Amor

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Hermione precisou segurar Harry quando ele foi com fúria para cima dos aurores. – QUAL A PORRA DO PROBLEMA DE VOCÊS!
- Harry se acalme! – Hermione disse fazendo força para segura-lo.
- Me acalmar, Mione? Como eu me acalmo quando esse bando de idiotas deixou ele escapar. Eles ficaram parados, porra!
- E gritar não vai adiantar nada! – Disse de forma lógica ainda que quisesse socar cada rosto uniformizado do local. Harry gritou em frustração novamente.
- Que merda de aurores você está deixando passar na academia, Bones?! – A mulher se aproximou também séria.
- É sobre isso que eu quero saber. – Olhou para os dez aurores que estavam próximos e teriam tempo hábil para agir e nada fizeram. – Por que ficaram parados e não ajudaram?
Um dos aurores, corajoso ou burro demais, deu um passo a frente. – Bem, aquele era Albus Dumbledore. Por que deveríamos prender ele? Ele é o líder da luz!
 
- Sério? – Disse Harry com sua voz pingando em sarcasmos. – Esse líder da luz então é incapaz de comentar um crime? Então vamos deixa-lo passar sem nenhuma culpa. VOCE É ESTUPIDO, POR UM ACASO?
- Harry, se acalme! – Hermione disse e caminhou até o auror.
- Eu me lembro de você. Do seu rosto em especifico. Há dois anos, quando Harry estava lutando, sozinho, contra Voldemort, você é outros ficaram parados assistindo um menino de 15 anos lutar sozinho. – Hermione viu o rosto do homem se contorcer em vergonha, se era por suas ações ou por estar sendo repreendido por uma garota que tinha idade pra ser sua filha, ninguém saberia dizer.
Hermione deu as costas a eles e caminhou até Amélia. - Você deveria ter melhores aurores. Se depender desses para capturar Dumbledore, ele vai morrer de velhice antes. – Foi até Harry novamente que a essa altura estava sendo segurado por Ron. – Nós vamos captura-lo.
- Harry? – Gina apareceu apoiada em seu noivo. – Você precisa ir a Malfoy manor, encontramos algo que você deveria ver.
Harry acenou e Hermione o viu ficar pálido, com seus lábios tornando-se azuis rapidamente. – Eu vou te levar.
- Não! – Gina disse rapidamente e então olhou para seu noivo. – Leve Harry.
- O que? – Hermione e Antônio disseram ao mesmo tempo.
- Hermione, eu preciso de um favor seu. Por favor? – Harry, que a essa altura estava escorado em Hermione, desmaiou. Antonin rapidamente o pegou e o levou em direção a lareira sobre o olhar preocupado de todos.
- O que você precisa?
- Eu tenho perguntas... para ele... eu só não posso, não posso fazer isso.
Hermione assentiu. – Me diga o que quer. – Gina estendeu um caderno para ela e Hermione abriu vendo que havia várias páginas marcadas. - Não vejo perguntas.
- Eu não sei o que perguntar. Eu só...
- Eu vou ler o diário e tentar ver o que consigo disso. – Gina assentiu.
- Eu só queria saber como foi possível que eu tenha nascido. – Hermione franziu a testa e passou as datas até parar no nascimento de Gina. Vendo o nome escrito ali.
- Vou fazer o que for possível. – Todos foram chamados de volta ao tribunal. Dementadores já estavam presentes.
----oOo---
Harry mal conseguia se lembrar de ir para Malfoy manor. Lembrava de alguém o carregando, quem no entanto era outra história. Só sabia que precisava muito fechar os olhos e dormir um pouco, só um pouquinho.
Quando abriu os olhos, Severus estava sentado no mesmo sofá da qual ele estava deitado o olhando preocupado.
- Sente-se melhor?
- Água. – Pediu enquanto tentava se levantar e era amparado por seu marido. Um copo de água foi posto em seus lábios e Harry bebeu lentamente.
- Ele acordou? – A voz de um homem o fez olhar para o lado e viu que era o noivo de Gina. – Sério, Potter. Por um instante achei que teríamos um velório.
- O que aconteceu?
- Você teve uma exaustão mágica. Depois de lutar por provavelmente 1 hora com Dumbledore.
- Uma hora? – Harry ergueu sua sobrancelha surpreso. Pareciam minutos.
- Ou mais. Foi um Show de luzes que ninguém fora seus amigos ousaram se meter.
- Ah!
- Eu deixo você sozinho por algumas horas e você se mete em um duelo com Albus Dumbledore! – Disse Severus irritado apesar de seus olhos demonstrarem preocupação.
- Os aurores deveriam ter se metido. Eles ficaram parados que nem idiotas só observando.
- Incompetentes! – Seu marido disse com raiva.
- O que eu deveria ver aqui? Gina me disse que eu precisava vir. – Severus e Antonin trocaram olhares.
- Acho melhor você ver do que eu te contar. – Harry assentiu e se levantou com apoio de Severus. Eles subiram as escadas da mansão e foram para o quarto que antes pertencia a Harry. Antonin entrou na frente e Severus o parou na porta.
- Como está?
- Ainda dormindo. É o melhor. Seu corpo está sobre estresse a muitos anos. – Disse a voz de Narcisa. Harry se desvencilhou de seu marido e entrou no quarto rapidamente só para sentir seus pés cederem e só não cair por que alguém o segurou.
- Sirius. – Ele mal registrou as lágrimas caindo de seus olhos. Em instantes estava sentado na cama abraçando seu padrinho desmaiado. Harry só conseguia segurar Sirius contra o peito enquanto chorava.
Seu padrinho estava vivo. Seu padrinho estava vivo. Seu padrinho estava vivo. Ele continuou a repetir várias e várias vezes em sua cabeça. Aquilo não podia ser real, apesar do corpo quente e da respiração forte lhe dizerem que sim. Sirius estava vivo. Ele não perdeu o homem que pensou como um pai.
Por fim, depois de um longo tempo e de estar quase sufocado por chorar, Harry conseguiu se afastar deitando, cuidadosamente, seu padrinho adormecido.
- Como? – Ele não se virou para perguntar. Apenas deitou-se ao lado Sirius. Não queria tirar os olhos dele. Não podia. Sirius iria desaparecer novamente se o fizesse.
- Ele estava preso na garagem da toca. – Disse Seu marido. Harry demorou um tempo para registrar aquela informação. Quando o fez, não explodiu como seria seu normal, apenas ficou em silêncio olhando seu padrinho. Sirius estava vivo. Ele estava vivo e com Harry.
- Qual o estado de saúde dele?
 - Desnutrido, com algumas infecções severas, muitos machucados, mas nada que o vá levar a morte. – Harry assentiu e contornou com os dedos o rosto de Sirius.
- Remus já sabe?
- Não. Apenas chamou um médico, não tive tempo para avisar ninguém.
- Sev, pode avisar a ele pra mim?
- Tudo bem. – Harry não sabe se ele foi o não, apenas se aconchegou mais e mais em seu padrinho.
- Cortaram os cabelos dele.
- Precisamos, ele estava com pulgas e piolhos por todo seu corpo. – Disse Narcisa.
- Eu falei com ele em sua mente. – Antonin, cuja a presença foi totalmente esquecida por Harry, disse. – Ele está mal. Você vai precisar de muitos cuidados médicos.
- Obrigado.
- Não há de que. Bem já fiz tudo o que podia, vou voltar para Gina.
- Cuide dela. – Harry disse. Seu nariz estava encostado no de Sirius. A respiração dele era tudo o que Harry precisava naquele momento.
- Sirius! – A voz de Remus o despertou o fazendo perceber que ele tinha adormecido. Remus sentou-se ao de Harry, tocando seu rosto com delicades. Como Harry, Remus tinha medo daquilo ser uma ilusão que iria se desfazer se tocasse com muita força. – Ele vai ficar louco sem seu cabelo.
Harry riu. - Ele continua bonito.
- Muito. – Remus continuou a fazer carinho no rosto de Sirius. Foi assim, pela primeira vez que Harry teve a coragem de desviar os olhos de seu padrinho para seu tio honorário. Remus tinha os olhos vermelhos e as lágrimas corriam livremente pelo corpo.
- Eu juro que vou caçar Dumbledore e vou fazer ele pagar por tudo o que nos fez sofrer. Sirius não merecia isso.
- Nós iremos acabar com ele. – Harry confirmou. Remus deu a volta e deitou-se do outro lado de Sirius. Ambos ficaram em silêncio observando o subir e descer do corpo do homem adormecido. Dumbledore iria sofres a fúria de todas as pessoas que ele machucou e não sobraria corpo para contar a história.
---oOo---
Na prisão alemã de Nunmengard, corpos caiam sobre a varinha das varinhas. Albus Dumbeldore não deixava nenhum guarda ter reação, apenas os matou se qualquer tipo de firula típica de Tom ou do homem da qual ele estava lá para libertar.
- Achei que não o veria tão cedo, amor. – Disse Grindelwald.
- As vezes os planos mudam. – Albus apontou a varinha para seu antigo amante que recuou em sua cela. – Mas as vezes, eles se repetem. – Então a Varinha virou para a fechadura e um simples bombarda resolveu o problema. – Vamos!
O homem loiro de olhos bicolores sorriu para Albus. – E aonde iremos?
Albus sorriu. – Acabar com o último descendente de Henry Potter e então mudar de corpos, renascer e seremos líderes novamente.
- Parece um plano simples.
- A grandeza as vezes vem das pequenas coisas. E eu quero você ao meu lado. Sempre e sempre. -.Grindelwald olhou para os olhos sádicos do homem da qual sempre amou profundamente, apesar de tudo. Deu um passo a frente e encostou os lábios sobre o de Albus.
- Eu te amo. – Pegou varinha de Albus e a jogou longe o suficiente para que ele não tivesse tempo de impedi-lo de se jogar do precipício que rodeava a prisão.
Albus viu o homem que amava cair e uma pedra perfurar seu corpo. -  Não, não, não, não, não, não, não! Por que! Não! Malditos Potter! – Ouviu o som de passos ao longe. Correu até sua varinha e aparatou para seu esconderijo.
Ficou lá parado sentindo a dor da perda a única pessoa que amou nessa vida. Jogou o primeiro objeto que viu em uma parede.
Ele estaria sozinho! Ele estava sozinho! Sozinho! Isso nunca esteve em seus planos. Mas agora estaria. Seu amor se foi e em breve Potter e Severus estariam com ele.

O contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora