Capítulo 25 - Dia das garotas

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Camila Hayes

Depois de passar um dia inteiro com Alice e Margie enquanto nossos pais trabalhavam e Jordan estudava, caí na cama cansada, depois de um banho quente, sentindo todo meu corpo doer. Fiquei alguns segundos olhando para o teto, pensando sobre algumas coisas, até pegar no sono. Cochilando, memórias extremamente vívidas começaram a rondar minha mente.

Jacksonville Beach, Alex e eu na casa de praia, pouco antes de nos separarmos. Eu tomava sol perto da piscina, ele nadava feito um peixe alegre. Faltava pouco tempo até que ele me deixasse em casa, mas a única coisa que desejava era que aquilo fosse eterno.

Apenas com as pernas na piscina, Alex nadou até mim, colocando ambas as mãos em minhas coxas. Eu sorri, sentindo minha pele arrepiar com o simples contato.

— Você tem alguma ideia de como é gostosa? Sério, eu não consigo tirar meus olhos de você.

Eu ri, jogando a cabeça para trás.

— Você é bom com esse negócio. — Ele sorriu de lado, fingindo desentendimento, e começou a beijar minha virilha, com os olhos nos meus. Minha respiração falhou na hora.

— Que negócio? — Perguntou, ainda me beijando.

— Alex... aqui não.

— Por que não? Não tem ninguém vendo.

— Só hoje nós já fizemos três vezes.

— Pouco. — Ele se apoiou nos braços, ficando entre as minhas pernas, e beijou minha boca em um selinho demorado. Ele me molhou toda. — Por mim eu estaria sempre dentro de você. — Sussurrou em meu ouvido, arrepiando toda minha pele.

Não demorou muito para que estivéssemos no quarto, em um emaranhado de beijos e lençóis. Sempre era assim. Naquele tempo deixávamos que nossos hormônios falassem por si só, como um caldeirão de sentimentos. A todo momento eu queria tocá-lo e ser tocada por ele, queria gemer seu nome, queria gritar por mais. Quando estava com Alex me tornava alguém além, como se não tivesse nenhum controle sobre meu corpo.

Quando voltamos para a cidade Alex me deixou em casa. Por sorte, meu pai estava em uma reunião, então ele pôde entrar sem nenhuma cerimônia ou sob frases vergonhosas. Minha mãe apenas me lançou um olhar de advertência, como se dissesse tenha cuidado, quando subimos para o meu quarto. Por mais que ainda quiséssemos e estivéssemos prontos para mais uma rodada de sexo selvagem, ficamos apenas deitados em minha cama, brincando um com os dedos do outro.

— Como se vê daqui a cinco anos? — Ele perguntou. Eu franzi o cenho, encarando-o.

— Por que está perguntando isso, Alex?

— Só curiosidade.

Suspirei, voltando a relaxar.

— Eu não sei... — Engoli em seco.

— Sei que não vamos estar juntos, mas quero que você me diga.

Eu o olhei novamente. Sim, aquela última parte, desde o momento em que havia me deixado em casa, havia sido inventada por minha mente. Naquela noite eu realmente quis que ele entrasse comigo, que se deitasse em minha cama e dissesse que não iria a lugar nenhum, como se sentisse o que estava por vir, mas isso não aconteceu. No meu sonho, Alex tinha um olhar relaxado e preocupado sobre o nosso futuro. Se fosse presságio ou não, eu me impedia de ser arrastada para o mundo real, mas ainda me questionando: estou tendo um sono profundo ou apenas divagando?

— Não sei se vou te ver. — Confessei. — Me vejo trabalhando muito, espero que em um jornal bom ou até mesmo como escritora. Espero estar ajudando minha família, especialmente Margie, porque parte do meu patrimônio irá para ela, terei um apartamento em Manhattan, trabalharei com eventos sociais beneficentes, estarei indo para missões em países necessitados e, quem sabe, serei até um pouco influente. — Ele riu, apoiando o cotovelo na cama e o rosto no punho.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora