Capítulo 24 - Só uma vez

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Alex Lawson

— Encoste em mim novamente e eu quebro seus dentes, seu filho da puta! — Gritei, enquanto era tirado do campo. O imbecil do time adversário sorria com deboche, mas pronto para cair na porrada comigo.

Os garotos do banco me arrastavam para fora, e o treinador nos acompanhava, me olhando com uma cara de poucos amigos. Não sei o que havia dado em mim, mas eu simplesmente não conseguia mais aguentar qualquer tipo de provocação. Talvez fosse o excesso de energia acumulada ou a abstinência sexual... ou uma mistura de tudo. Eu precisava colocar tudo o que sentia para fora e o único momento em que podia fazer isso era nos campos, mas estava tudo dando errado.

Quando me colocaram sentado no banco do vestiário, o treinador deu um soco na parede, apontando o dedo para mim em seguida. Eu me mantive cético, pensando somente que poderia voltar para o campo e socar a cara daquele babaca.

— Mais uma advertência, Lawson, mais uma. Já foram cinco contando com essa. Se houver outra vez, o que eu espero que não, você está fora do campeonato.

Ergui as sobrancelhas, preocupado.

— Mas, treinador, você não...

— Sim, eu posso fazer isso, merda. Mais uma gracinha sua, Lawson, e eu arranco suas bolas. — Ele pegou a prancheta e ajeitou o boné. — Fique aí e pense nas suas burradas.

Quando saiu, me levantei e soquei meu armário, sentindo raiva. Precisava me acalmar, colocar minha cabeça no lugar e, principalmente, extravasar a minha energia. Eu sabia que eram várias coisas, mas a minha abstinência era o que mais me matava. Poderia flertar com uma garota no bar e leva-la para a cama, mas não conseguia, não suportava mais fazer as coisas desse jeito.

Encostei minha testa no armário, fechando os olhos com força. Somente duas mulheres seriam o suficiente para mim. Uma estava fora de cogitação, completamente longe, e provavelmente me odiando, enquanto outra parecia sentir o mesmo por mim e que só de saber que talvez eu tinha uma chance com ela, meu coração palpitava.

Tomei um banho gelado e depois resolvi assistir ao resto do jogo no banco de reserva do time, já de roupas normais. Felizmente nós ganhamos e avançamos para as quartas de finais. Cumprimentei alguns garotos do time que me pediram para manter a calma, que eu era um dos melhores jogadores, e ainda tive que aturar o risinho de deboche de Colton como quem dizia "eu avisei".

— Libere essa energia. — Nate foi o único a me dizer isso antes de entrar no vestiário. Ele sabia exatamente como eu me sentia.

Na saída, pronto para ir para o campus, avistei Evelyn correndo em minha direção. Sorri abertamente, surpreso, ainda sem acreditar no que os meus olhos viam. Minha irmã pulou em meus braços, rodeando as pernas em minha cintura.

— Evie, meu Deus! — Suspirei, apertando-a contra mim. Ela bagunçou meu cabelo quando a coloquei no chão, emocionada ao me ver.

— Sentia saudades, idiota.

— Mas como... o que? Quando chegou?

— Hoje de manhã. Fiquei no apartamento da mamãe, pedi para que ela não contasse nada, nós queríamos te fazer uma surpresa.

— Nós?

Antes que ela pudesse responder, meus olhos foram direto para Brent alguns metros atrás, caminhando e segurando a coleira de ninguém menos que Ferris. O meu Ferris. O cachorro latia, tentando correr, arrastando o garoto com força até mim. Eu me ajoelhei quando Brent resolveu soltá-lo da coleira. Ferris se jogou em cima de mim, por pouco não me derrubando no chão com todo o seu peso. Eu ri com o seu desespero de saudade, pulando, lambendo meu rosto e latindo em alto e bom som. Quando se acalmou mais, o peguei no colo como um grande bebê, beijando-o várias vezes.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora