"O Sol não se põe da mesma forma se você não
Assiste ele se pôr comigo
E eu não durmo da mesma forma se você
Não acordar aqui do meu lado
Oh, meu coração é uma casa vazia quando você se vai é tão vazio
E o amor não faz sentido quando é vazio, oh, não"
No Sense — Justin BieberAlex Lawson
14 de março, Miami, Flórida
Os Panteras gritavam meu nome quando entramos no vestiário, como se eu fosse um herói. O touchdown que eu havia marcado no minuto final do jogo de treinamento, havia impressionado os garotos – o que já era rotineiro. Os passes, os dribles e certos pontos que eu marcava eram motivos de celebração e inveja entre alguns. Porém eu não me importava com os comentários, o meu foco era total em brilhar pelos campos e chamar atenção de grandes times de fora da universidade.
— Bom treino, rapazes. Vamos nos preparar cada vez mais para enfrentarmos os Miami Hurricanes. — O treinador disse, atraindo nossa atenção. Ele virou-se para mim, piscando. — Ótimo jogo, Lawson.
Eu assenti, sorrindo leve, em agradecimento. Alguns garotos também sorriram, enquanto outros me ignoraram. Fui até meu armário, encontrando Nate.
— Sua fama não está agradando muitos. — Ele comentou, rindo.
Nate havia provado ser um amigo e tanto. Dividir dormitório com ele estava sendo divertido. Descobrimos ter o mesmo gosto para times, jogos de videogames e filmes, além de sermos ótimos parceiros dentro do campo. Ele era um dos poucos que insistia em elogiar meu potencial como jogador.
— Não me importo. — Falei, tirando a camisa.
— Vamos sair para beber depois daqui no Breeze, todos estão convidados. — VJ gritou, subindo em um dos bancos.
— Vamos? — Nate perguntou.
— Merda, não posso. Tenho terapia.
— Terapia? Desde quando você frequenta?
— Foi ideia da minha madrasta. Ela me ligou faz alguns dias e disse que pode ser bom para mim, tenho muita coisa na cabeça, principalmente por causa...
— Da Camila. — Ele completou. — Sim, eu imagino.
Duas semanas depois de termos nos conhecido, depois de uma noite de bebedeira no dormitório, contei a Nate toda a minha história com Camila, chorando feito uma criança. Ele me ouviu atentamente, sem julgar, e ainda me deu palavras de força como vocês parece terem se amado muito para ter sido algo breve.
— Te vejo no dormitório, então. Boa sessão. — Sorriu e saiu, indo até o chuveiro.
Com o sol se pondo, depois de sair do vestiário, peguei um táxi para ir até o consultório que ficava bem próximo do campus. A clínica da tal Dra. Madeleine Martin ficava em um prédio há poucos quarteirões da FIU e a doutora havia sido sugestão de Beatrice. Toquei a campainha, ouvindo a voz de uma mulher em seguida:
— Sim?
— Dra. Martin? É Alex Lawson. Eu marquei uma consulta para hoje, no final da tarde. Espero não estar atrasado.
— Oh, é, eu lembro. Pode subir.
A porta eletrônica foi destrancada e eu entrei, subindo as escadas para o andar do consultório. Bati três vezes na porta e rapidamente a mulher abriu.
Eu fiquei extremamente petrificado quando a vi. Esperava uma senhora de meia idade, com cabelos parcialmente brancos, usando óculos e roupas extremamente comportadas, mas bem na minha frente estava uma morena, com pele extremamente bronzeada, cabelos castanhos com ondas que caiam sobre seus ombros, lábios carnudos, olhar penetrante e um vestido acima dos joelhos que suavizavam suas curvas.
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Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"
Teen FictionCamila e Alex era o casal mais improvável de acontecer. O amor que nasceu de uma mentira e tornou-se algo puro e intenso, marcou profundamente a vida de ambos. Com o término do ensino médio e as oportunidades dando vista, os dois são forçados a se s...