Capítulo 64 - Duncan

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Alex Lawson

Quando me tornei adulto coloquei na cabeça que queria ser pai. Não sei o que me deu, eu apenas sabia que queria ter muitos filhos. Algo dentro de mim dizia que tinha a ver com uma certa brasileira de olhos dissimulados.

Camila me dar a notícia havia sido a melhor notícia que eu poderia ter recebido. Eu realizaria dois sonhos de uma vez: teria um filho e Camila seria a mãe.

Na mesma época em que ela anunciou a gravidez – para mim e o mundo inteiro –, pouco tempo depois ganhamos o Super Bowl. Ganhei gás depois daquela notícia. Junto com o time, conseguimos a taça que há tanto tempo não era vista pelo New York Giants. Depois disso, tirei um tempo para descansar com Camila e acompanhar cada passo da gravidez.

Eu quase passei mal de chorar no primeiro ultrassom. No ultrassom de 15 semanas, quase cinco meses, Camila estava mais ansiosa do que o normal.

― Preciso saber se teremos um menino ou uma menina. ― Ela disse, andando de um lado para o outro na sala de espera. Eu sorria, admirando sua barriga um pouco mais visível. ― Alex, você está me ouvindo?

Suspirei, encarando-a.

― Amor, acho que não faz muita diferença. O que importa é vir com saúde.

Ela resmungou, revirando os olhos.

― Você está parecendo minha mãe.

Dei risada.

― Alice quer que eu tenha um menino, assim ele e Phil serão melhores amigos. ― Disse, sentando ao meu lado.

Phillip Perkins havia nascido há dois meses, pouco tempo depois de Camila descobrir a gravidez. Nós voamos até Jacksonville para conhecer nosso sobrinho e ainda fomos parabenizados por toda família. Margie havia ficado extremamente feliz por ter um irmãozinho e, em breve, um primo. A família crescia cada vez mais.

― Já meu pai quer uma menina. Ele reclama de ser cercado por mulheres, mas nós sabemos o quanto ele tem jeito.

― Saber o sexo do bebê é o de menos. Aliás, por mim nós podemos passar mais cinco meses sem saber e está ótimo.

Ela mordeu o lábio, pensativa.

― Não seria má ideia. Mas eu não aguentaria. Desculpa, meu amor, mas eu sou ansiosa e preciso organizar o quarto, comprar roupas e...

― Camila? ― A voz da enfermeira a interrompeu. Nós nos levantamos juntos. ― Pode entrar.

Ela segurou minha mão com força e juntos fomos até a sala da médica.

A doutora fez uma série de perguntas, passou mais vitaminas, até pedir para que fôssemos a sala de ultrassonografia. Camila vestiu a bata, deitou-se na cama e voltou a segurar minha mão.

― Sua barriga cresceu. ― A doutora disse, sorrindo. ― Esse bebê vai ser grande.

― Bem, contando com o fato de que o pai dele tem quase dois metros, não acho que seja algo improvável.

A doutora riu.

― Prontos para verem esse bebêzão?

― Sim. ― Dissemos juntos, olhando para a tela.

A imagem preto e branco surgiu. Aquele era o tal do exame morfológico, como ela havia nos explicado antes. Esse ultrassom permitiria que víssemos mais detalhes do nosso filho (ou filha), sua saúde e, como Camila tanto desejava, seu sexo.

Choramos e sorrimos quando a doutora mostrou as mãos do bebê, seu rosto, sua coluna, até chegar as suas pernas... elas estavam fechadas.

― Meu Deus! ― Camila exclamou. ― Será que não dá para dar um jeitinho? Eu realmente quero ver se é menino ou menina.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora