Capítulo 26 - Quebrando regras

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Alex Lawson

Me olhei pela quinta vez no espelho, desamassando o amassado invisível do terno. Queria que tudo fosse perfeito, que eu estivesse devidamente pronto para dar o meu melhor e conquistar a mulher com quem eu vinha sonhando bastante ultimamente.

Passei a mão pelo cabelo levemente bagunçado, o que dava o charme, e sorri para o meu reflexo.

― Você está um charme, Lawson. É bom te ver de novo.

Pisquei para mim mesmo e sai do quarto. Nate, que estava na cozinha, soltou um gritinho ao me ver.

― Olhe só para ele, um garanhão de terno. ― Ele sorriu. ― Vai mesmo levar a doutora gostosa para sair?

― Sim, eu vou. Pode, por favor, não chamar ela assim?

― Cara, não dá, porque ela é realmente gostosa ― Revirei os olhos. ― Mas quem sabe se você chegar a namorá-la eu penso no seu caso. Onde vocês vão, afinal?

Eu sorri, orgulhoso.

― Ao Seaspice Miami.

Nate ergueu as sobrancelhas, completamente chocado.

― De onde tirou dinheiro para pagar essa merda?

― Vou gastar boa parte das minhas economias, mas vai valer a pena.

― É bom que valha mesmo. Já pensou se você gasta uma fortuna e ela te dá um pé na bunda? ― Ele gargalhou. ― Desculpa, mas eu iria morrer de rir.

― Vai rindo, seu babaca.

― Alex, a mulher é uma obra de arte, quase inalcançável... ainda não sei porque ela quis sair com você.

― Isso que eu chamo de amigo.

― Calma, eu não quis ofender. ― Ele levantou os braços em rendição. ― É só que ela claramente pode ter qualquer homem que quiser, me questiono apenas porque ela aceitou sair com você, um universitário.

― Se quer saber, as garotas costumavam implorar para sair comigo. ― Cometei, fingindo indiferença.

― Sim, pau das galáxias, eu sei, mas essa época já passou. Você não está mais na escola, não é mais o maior pegador e as mulheres do mundo adulto normalmente querem algo estável.

― Você fala como se ela fosse idosa.

― Quer saber? Quem se importa? É bom dar um trato na coroa, ela merece essa alegria. ― Ele disse, rindo.

Revirei os olhos para ele e dei uma última olhada para minha roupa no espelho da sala.

― Se caso der mais de meia-noite e eu não tiver chegado, significa que não virei dormir aqui.

― Você está contando com isso? ― Perguntou, saindo da cozinha e se jogando no sofá.

― Nate, se tem uma coisa que eu aprendi na época de pegador, como você mesmo gosta de dizer, é que um encontro está fadado ao sucesso quando você vai pensando nisso. Se eu for pensando que ela vai me mandar pastar, por que deveria então?

― Você é um gênio. Vou anotar isso. ― Disse, irônico, mas sem conseguir evitar de rir.

Acenei para ele, saindo do dormitório. Ainda pude ouvi-lo gritar, perguntando se eu estava levando camisinha. Babaca. É claro que eu estava levando.

No táxi, a caminho do consultório, respondi às mensagens de Evelyn desejando boa sorte. Havia passado a manhã inteira com minha irmã, Brent e Ferris no apartamento da nossa mãe. Beatrice e Patrick pareciam felizes em ver a casa cheia, especialmente minha mãe. Acabei falando a ela sobre o encontro, mas sem dizer com quem seria, senão eu provavelmente seria deserdado. Ela apenas desejou um bom encontro e acabou sugerindo alguns restaurantes. Eu poderia até ter aceitado às indicações, mas tinha uma noite inteira planejada em mente.

Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"Onde histórias criam vida. Descubra agora