Capítulo 55 - Onde tudo começou

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Alex Lawson

O fervor de Nova York, a vida que levávamos e tudo o que a cidade que nunca dormia tinha a oferecer era algo que realmente gostávamos. Mas não existia nada melhor do que voltar para casa.

Jacksonville ainda era a mesma, mas para mim parecia mais bonita desde a última vez que vi. Acho que a sensação de morar longe causava isso. Voltar para minha cidade natal parecia ser a primeira vez que ia lá.

Camila e eu viemos para deixar Margie e aproveitaríamos para ficar até o casamento de Alice e Jordan que aconteceria na semana seguinte. Com as folgas do jogo, ela conseguiu uma folga do trabalho e assim tiraríamos uma mini-férias.

No aeroporto, saímos os três de mãos dadas, com Margie no meio. A garotinha correu quando viu os pais e os avós nos esperando no desembarque.

― Mamãe! Papai!

Ela se jogou nos braços dos pais que a abraçaram com força. Camila se aproximou e eu a abracei, arrastando as caixas de transporte dos animais.

Perto deles, Helena se afastou do marido e abraçou Camila com força.

― Que saudades, minha filha. ― Ela beijou Camila pelo rosto inteiro, a fazendo rir. ― Como foi a viagem?

― Foi ótima, mãe. Margie adorou cada momento.

― O tio Alex foi me explicando tudo! ― Ela exclamou, já nos braços do pai. Eu dei de ombros, envergonhado, quando todos os olhares voltaram para mim.

― Parece que você não seguiu os conselhos do vovô, abelhinha. ― Robert comentou.

― Ele é legal, vovô. Você vai ver.

Todos riram e eu tive que segurar a minha risada quando Robert me lançou um olhar mortal. Eu ainda tinha esperanças de que no fundo – bem no fundo – ele gostasse de mim.

― Bem, vamos? Já está quase na hora do almoço e eu quero preparar algo bem especial. ― Helena disse.

― Ah, vamos. Alex, você está prestes a provar o melhor do churrasco brasileiro. ― Alice falou e piscou.

Minha barriga roncou só de pensar, mas a fome pareceu evaporar feito água quando o Sr. Hayes – outra vez – me lançou um olhar mortal.

Seriam longos dias.

...

― Ele ainda me odeia. ― Falei.

Camila deu risada enquanto terminava de colocar suas roupas no guarda-roupa. Estávamos em seu antigo quarto, onde ficaríamos por alguns dias, e mesmo chegando há pouco tempo, milhares de lembranças boas preencheram minha mente.

― Eu reconquistei a sua confiança, conquistei o coração de Margie, me dou bem com a família, mas ele ainda acha que sou uma pessoa ruim. Por acaso eu o ofendi?

Ela gargalhou.

― Por que ri? É verdade! ― Tirei as roupas da mala e coloquei sobre a cama, revoltado.

― Você sabe que é o jeito dele. Só pelo fato de você namorar a filha dele, já é motivo suficiente para que ele te odeie. Se bem que não acho que seja ódio, é só proteção.

― Proteção que durou mais de sete anos?

― Bem, e você pode o julgar? Quando ele estava prestes a confiar em você, em achar que você realmente seria bom para mim, nós terminamos daquela forma nada legal. Meu pai tem os motivos dele.

Suspirei. Eu não tinha como argumentar.

Camila sorriu, deixou as coisas de lado e se aproximou, em abraçando.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora