Capítulo 48 - Seja profissional

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Camila Hayes

Era isso. O grande dia havia chegado. O grande dia para Alex e sua carreira.

Me esforcei ao máximo para ser a namorada compreensiva, que apoia independente de qualquer coisa e que é feliz com a conquista do seu parceiro. Pelo menos eu demonstrava isso, mas por dentro só faltava morrer sufocada pela minha insegurança.

Acordei mais cedo do que o esperado naquela manhã, ansiosa, e vi Alex dormir tranquilamente em sua cama. Ele precisava mesmo estar descansado no dia de hoje, apesar de ter passado a noite inteira transando comigo – o que, segundo ele, o relaxava. Eu que não iria refutar.

Fiz minhas higienes, vesti uma roupa leve e fui até a cozinha, comer algo. Caminhando para lá, sorri enquanto Ferris e Dom me acompanhavam, insistindo para que eu fizesse carinho neles. Me agachei e comecei a mimá-los como a boa mãe que era. Os mimava tanto que Alex reclamava que eu dava mais atenção para eles. O que eu poderia fazer? Eram apenas bebês.

― Jesus Cristo! ― Gritei ao entrar na cozinha e dar de cara com o agente de Alex, comendo. ― Dan?

― Oi, Camila. Bom dia. Não quis te assustar, desculpa. ― Ele sorriu enquanto comia um croissant. ― Vamos comer? Comprei comida.

Me aproximei da ilha, sentindo meu estômago roncar só de ver as coisas que ele havia trazido. Pãezinhos, croissants, queijo, frutas vermelhas, ovos, bacon, panquecas, suco e café.

― Isso é para mim ou para a celebridade que está dormindo lá no quarto? ― Perguntei, me sentando no banquinho.

― Para os dois. Três, na verdade. Não resisti e comi também.

― Não se preocupe. Tenho certeza de que isso vai dar de sobra para nós.

Começamos a comer, em silêncio. Dan parecia concentrado em algo em seu celular, provavelmente vendo os comentários que algumas pessoas já deveriam estar fazendo sobre Alex e a campanha da Calvin Klein. A maioria eram de fãs animados para ver os resultados, enquanto uma outra parte queria ver a química de Gralex.

Pigarreei, espantando os pensamentos. Dan me olhou.

― Não acho que tivemos a oportunidade de conversarmos muito desde que Alex e eu... começamos a namorar.

― Desculpa. Não quis parecer antipático ou algo assim, é só que trabalho demais, mal estou tendo tempo para conversar com Alex.

― Há quanto tempo trabalham juntos? ― Perguntei, enquanto bebericava do café que estava delicioso por sinal.

― Quase três anos. Conheci Alex quando ele estava saindo dos Panteras através de um amigo dele, Nate. Os dois eram colegas de time. Comecei agenciando seu amigo, depois ele ― Disse. ― Mas Nate foi embora, está jogando em outro estado. Eu até teria ido, porém tinha outros agenciados e não podia simplesmente abandoná-los.

― E hoje trabalha com quem tanto?

― Só Alex. Senhorita, o seu namorado é uma máquina de fazer besteiras. Ele conta como dez agenciados. ― Eu ri. ― Quando Alex foi crescendo, acabei tendo que me dedicar totalmente a ele. Não me arrependo, tenho um carinho muito grande pelo cara.

― E ele por você. ― Sorri. ― Como foi para ele se tornar famoso? Quero dizer, nem todo mundo consegue lidar muito bem com a fama, e jogadores da NFL são bastante requisitados.

― Ele lidou com naturalidade. É como se Alex tivesse nascido para isso, sempre disse isso a ele. Para ele, só existe o campo, aquilo que ele ama fazer. A fama e todas essas outras coisas, são apenas consequências. Tenho certeza de que ele queria apenas jogar.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora