-lo enquanto se movimentava lentamente.
- Sei il mio, amore. Non ti lascerò mai andare! – Disse em um tom bastante possessivo.
- Mais rápido. – Blaise acelerou seus movimentos. Seu corpos se movimentando em sincronia, e um pouco tempo, ambos gemeram alto enquanto gozavam. - tu sei perfetto. – Beijou a têmpora de Ron.
- Eu acho que vou precisar aprender Italiano se quiser entender o que você fala.
- Eu disse que você é meu e que nunca vou te deixar ir. – Ron apenas assentiu casado. - Ti amo. Durma, bambino.

O contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora