Lições de Uma Boa Garota | Livro 3 - Trilogia "Garotas Más"

Capítulo 65 - Ryder

Camila Hayes

A chegada de Duncan mudou nossas vidas. E para algo muito, muito melhor.

Nunca imaginei que fosse humanamente possível amar tanto alguém como amava o meu filho. No momento em que a enfermeira o pôs em meu colo, eu soube que moveria o mundo e faria o impossível se preciso fosse para vê-lo feliz e a salvo.

Eu era mãe agora. Não era mais Camila Hayes, a famosa jornalista, a escritora do Lições de Uma Boa garota. Eu era Camila Hayes, a mãe do pequeno Duncan. E, honestamente, não havia algo melhor para me definir.

Foi extremamente emocionante ver o quanto Alex também amava nosso pequeno. Eles eram parecidos fisicamente. Vi isso na hora, depois de Duncan estar limpinho e em meu colo. Seu nariz era parecido com o de Alex e seus olhos eram grandes. Provavelmente seu cabelo ficaria loiro, assim como o do pai quando era um bebê e que foi escurecendo com o passar do tempo.

Nossas famílias ficaram extasiadas quando viram Duncan. Eles nos visitaram no hospital mesmo. Meu filho era mais do que afortunado, tinha um total de seis avós, amor triplicado. Margie ficou mais do que feliz ao saber do primo. Vê-la pegando no colo, com ajuda de Alice, foi tão emocionante que pedi que tirassem uma foto. Philip tinha poucos meses, mas também veio. Eu queria que ele e Duncan fossem bons amigos quando crescessem.

Ainda recebemos a visita de alguns amigos, incluindo Meghan que fez questão de trazer Aimée. Ela estava prestes a completar quatro anos e já tinha a sabedoria inteira da mãe. Foi fofo vê-la olhando para Duncan, confusa e até fazendo careta. Aceitar a ideia de que ela e Margie não seriam mais as únicas crianças do grupo vinha sendo difícil para ela.

A volta para casa foi tranquila. Alex e eu preparamos Ferris e Dom durante vários meses, dando limites para eles, para que quando nosso filho chegasse eles não se sentissem excluídos ou tristes.

Quando entramos no apartamento, sendo ajudados por meus pais, eu me agachei, segurando Duncan no colo, para que nossos cachorros pudessem o conhecer. Alex os segurou, fazendo com que mantivessem a calma. Ferris, o mais tranquilo, cheirou a manta de Duncan e Dom tentava pular em mim, mas era contido por meu marido. Aos poucos eles se dariam bem.

Os meses que se sucederam foram uma mistura de sentimentos. Eu estava cansada. Não, eu estava exausta. Nunca imaginei que amamentar e passar noite em claros fossem ser tão difíceis. Mas eu fazia tudo pelo bem-estar de Duncan. Bem que Alice e minha mãe haviam me falado sobre.

Meu filho trocou o dia pela noite durante o primeiro mês de vida. Alex e eu nos revezávamos para niná-lo a noite inteira. Ele quem ficava a maioria das vezes, já que quando chegava aquele horário eu estava exausta. Duncan queria ficar o dia inteiro sendo amamentado.

Com três meses nós já sabíamos como manter as coisas em ordem. Criamos uma rotina. Duncan tinha um horário para dormir e acordar, se amamentava bem, começava a ganhar peso e aos poucos não ia chorando tanto. Precisei voltar a trabalhar nesse tempo. Conseguimos uma babá de confiança, com experiência e disponibilidade. Ela ficava pela manhã com Duncan e a tarde eu estava em casa. Alex também sempre estava por perto, especialmente quando não tinha jogos.

Com quatro meses, os cabelos loiros de Duncan começaram a crescer mais. Exatamente como Alex. Nosso filho era absurdamente parecido com o pai, até no sorriso banguela. Eu havia dado à luz a um mini Lawson, literalmente.

O melhor de tudo era que Alex era um pai parceiro, até nos piores momentos. Aos cinco meses, quando Duncan teve uma infecção de ouvido e eu chorei mais do que ele preocupada, Alex foi minha rocha. Cuidamos do nosso filho juntos, babando em cada evolução dele.