O contrato

A culpa é do Seamus

Harry estava observando seu colegas de classe se misturarem e pela primeira vez ignorar as casas. Talvez tivesse a ver com a pouca roupa que todos estavam usando.
- Hey, pessoal! – Gritou Seamus. – Quem aqui se lembra quantas vezes eu tentei transformar água em rum?
- E perdeu a sobrancelha! – Lembrou Harry fazendo todos caírem na risada.
- Que tal rir disso enquanto bebe minha produção. – Apontou a varinha para seu copo de água. – Runeresco! – Entregou seu copo para Dean que estava ao seu lado.
- Caramba, é rum! – Disse depois de beber um gole. Harry sabia que isso ia dar merda, por isso chamou os elfos e pediu para que impedissem seus convidados de fazerem coisas perigosas ou impedir que os meninos e meninas estivessem no mesmo quarto.
- Não vai beber? – Perguntou Ron ao seu lado com um copo de Run na mão.
- Estou com poções ainda. Mas vai lá e se divirta. Os elfos estão preparados pra impedir de todo mundo de fazerem besteira.
- Isso talvez seja uma boa coisa! – Riu e se afastou. Segundos depois um elfo apareceu na sua frente.
- Mestre Harry, sir. Mestre de poções está na sala sir.
- Obrigado, Mimpsy. – Harry correu até a sala e encontrou seu marido em uns jeans e camisa polo. – Quem é você e o que fez com meu marido?
- Há há, que graça. – Disse Severus abrindo os braços. Harry rapidamente pulou em seu colo.
- Achei que só viria daqui a dois dias.
- Deixei Dobby guardando tudo, queria te falar algo.
- O que o velho fez?
- Nada que não possa a ser resolvido amanhã. Vamos para o quarto!
- Estou com  convidados. 
- Pelo barulho lá de fora, tenho certeza que não vão sentir sua falta. – Harry riu e puxou Severus para seu quarto.
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Ron estava bêbado. Ele tinha certeza disso, afinal, jamais estaria rindo feito uma hiena de Seamus tentando fazer malabarismos com os copos e jogando rum no próprio olho. Era engraçado, mas não apropriado para um futuro senhor.
Fez uma careta ao pensar na frase favorita de sua tia. – Por que essa careta, Bambino? – Blaise Zabini disse ao seu lado.
- Eu acho que estou bêbado. – Disse sério e começou a rir loucamente. – É tão engraçado! – Bebeu seu copo de rum em um gole e encheu novamente.
- Você não vai dizer isso amanhã! – Ron riu depois acabou com a bebida em seu copo novamente. – Acho que já chega de bebidas pra você, bambino. – Blaise tirou o copo da sua mão.
- Eu concordo, mas o mundo está girando. – Ron riu novamente e Blaise o fez se levantar o amparando. – Hey, você é bonito!
- Obrigado, bambino. – Disse Blaise o arrastando para casa.
- Eu não sou gay!
- Ninguém disse isso. – Blaise o arrastou para a ala familiar Black que ficava no térreo. – Qual o seu quarto? – Ron apontou para um dele e Blaise e o fez se deitar na cama o cobrindo.
- Minha mãe odeia gay! – Ron riu. – Eu sou órfão.
- Tenho certeza que seus pais estão vivos.
- Não esse tipo de órfão. – Ron balançou as mãos em negação. – Eu tenho pais, mas não tenho. É engraçado. – Riu. – Meus pais odeiam gays. – Disse de novo. Blaise franziu o rosto e sentou ao lado de Ron.
- Por que esta dizendo isso?
- Eles machucaram Charlie.
- Seu irmão mais velho? O que aconteceu?
Ron ficou sério e começou a soluçar. – Ela deu uma poção estéril para ele. Ela vai fazer o mesmo comigo se descobrir.
- Achei que iria se casar com uma mulher. – Disse brincando apesar da seriedade da situação.
Ron fechou os olhos e ficou sem silêncio por tanto tempo que Blaise acho que tinha dormido, então o ruivo abriu os olhos.
- Quer casar comigo?
- Eu quero, mas achei que não quisesse.
- Eu não quero, mas ia ser engraçado. – Ron riu. Blaise rolou os olhos.
- Sua mãe ia ficar maluca.
- Eu sei. Ela vai ter que se conformar comigo engravidando. – Ron esfregou a barrigada. – Ela ia odiar! -Gargalhou. – Ia ser bem feito por ela ter machucado Charlie. – Então começou a chorar de novo. – Não podemos nem fazer ela ser presa! Charlie não merecia isso. – Ficou em silêncio olhando para o nada. Depois, como quem leva um susto. – Hey, casa comigo?
- Claro, vamos fugir pra Gretna Green* amanhã. – Ron se sentou na cama.
- Não, tem que ser hoje!
Zabini o olhou curioso ainda que achasse graça. – Por que hoje?
- Por que ninguém vai me impedir. – Disse sério e começou a se levantar e Blaise o impediu forçando a se deitar novamente.
- Você sabe que casamento envolver sexo, certo? Como vai fazer isso se não é gay?
Ron, em toda a sua sabedoria bêbada puxou Blaise pela blusa e o beijou. Blaise mal sentiu Ron subir em cima de si, mas quando viu, estava deitado na cama ainda sendo beijado pelo grifinorio.
- Tira a roupa! Nós vamos transar! – Declarou e Blaise riu.
- Por mais tentador que seja, bambino, acho melhor não. – O empurrou fazendo cair em cima da cama. Ron estreitou os olhos por um instante e se levantou. – Aonde vai?
- Eu preciso de uma bebê na minha barriga. – Disse cambaleante.
- E por que precisa disso?
- Por que minha mãe vai odiar.
- É quem vai ser o pai do seu bebê? -Blaise estava se segurando para não rir.
- Aquele italiano, que é uma cobra. Ele quer casar comigo. – Ron riu.
- O que você acha dele?
- Ele é bonito. – Riu. – Sabia que meu pau fica duro toda vez que ele me olha? Acho que vou me casar com ele. Eu não posso casar!
- E por que não? – Ron o olhou.
- Porque Gina vai se casar. Meus pais não vão ter dinheiro pra dois casamentos. – Coçou a cabeça. – Se eles não tiverem dinheiro não tem casamento. – Concluiu e depois parou olhando para o nada. Um soluço o trouxe para realidade. – Eu preciso me casar. Quer casar comigo? Vamos ter bebês e irritar meus pais.
- Amanhã nós nos casamos, que tal?
- Você promete?
- Prometo. – Ron cambaleou e ficou verde de repente. – Acho que vou... – O vômito saiu antes mesmo dele terminar de falar.
- Isso é o que acontece por beber demais Bambino. – Blaise sacudiu sua varinha limpando o vômito do tapete e depois arrastou Ron para o banheiro o jogando dentro da água gelada.
- Por que tá chovendo?
- Já vai parar! – Disse quase sufocando de rir. Depois de garantir que o ruivo bêbado estivesse limpo, o fez escovar os dentes antes de mudar sua roupa, obviamente dando uma conferida no corpo que iria ser seu. Ele nunca disse que era santo. – Cama Weasley. – O senhor bêbado apenas subiu desajeitadamente na cama e dormiu segundos depois.
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Ron acordou com uma puta dor de cabeça. Ele realmente não deveria ter bebido todos aqueles copos de rum. Alguém gritou algo e um travesseiro foi jogado em seu rosto o fazendo se levantar rapidamente.
- Ron, pelo amor de Deus, me diz que não transaram! – Harry gritou da porta o deixando confuso.
- O Que? – Ron então olhou em volta percebendo Blaise Zabini com uma mão em seu estômago. Ron pulou pra longe e só então percebeu que estava completamente nu.
- Ron? – Chamou Harry. – Que merda você fez?
- Acho que é bem óbvio o que aconteceu, Lorde Potter. – Disse Zabini ainda deitado e sem abrir os olhos. – Nós nos casamos em um cartório 24 horas. – Levantou o dedo e mostrou seu anel de casamento. – Agora se não se importa...
Harry olhou surpreso e Ron ficou pálido. – Não sei se isso é uma brincadeira ou não, mas quando sua tia descobrir, vocês dois estarão muito ferrados. – Harry saiu gargalhando do quarto.
- Nós nos casamos? – Ron perguntou em uma mistura incrédula e assustada. Zabini levantou a cabeça do olhou sorrindo.
- Claro que sim, olha seu dedo. – Ron olhou e viu uma aliança de ouro.
- Isso não pode ser real.
- Mas é! Você que escolheu as alianças. Foi incrível noite passada.
- Não, não, não, não, não. Não pode ser real.
- Claro que é real. Aposto que com a poção que tomou, em breve teremos um bebê no nosso colo.
- Poção? Bebê? Como? - Blaise então gargalhou.
- Por Merlin, você tem que ver sua cara. Nós não nos casamos. Você estava bêbado, eu te trouxer pro quarto e só.
- Por que estou usando aliança?
- Por que em algum lugar em sua mente bêbada, você achou necessário usarmos aliança e dizer que estávamos casados e que eu deveria te engravidar. Te dei um copo com água e você falou que estava grávido. – Ron ficou extremamente vermelho.
- Por que estou pelado?
- Como estávamos “casados” – Fez aspas com a mão. – Você decidiu que tinha que dormir pelado. Eu desisti der te impedir depois da décima vez.
Ron respirou aliviado e achou a calça de um pijama o vestindo rapidamente. – obrigado por cuidar de mim.
- Não há de que. Foi até divertido! Ganhei alguns beijos e tudo mais, uma pena que sou ético demais, ou a essa hora, realmente teríamos um bebê a caminho. – Ron ficou pálido e Zabini pegou uma poção no móvel e o entregou. – Bebe, é pra sua ressaca. – Ron bebeu rapidamente porque não sabia o que mais falar. Assim que acabou, Zabini o segurou beijando.
Ron tentou se afastar mas o italiano o prendeu pelos cabelos o forçando a abrir a boca. Ron não sabia o porque, mas separou os lábios permitindo a língua no sonserino na sua boca. Ele foi puxado para mais perto e seus braços fecharam Zabini perto de si. Então a realidade bateu em sua cabeça e ele empurrou o italiano para longe.
- Obrigado por cuidar de mim, mas já pode ir embora. – Ordenou e foi para o banheiro sem esperar pra ver se o outro tinha saído.
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Blaise saiu do quarto com um sorriso no rosto e encontrou Potter o esperando. – Eu estava brincando, não nos casamos e nem fizemos nada.
Harry revirou os olhos. – Ron é teimoso e cabeça dura. Ele precisa chegar a um consenso sozinho se vai querer ou não ficar com você.
- Está sugerindo que eu me afaste?
- Não, porque assim você vai dar tempo para ele arranjar uma desculpa. Fica em cima dele, Ron e novo nessa coisa de portador, então provavelmente não sabe que a magia dele sempre vai empurrar para um homem de magia compatível.
- Como sabe que temos magia compatível?
- Por que ele está atraído por você. Só que é tão teimoso, que vai ignorar isso pra casar com qualquer mulher que apareça.
- Fica difícil quando ele não aceita que é gay.
- Eu demorei muito pra chegar a essa conclusão e já estava namorando meu marido há meses. Ron é a teimosia em pessoa, então não force rótulos. Além do mais acho que ele ainda gosta da Lilá.
Blaise assentiu e seguiu seu caminho.