Ron acordou de bom humor, nem seu terrível enjoo matinal ou o fato de seu cabelo estar grande o suficiente para ter que perder tempo penteando, retiraram seu sorriso. Na mesa de jantar, sentou no colo de Blaise e o beijou antes de sentar na cadeira para tomar seu café da manhã.
- Está de bom humor. - Apontou Blaise. - Eu devo supor que tem algo a ver com a lei que estará entrando em vigor logo em breve.
- Supôs certo. - Disse depois de engolir sua torrada. - É muito ruim eu querer estar feliz por fazer uma lei que vai pôr na cadeia meus pais?
- Não. Não depois do que eles fizeram. - Blaise estendeu a mão para seu cabelo e passou os dedos lentamente. - Até porque eu só não fiz nada pela promessa que você me fez fazer, mas se eles não forem presos logo, eu não vou deixar passar impune. - Ron olhou para Blaise.
- Por que essa ameaça me deixou excitado?
- Eu digo que são os hormônios.
- E eu digo que temos uma hora e isso é mais do que o suficiente. - Blaise não precisou perguntar sobre o que estava falando, pois o fato de começar a tirar sua roupa, já falou muito por si só.
Depois disso, eles precisaram correr para o ministério. Harry deu um sorriso malicioso para Ron, quando se sentou ao seu lado.
- Somos jovens e recém casados. - Disse para a pergunta não respondida.
- Não estou te julgando. - Deu de ombros. - Na maior parte das vezes Severus mal consegue sair da lareira antes que eu o ataque.
- Não me leve a mal, mas realmente não quero saber da vida sexual do meu ex-professor. - Harry riu.
- O que vai fazer depois daqui?
- Provavelmente deixar meu marido nú novamente. - Harry riu. - Por que?
- Hermione está vindo, ela vai querer me bater por ainda não ter feito o contrato entre ela e Nott e quero utilizar você de escudo. Ela não vai ter coragem de te bater.
- Ah, obrigado pela parte que me toca. - Revirou os olhos. - Porque ainda não assinou esse contrato?
- Sinceramente? Muitas coisas acontecendo. - O barulho do martelo da nova chefe do supremo, chamou a atenção de todos.
- Abertura da seção de verão 1739, está começando. Peço a todos, silêncio e começaremos com as notícias desta prezada câmara.
Ron achava a primeira parte da abertura de seção terrível como todas as vezes. Porque todos têm que se gabar de suas conquistas? Sério, por que anunciar casamentos, não dava apenas para enviar o convite? Apenas entendia a apresentação de futuros herdeiros, o que era um pouco hipócrita dele, afinal queria gritar ao mundo sobre sua pequena menina crescendo.
Assim, durante toda manhã eles passaram ouvindo os anúncios. Eram nascimentos, casamentos, gravidez, morte, alianças e um blá blá blá sem fim até a pausa para o almoço.
Por fim, depois das duas da tarde, lá estava ele, se erguendo e apresentando sua lei sobre abuso. - Embora meu entendimento dessa lei seja a nível infantil, pude ter acesso a uma quantidade ilimitada de outros casos. - Disse Ron ao falar a essência da lei que estava propondo. - As crianças são as mais frágeis e sem ter como se defender de seu abusador, porém não são as únicas. Homens e mulheres são abusados por seu conjugue, em maior parte as mulheres. Eu apresentei como parte integrante na minha pesquisa para a necessidade dessa lei. Dentro das pastas vocês verão casos reais, de pessoas mortas por seus abusadores. Dos 233 casos que achei dentro das ilhas britânicas, a maior parte são mulheres, nascidas trouxas cujo maridos são bruxos puro sangue ou mestiços.
- Lorde Dumbledore – Apontou Marisa.
- Li sua proposta meu menino...
- Se atenha aos títulos, lorde Dumbledore. Devo lembrar que você não está em casa. - Marisa o criticou.
- Sinto muito. - Dumbledore disse antes de suspirar. - Eu entendo essa sua questão, e lamento por todos esses casos, mas não há uma verdadeira forma de controlar isso. Como vamos saber se as denúncias não são falsas?
- Lady Bones.
- Acho que é para isso que existe o departamento do investigações.
- Lorde Potter-Black
- Lorde Dumbledore levantou um ponto. Como faremos caso uma denúncia seja feita? Alguém denuncia e até que uma investigação seja feita, teremos uma vítima e um abusador sobre o mesmo teto. - Ron olhou para Harry antes de se lembrar da essência de sua lei. Seu amigo tinha um plano.
- Eu acho que essa lei é apenas um primeiro passo. - Disse Ron. - Então se as vítimas não tem para onde ir vamos deixar que eles continuem sob o teto de seu agressor até que não haja mais formas de salva-las?
- Lorde Prewett levantou um ponto. - Disse Marisa. - Alguém a favor.
- Lorde Potter.
- Lorde Prewett está certo. Cabe a essa câmara pensar em uma solução rápida.
- Lorde Parkinson.
- Também apoio lorde Prewett. Devo lembrar o passado de minha irmã? Em como o marido dela a matou a sangue frio e ainda saiu impune por esse comitê apenas por conta de um contrato. - Ron passou em sua mente todos os casos e se lembrou de um que batia com a descrição. Contrato absoluto, a mulher foi vendida como uma peça de carne para o lorde que estava sentado lá na câmara, duas cadeiras acima de lorde Parkinson.
- Lady Longbottom.
- O que nos leva a outro ponto de discussão. O que acontecerá em caso de certas permissões em contratos.
- Lorde Malfoy.
- Deveria haver um juramento oficial de promessa de liberdade de contrato após uma denúncia. Além é claro de revermos as leis de contratos. Alguns são bárbaros.
- Lady Clearwater.
- Não são todos os contratos que pode se fazer isso.
- Lorde Potter-Black.
- Na verdade, absolutamente todos os contratos podem se fazer isso. - Todos olharam. - Entendam uma coisa. Um contrato é a promessa de duas pessoas jurando honrar certas cláusulas. Quando ambas cumprem as cláusulas, podem ser libertos, afinal não existe data estipulada de quanto tempo deve ser o casamento, todos apenas assumem que o casamento deve existir para sempre, mas existe uma falha previsível em todos eles. Quando alguém não é capaz de honrar o contrato, por qualquer que seja o motivo, ela pode rogar a magia, que é quem rege o contrato e dizer que é incapaz. A magia pode ou não aceitar sua resposta.
- Como sabe disso, Lorde Potter? - Lucius o olhou pensando.
- Meu contrato com Severus é uma verdadeira armadilha, e bem, eu achei alguns fatores que poderia cancelar algumas cláusulas.
- Desde quando? Eu mesmo olhei seu contrato...
- Senhores, estamos saindo da linha. - Disse Marisa e até Ron olhou intrigado para Harry, desde quando ele poderia sair do seu contrato?
Ron sacudiu a cabeça e limpou a cabeça. - Ainda assim, o foco dessa lei são crianças, com adendo para adultos.
- Essa discussão foi bem longe. - Disse Marisa. - Vamos votar. - Ron voltou ao seu lugar sendo uma cadeira abaixo de seu marido que se inclinou em seu ouvido.
- Você estava muito sexy lá. - disse sussurrando. - Acho que vou ter que te levar para casa. - Ron revirou os olhos sorrindo antes que seu olhar pousasse em Harry. Desde quando ele conseguiu cancelar alguma cláusula?
Um a um, a votação foi feita. Não foi uma aprovação apertada, com 80% a favor, mas ainda assim surpreendia a Ron que alguém fosse contra tal lei.
- Parabéns Ron. - Disse Harry ao final da seção. - Como se sente, tendo aprovado sua primeira lei.
- Desde quando você conseguiu cancelar seu contrato?
- Oh! Aquilo, não foi um cancelamento real. Isso realmente não era possível, mas eu e Severus discutimos algumas cláusulas ruins, e as cancelamos.
- Você é realmente cheio de surpresas.
- Sou. Agora vamos antes que Mione ache que estou fugindo.
- Você está. - Rolou os olhos. - Vou avisar Blaise onde estou indo, te encontro perto da lareira.
Ron caminhou até seu marido o abraçando por trás. - Vou com Harry verificar uns assuntos.
Blaise se aproximou de seu ouvido e sussurrou. - Volte nú para mim. - Ron riu e voltou para seu amigo, contudo, um cabelo ruivo a distância lhe chamou a atenção. Era seu pai, ele estava bem escondido, apenas da posição que refletia um pouco de seus cabelos. Ele tinha algo em mãos. Ron correu, mas não conseguiu alcançar Harry antes que umas das estatuas do ministério caísse por cima dele o derrubando com tudo na fonte.
Ron correu desesperado até seu amigo que parecia não conseguir se levantar e ficar preso de baixo da água. - Wingadium Leviosa. - Apontou para a estátua a tirando de cima de Harry, mas o mesmo havia parado de se debater. Ron o puxou para fora e começou a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca até finalmente seu amigo tossir e cuspir a água.
- Você está bem. - Perguntou quando Harry finalmente parou de tossir e se deitou no chão.
- Que jeito horrível de morrer. - Harry riu e continuou a tossir água. Só então Ron se afastou e viu algo que não deveria estar la.
- Você está gestando? - Perguntou apavorado.
- Como você... - Harry olhou para baixo e viu o sangue ficando paralisado. Sem pensar duas vezes, Ron o aparatou diretamente em Saint Mungos.
- Me ajudem aqui! - Gritou segurando seu amigo que cada vem parecia entrar mais em pânico. Um médico veio e retirou Harry de seus braços. Blaise apareceu logo em seguida a saída de seu amigo.
- Vá até Snape. Ele precisa estar aqui.
- Theo já foi.
- Weasel, o que está fazendo aqui? - Draco perguntou aparecendo atrás dele. - Por que está molhado.
- Harry quase se afogou. Ele está gestando. Tinha sangue. - Imediatamente o loiro ficou sério e correu em direção ao quarto em que estavam tratando Harry.
Minutos se passaram antes que Severus chegasse ao lado de Theo Nott. - Como ele está? - Ron nunca tinha visto seu ex-professor abalado daquele jeito. O homem parecia ter envelhecido 10 anos do dia anterior para aquele momento.
- Ainda não deram notícias. Malfoy foi verifica-lo.
- O que aconteceu?
- Uma estátua do ministério caiu em cima dele e o empurrou para fonte, consegui tira-lo de lá, mas depois vi o sangue. - Draco apareceu depois de sair da sala parecendo irritado.
- Maldito testa rachada idiota! - Todos o olharam. - A estátua caiu e rasgou a perna dele, por isso o sangue. E agora o imbecil não para de rir e não nos deixa cura-lo propriamente.
- Draco, o bebê. - Severus questionou não achando um pingo de graça.
- Melhor impossível. Agora vai calar o testa rachada antes que eu o cale. - Draco saiu resmungando e Ron se juntou a Snape na tentativa de ver seu amigo.
Harry o olhou. - Eu cortei minha bunda. - Gargalhou e Ron revirou os olhos.
- Parte disso é histeria. - Disso o médico que estava na sala e tentava não rir. - Ele vai precisar de descanso por hoje. Vou dar-lhe um remédio para dormir. O susto e a aparatação nunca é bom no início da gestação.
- Acho que nossa reunião vai ser cancelada por hoje. - Harry riu e concordou. Então Ron puxou Blaise para casa o mais rápido o possível. - Foi meu pai. Ele fez aquilo com a estátua.
- Como?
- Ele tentou matar Harry. Eu não posso denuncia-lo antes do casamento de Bill.
- Mas e se ele tentar de novo?
- Eu não sei.
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O contrato
FanfictionHarry conseguiu matar Voldemort na batalha do ministério, mas perdeu seu padrinho no processo. Abandonado pelo mundo bruxo após o evento e sendo obrigado a voltar para casa dos tios, decide que não queria mais aquilo. Ao ir em Gringottes, descobriu...